sexta-feira, 31 de agosto de 2012

1. Comer chocolate piora a acne

Mito. O cacau, em si, não é prejudicial. Por isso, o chocolate amargo, por exemplo, não está na berlinda. Os verdadeiros vilões são o açúcar e o leite, que, segundo novas pesquisas, intensificariam o problema.

2. Fazer a barba contra o sentido do pelo agrava as lesões 

Verdade. A ação mecânica provoca irritação na pele de alguns homens, o que gera obstrução nos poros e dificulta a cicatrização das espinhas. Para os que sofrem de acne, o melhor é se barbear no sentido em que cresce o pelo.

3. A atividade física reduz a acne 

Verdade, embora de forma indireta. É que, muitas vezes, o estresse é o gatilho das lesões. E a malhação promove a liberação de substâncias no cérebro, como as endorfinas, que ajudam a relaxar.

4. Espremer a espinha acelera a cicatrização

Mito. Ao contrário: as unhas contaminadas contribuem ainda mais
para a proliferação de bactérias, impedindo a melhora do quadro.

5. Cravos podem inflamar e se tornar espinhas 

Verdade. Os chamados comedões — nome que se dá aos cravos que inflamam — são uma espécie de estágio anterior à espinha. O folículo, no caso, já está obstruído e é muito provável que isso evolua para lesões vermelhas, cheias de pus.
Muito marmanjo e mulher feita andam por aí com a cara pintada. É que, vira e mexe, lesões vermelhas, cheias de pus, resolvem colorir a face de indivíduos que já deixaram a adolescência para trás. Os especialistas estimam que um em cada dez adultos padeça com a acne, problema mais associado à faixa etária teen, que vive em um turbilhão hormonal. Acontece que, nesse pessoal mais velho e com muitas espinhas, os hormônios continuam em ebulição. Não importa a idade, a lesão de pele começa nos folículos, aqueles orifícios que abrigam a raiz dos pelos e glândulas sebáceas, responsáveis pela secreção da gordura que forma uma película protetora sobre a pele. "Só que, na acne, essas glândulas produzem sebo em excesso", explica o dermatologista Adilson Costa, da Pontifícia Universidade Católica de Campinas, no interior paulista. "Dessa forma, as bactérias que vivem normalmente sobre a pele se alimentam do material gorduroso, liberando toxinas que disparam uma inflamação", continua. Aí, como num campo minado, as espinhas eclodem, estampando o rosto com aqueles pontos avermelhados e doloridos. Nos adultos, em especial, a genética tem lá suas pinceladas de culpa nesse fenômeno que derruba a autoestima de muita gente. "O DNA pode determinar uma glândula sebácea de tamanho exagerado e torná-la hiperativa", afirma a dermatologista Denise Steiner, de São Paulo. Pelo menos no time masculino, essa é a principal causa do problema. Sem falar nos anabolizantes a que muitos marombeiros recorrem indiscriminadamente para inflar os músculos e que, sim, interferem na oleosidade cutânea. "Já nas mulheres, os genes costumam predispor à chamada síndrome dos ovários policísticos (SOP), que, como o próprio nome sugere, se caracteriza pela formação de cistos nesses órgãos", esclarece o endocrinologista Cristiano Barcellos, do Hospital das Clínicas de São Paulo. O distúrbio está associado a uma maior produção do hormônio masculino testosterona — que também está presente nelas em dosagens ínfimas e que, por sua vez, incita o folículo a liberar mais e mais sebo.  A acne se torna pior ainda se o indivíduo tiver resistência à insulina, quando esse hormônio não consegue queimar o açúcar circulante. O pâncreas tenta compensar essa situação liberando dosagens extras da substância. "A questão é que níveis altos de insulina levariam a uma maior fabricação de testosterona pelos ovários", diz Barcellos. Felizmente, a medicina traz novidades que prometem livrar o rosto desses adultos do visual de cacto.
Enfrentar o espelho e encarar as espinhas não é fácil. Mas hoje existem incontáveis opções de tratamento. E, para se somar às terapias já consagradas, surgem algumas boas alternativas, que foram anunciadas recentemente no Congresso Europeu de Dermatologia, na Alemanha. Em breve, devem ser adotadas por aqui. "Uma delas é a metformina, já empregada na reversão da resistência à insulina porque diminuiria a atividade da glândula sebácea", conta o dermatologista Marcelo Bellini, de São Paulo, que participou do evento.
Outra novidade é o acetato de ciproterona, um contraceptivo com efeito antioleosidade. Bellini também destaca a associação de uma substância chamada adapaleno com o peróxido de benzoíla. Esse composto atuaria na redução dos poros, na esfoliação superficial da pele e no controle do sebo. No encontro da Alemanha, os cientistas também ressaltaram a eficácia da doxicilina, um antibiótico com efeito antiinflamatório, e do tazaroteno, derivado de vitamina A, que age na glândula sebácea, com a vantagem de provocar pouca irritação na pele. E, claro, dá para contar com outros medicamentos já estabelecidos no mercado para esse fim. Para eleger o melhor recurso, os médicos lançam mão de testes de sangue com o objetivo de verificar os níveis hormonais. Nos últimos tempos, também pedem exames de imagem para flagrar cistos ovarianos e alterações na suprarrenal. "A meta é diagnosticar e tratar distúrbios por trás do problema", afirma Denise Steiner. "Em caso de ovários policísticos, podemos prescrever anticoncepcionais ou antiandrogênicos, drogas que baixam as taxas de testosterona", exemplifica. Tratados os motivos, é hora de focar diretamente na acne. "Se ela for branda, receitamos substâncias tópicas como o ácido retinoico ou o salicílico, que desobstruem o folículo e renovam as células superficiais da pele", descreve a dermatologista Claudia Maia, da Sociedade Brasileira de Dermatologia, no Rio de Janeiro. Muitas vezes, é necessário associar um antibiótico oral para aniquilar as bactérias. Quando nada disso funciona, o jeito é apelar para a famosa isotretinoína, campeã no nocaute às espinhas. "Ela diminui o tamanho da glândula sebácea, desentope os poros e breca a liberação de gordura", garante Denise. Mas atenção: o remédio é contraindicado em casos de gravidez, doenças do fígado e taxas de colesterol altas.

quinta-feira, 30 de agosto de 2012

"Sangue!" O tom aterrador da minha mãe e a parede manchada de vermelho são as lembranças mais nítidas da cena que protagonizei aos 3 anos. Eu tinha rolado escada abaixo segurando um copo de vidro. O corte rompeu o tendão do dedo mindinho, exigiu cirurgias e fisioterapia. Mas isso não foi nada perto do impacto psicológico. Mais de 20 anos depois, eu ainda dormia mal na véspera de fazer algum procedimento médico e, na hora agá, o coração saltava pela boca. Não podia ver sangue nem sequer no cinema: fechava os olhos. "Metade da tendência de desenvolver esse tipo de fobia é genética, mas enxergar o temor de pessoas da família na infância ou até mesmo vivenciar um evento traumático quando criança pode servir de estopim", explica a psiquiatra Carolina Blaya, do Hospital de Clínicas de Porto Alegre, no Rio Grande do Sul. "Em média, 4% dos indivíduos sentem algo muito ruim diante de um ferimento ou até mesmo da necessidade de ir ao médico ou tomar uma injeção."
Esse medo se manifesta, primeiro, como mal-estar físico, incluindo tonturas e desmaios (veja quadro à direita). "E, depois de uma experiência dessas, o sujeito pode passar a evitar clínicas, laboratórios e até cadeira de dentista. Isso, claro, deixa sua saúde à mercê da própria sorte", analisa o psicólogo Gustavo D’El Rey, que pesquisa esse tipo de distúrbio em São Paulo. "Não é raro que mulheres com o problema desistam de engravidar só porque temem o parto", exemplifica.
O psicólogo e especialista em saúde coletiva Romeu Gomes, da Fundação Oswaldo Cruz, no Rio de Janeiro, se dedicou a estudar a origem desse comportamento no sexo masculino. "Os homens evitam buscar os serviços médicos principalmente devido ao medo de um diagnóstico negativo", observa. E, para agravar, a ala masculina é culturalmente criada para demonstrar coragem. Essa cobrança é um fator impeditivo para que procurem auxílio, já que no consultório podem se tornar mais evidentes suas emoções e fragilidades. "Infelizmente, os profissionais de saúde nem sempre estão preparados para lidar com isso", nota Gomes.
Tem gente que não suporta nem ao menos se lembrar do cheiro de um hospital. "O lugar é associado à expectativa e à dúvida em relação a um procedimento médico e, quando essa pessoa vai lá, sempre sente estresse e ansiedade", afirma a enfermeira Cristiana Hussne, chefe do Pronto Atendimento do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, em São Paulo. Em outras palavras, a incerteza e a angústia se referem à possibilidade de sentir dor ou incômodo durante um tratamento. Já a aflição ao ver sangue estaria ligada a um sentimento de ameaça à integridade física e a pensamentos de morte. O importante é estar ciente e procurar ajuda quando esse tipo de raciocínio é paralisante.
O jeito como encaramos a vacinação influencia na intensidade do incômodo decorrente da agulhada, segundo cientistas do Hospital Universitário Charité, na Alemanha. Confira a seguir medidas que aparentemente apaziguam o desconforto. 

- Indivíduos que observavam imagens com injeções sendo aplicadas em uma mão sentiam mais dor ao receber um leve choque do que quem via cenas de cotonetes massageando a mesma região. "O estímulo visual afeta o processamento da sensação", alega o neurocientista Daniel Senkowski, autor do estudo. 

- Quando os pesquisadores diziam que a descarga elétrica após a exibição das injeções era leve, os participantes sofriam menos. Ou seja, frases tranquilizadoras podem aplacar a chateação. "Experiências passadas também influenciam e, por isso, devem ser investigadas", analisa Senkowski.

quarta-feira, 29 de agosto de 2012

O sal de cozinha já foi chamado de ouro branco e reinou no mundo dos temperos por séculos, mas não faz mais sentido falar dele como se fosse único. Afinal, cerca de 300 tipos do ingrediente são conhecidos hoje em dia. Oito deles estão nas páginas desta reportagem e, quem sabe, podem ganhar espaço na sua cozinha daqui pra frente. Todos dão um gostinho a mais ao prato, mas as semelhanças param por aí. Nem mesmo a quantidade de sódio, o principal componente desses condimentos, é idêntica entre eles.

E essa é uma ótima notícia para quem adora ter o saleiro por perto mas não quer prejudicar a saúde — pelo menos quando falamos das versões com doses menores de sódio. Isso porque o mineral, em excesso, pode causar estragos que vão muito além da hipertensão, seu malefício mais conhecido. Um estudo quentíssimo da Universidade de São Paulo prova que uma molécula conhecida como angiotensina II, formada constantemente na corrente sanguínea, poderia invadir os tecidos do coração quando o nutriente é consumido além da conta.

"Testes feitos com animais mostram que esse exagero induziria o aumento de volume das células do miocárdio, o músculo do órgão, o que modifica sua estrutura e leva à sua disfunção", revela a biomédica Daniele Ferreira, autora da pesquisa. A consequência, em longo prazo, seria a falência cardíaca — um alerta que SAÚDE! dá em primeiríssima mão.

O assunto é prioridade entre as autoridades de saúde pública mundo afora. O governo americano acaba de sugerir que a recomendação de consumo diário de sódio passe a ser de no máximo 1 500 mg, ou meia colher de chá — uma redução de quase 40% com relação ao nível de consumo atual naquele país. "A medida exige negociação. O importante é criar uma cultura de promoção da saúde", esclarece o ministro da Saúde, José Gomes Temporão, que, em junho, promoveu um encontro com a indústria alimentícia para propor a diminuição do sódio nos produtos brasileiros. Aqui, consumimos cerca de 4 800 mg do mineral por dia!
É um sobe-e-desce perigoso. Quando o estresse aumenta a imunidade vai lá para baixo e elevam-se os riscos de o corpo adoecer. Dessa gangorra surgem gripes, dores de cabeça, mal-estar... Até aí nenhuma novidade. Mas nos Estados Unidos os especialistas do M.D. Anderson, centro de pesquisa sobre câncer ligado à Universidade do Texas — um dos maiores pólos mundiais de investigação dessa doença —, notaram que o estresse desencadeia outro arriscado efeito dominó capaz de acelerar o desenvolvimento de células malignas no organismo.
Para chegar a essa conclusão a equipe comandada pelo oncologista Anil Sood injetou células cancerosas em camundongos. Eles então observaram como a doença evoluía entre as cobaias estressadas e aquelas poupadas de situações de tensão. No grupo de roedores submetidos a várias horas de confinamento por dia — experiência que os deixava nervosos pra valer — os tumores cresceram de duas a três vezes mais rápido em comparação com os que viviam em clima de relax. O câncer ainda se espalhou pelo fígado e pelo baço nos animais estressados. Nos camundongos da turma do sossego a doença não só avançou lentamente como deixou de invadir outros órgãos.IMAGEMTXTOlhando os tumores de perto, os oncologistas perceberam o que estava acontecendo. "Quando o estresse chega a níveis crônicos, aumenta a quantidade de hormônios adrenérgicos, da família da adrenalina", explica Anil Sood em entrevista à SAÚDE!. "Descobrimos que essas substâncias se unem a receptores nas células do tumor, acelerando o surgimento dos vasos sangüíneos que o alimentam para crescer." A descoberta acaba de ser publicada na conceituada revista inglesa Nature Medicine e reacende o debate: será que o estresse pode mesmo causar o câncer?
"Já se imaginava que a tensão constante pudesse prejudicar a resposta imunológica", comenta a médica Nise Yamagushi, presidente da Sociedade Paulista de Oncologia. "Mas o fato de ela agir na célula tumoral é um dado novo." Para o oncologista Daniel Luiz Gimenez, do Hospital do Câncer de São Paulo, a pesquisa do M.D. Anderson é um passo importante para estabelecer os elos químicos entre mente e corpo. "Mas é bom lembrar que nem sempre o que acontece em animais pode ser reproduzido em humanos", pondera.

O próprio Amil Sood, coordenador do estudo, lembra que ele e seu time não descobriram que estresse causa câncer, mas que é capaz de agravar a doença. Sua investigação revelou outro dado importante: quando os animais estressados foram tratados com propalonol, um medicamento indicado para a hipertensão porque diminui a contração dos vasos provocadas pelos hormônios do estresse, os tumores pararam de crescer e proliferar. "Se uma droga como essa é capaz de bloquear o efeito do estresse no tumor e interromper sua evolução, ela poderá se tornar muito útil no futuro", diz Sood.

terça-feira, 28 de agosto de 2012

Em junho passado, o Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo, trouxe dos Estados Unidos o médico Moshe Frenkel para uma palestra sobre câncer. Mas o assunto não teve o viés cartesiano que se espera ouvir de um cientista. Frenkel transita em outra zona, a que se passa entre a mente e o coração do paciente. Diretor do Programa de Medicina Integrativa do MD Anderson Cancer Center, reputado centro médico localizado em Houston, no Texas, esse clínico-geral que se especializou em cuidados paliativos oncológicos entende que é possível oferecer bem-estar a quem tem a doença mesmo na ausência de uma cura. E busca todos os métodos para isso. Não à toa, o MD Anderson se tornou expoente na combinação do que há de melhor no tratamento convencional do câncer com as técnicas que abrandam as dores e temores impossíveis de tratar com quimioterapia. Foi para falar disso que Frenkel concedeu a seguinte entrevista.

Como a medicina integrativa é encarada hoje nos Estados Unidos?
Quando falamos em medicina integrativa, nos referimos a uma nova abordagem. São propostas de prevenção e de bem-estar que atendem às necessidades físicas, mentais e espirituais do paciente e envolvem o uso de ervas, acupuntura, massagem, ioga, meditação, gi gong [método oriental que mescla exercícios de postura e respiração] e outras técnicas de relaxamento. Nos Estados Unidos, isso é muito popular. A cada dois ou três meses, um dos principais jornais divulga uma notícia a respeito de um estudo que envolve essa corrente da medicina.
Rico em componentes sulforados, dos quais se destaca a alicina, ele tem a capacidade de afastar várias doenças. Para checar se as versões industrializadas são capazes de preservá-la, a Agência Paulista de Tecnologia do Agronegócio (Apta) analisou o alho picado e frito, fatiado e frito e em pasta logo após o processamento e a cada 45 dias, por seis meses. Em um primeiro momento, a pasta perdeu só 9,5% de alicina. Em seis meses, esse teor caiu mais 20%. Mas o grande problema foi detectado nas preparações fritas, já que logo no início mais de 90% da substância sumiu. "Os principais compostos sulforados são voláteis. Por isso, podem ser perdidos quando expostos a altas temperaturas", explica Samantha Macedo, nutricionista da Equilibrium Consultoria em Saúde e Nutrição, em São Paulo. Ao lado, aprenda a tirar melhor proveito do alimento.

Patê de alho caseiro
Junte 1 dente de alho, K xícara (chá) de leite e sal a gosto no liquidificador e bata. Vá colocando óleo em fio até atingir a consistência desejada - mais espessa ou rala, como preferir. Transfira o patê para um recipiente e coloque salsinha a gosto. Misture. Se desejar, acrescente 1 colher de sopa de requeijão. Deixe na geladeira por 1 hora.

Alicina preservada
"Alguns autores indicam que 90% dessa substância e outros componentes sulforados permanecem estáveis quando o fogo fica entre 40 e 60 °C ou quando o tempo de cozimento não ultrapassa seis minutos em temperaturas mais elevadas", diz a nutricionista Samantha.

Bom para a saúde
- Gripe Há evidências de que as substâncias sulforadas atuariam como agentes antivirais.
- Doenças cardíacas Por serem antiplaquetárias, também tornariam o sangue mais fluido, além de controlar a pressão e o colesterol.
- Câncer E ainda inibiriam o surgimento e a proliferação de células tumorais.
 

domingo, 26 de agosto de 2012

Provar um sorvete ou tomar um chá quente neste inverno é uma experiência dolorosa para você? Escovar ou passar fio dental faz você estremecer de vez em quando? Se a resposta for positiva, você tem um problema chamado "dentes sensíveis".
Mas calma, com certeza você não é o único. Quase metade da população sofre com a sensibilidade dentária e alguns convivem com este problema por anos. Só que para essa situação a Ondontologia Integrada divulga uma boa notícia, a sensibilidade nos dentes pode ser tratada, e o melhor, de maneira simples, tanto no consultório ou na própria casa do paciente.
O dentista Dr. Eduardo Espindola explica que cada causa requer um tratamento específico, mas a maior parte das terapias visam uma diminuição na permeabilidade da estrutura dental, de forma que os estímulos físico-químicos não cheguem até a polpa (parte viva e sensível do dente). Entre esses tratamentos está primeiramente à correção da técnica de escovação, assim como, a prescrição de enxaguatórios bucais com flúor, adoção de pastas de dente com formulações específicas e de baixa abrasividade.
Mais o que causa o problema da hipersensibilidade? De acordo com Dr. Eduardo, os desgastes excessivos que causam a exposição da raiz estão associados a problemas, bem como, o uso de pastas de dente muito abrasivas, escovas de dente com cerdas muito duras, força excessiva no momento da escovação, restaurações e próteses mal executadas, má oclusão dentária, ou ainda, doenças gengivais. Diante disso, a pessoa fica vulnerável a consumir vários alimentos, sejam eles quentes, gelados ou doces.
Entretanto, uma das formas mais rápidas de evitar a dor é:
  • Usar creme dental especial para dentes sensíveis;
  • Escova de cerdas macias;
  • Ter boa prática de higiene bucal usando fio dental regularmente e escovando os dentes pelo menos duas vezes por dia durante dois ou três minutos;
  • Manter a escova em ângulo de 45 graus, escovando delicadamente em movimentos circulares, com a escova na ponta dos dedos e não na palma da mão;
  • Evitar alimentos e bebidas ácidas, como refrigerantes e alimentos cítricos;
  • Ter um bom posicionamento dental na arcada que possibilite uma oclusão satisfatória.
Embora seja algumas recomendações práticas, se a dor persistir o ideal ainda é procurar um especialista para dar inicio aos tratamentos segmentados para o problema. Consultas periódicas ao dentista podem contribuir para a saúde e além de tudo, identificar o real causador das dores que provocam o mal estar e privam muitas vezes de saborear verdadeiras delicias, geladas e quentes. Portanto a recomendação principal da Odontologia Integrada é a consulta ao dentista para uma avaliação especial.
Cerca de 70% do colesterol é produzido pelo próprio corpo. O restante vem da dieta.

Ele está presente nos alimentos de origem animal, como carne, gema do ovo, frios, embutidos, leite integral, manteiga e queijos.

1. Espécie de veículo transportador, a molécula quilomícron leva o colesterol e outros alimentos ingeridos do intestino até o fígado. Lá forma as VLDL, moléculas cheias de colesterol e proteínas.


2. No sangue, a enzima lipase quebra as tais VLDL. Dessa reação surge o LDL. O restante forma o HDL, que tem o papel de recolher o LDL em circulação, levando-o de volta ao fígado para ser eliminado.


3. O HDL não consegue transportar quantidades gigantes de LDL. Por isso o excesso do mau colesterol, seja por causa de uma dieta inadequada ou de um desequilíbrio orgânico, vai se acumulando na parede das artérias.

sábado, 25 de agosto de 2012

Cabe na palma da sua mão, e ainda sobra um espaço e tanto, a arma que vai superproteger as unidades microscópicas do seu organismo. Em segundos, ao mastigar uma única castanha-do-pará, você recarregará os níveis de um mineral extremamente importante para uma vida longa e saudável: o selênio. A pequena oleaginosa repõe a quantidade do nutriente necessária para dar combate ao envelhecimento celular, causado pela formação natural daquelas incansáveis moléculas que danificam as células, os radicais livres.
Um estudo da Universidade de Otago, na Nova Zelândia, atesta que a ingestão diária de duas castanhas-do-pará recentemente rebatizadas castanhas-do- brasil eleva em 65% o teor de selênio no sangue. Mas provavelmente os neozelandeses não usaram o legítimo produto brasileiro. Ora, nós somos sortudos. É que ascastanhas produzidas no Norte e no Nordeste do país são tão ricas em selênio que bastaria uma unidade para tirar o mesmo proveito. A recomendação é de que um adulto consuma, no mínimo, 55 microgramas por dia, diz a nutricionista Bárbara Rita Cardoso, pesquisadora do Laboratório de Minerais da Universidade de São Paulo. E com uma unidade da nossa castanha já é possível encontrar bem mais do que isso de 200 a 400 microgramas do bendito selênio. Aliás, o limite de consumo diário do mineral é de 400 microgramas, portanto, não vá com muita fome ao pote. No caso de uma criança, meia castanha seria suficiente, afirma Silvia Cozzolino, presidenta da Sociedade Brasileira de Alimentação e Nutrição.
E por que toda essa fama do selênio? Ele é essencial para acionar enzimas que combatem os radicais livres, responde Christine Thomson, a pesquisadora neozelandesa que investigou as propriedades da castanha. O selênio se liga a algumas proteínas já existentes em nosso corpo para formar essas enzimas antioxidantes, descreve, completando, Bárbara Cardoso. Na ausência dele, as tais enzimas fi cam sem atividade e, então, deixam de combater os radicais e ainda desguarnecem as defesas do organismo.
O mineral da castanha também teria um papel especial na proteção do cérebro. É que, com essa capacidade de acabar com a farra dos radicais livres, as células nervosas seriam preservadas, evitando o surgimento de doenças neurodegenerativas com a idade. Justamente por isso, a pesquisadora Bárbara Rita Cardoso começa a estudar os possíveis benefícios do selênio em portadores do mal de Alzheimer. A gente desconfia que nesses pacientes os radicais façam maiores estragos, diz ela.
A tireóide também funciona melhor na presença do selênio, acrescenta Christine Thomson. Isso porque, se não houver esse elemento, ela não consegue produzir direito seus célebres hormônios. O mineral também está intimamente associado à capacidade de o organismo se livrar de substâncias tóxicas, ajudando-o inclusive a expulsar possíveis metais pesados que se alojam nas células.

sexta-feira, 24 de agosto de 2012

Atividade física acrescentada ao dia-a-dia é igual a uma menor incidência de tumores. Essa conta parecia manjada no meio científico. No entanto, uma novíssima pesquisa do Instituto Nacional do Câncer, nos Estados Unidos, revela que é indispensável somar boas noites de sono para ela ficar redonda. No estudo, quase 6 mil mulheres foram acompanhadas durante dez anos. Ao final desse período, as que incluíam sessões generosas de atividade física na rotina apresentaram uma probabilidade 25% menor de desenvolver qualquer tipo de câncer. E parecia tudo conforme o esperado, até que um panorama diverso foi verificado nas voluntárias que, mesmo suando a camisa, dormiam menos de sete horas por noite, tempo considerado insuficiente para o organismo se recompor de uma jornada — ainda mais aquela que contempla gastos físicos.

Entre as pessoas que se exercitavam mas não dormiam direito, os pesquisadores constataram um risco até 47% maior de desenvolver um câncer, como se o tiro saísse pela culatra. "Os dados sugerem que o sono tem uma importância ímpar nessa equação", afirma James McClain, líder do trabalho. A hipótese levantada para explicar a relevância do descanso noturno nessa história toda tem a ver com o envelhecimento celular. "Quem dorme pouco antecipa esse fenômeno. E isso predispõe a inúmeras doenças, entre elas os tumores malignos", avisa Andrea Bacelar, neurologista da Sociedade Brasileira do Sono. Ou seja, as células de quem não repousa adequadamente à noite perdem sua eficiência rapidamente, abrindo caminho para mutações que podem predispor ao aparecimento de um câncer. O exercício, então, seria outro fator capaz de acelerar esse processo, sem o sono para restaurar o corpo submetido a esforço.
 
Há mais ameaças por trás de um ronco do que você sonha. Elencamos os males ligados a ele e as maneiras de silenciá-lo.

Os autores desta reportagem escrevem com certo conhecimento de causa: sim, nós roncamos. E nos interessa, portanto, esmiuçar — e compartilhar — descobertas recentes sobre a ligação da barulheira noturna com uma série de problemas. Afinal, o ronco muitas vezes é o sintoma audível de um distúrbio cada vez mais estudado: a apneia do sono. Além da barulheira, ela é marcada por interrupções temporárias na respiração durante a madrugada. Mas eis uma dúvida: afinal, todo mundo que ronca tem apneia? Não, mas com a idade, somada ao sedentarismo e ao ganho de peso, há uma alta probabilidade de a orquestra ser acompanhada pelos engasgos provocados pelo corte no fluxo de oxigênio. "No estado de São Paulo, calculase que 33% das pessoas sofrem de apneia", conta o pneumologista Geraldo Lorenzi Filho, do Instituto do Coração de São Paulo, o Incor. E o perigo é que anos de poluição sonora, longe de abalar apenas a saúde de um casamento, podem despertar diversas confusões no organismo.

quinta-feira, 23 de agosto de 2012

Cinco truques essenciais para manter a dupla em boas condições:

1. Quando for virar o colchão, coloque a parte dos pés onde fica a cabeça e depois inverta as faces. Repita o procedimento todos os meses.

2. A troca de colchões deve ser feita de acordo com o material usado na fabricação de cada um. Duram de três a dez anos.

3. Substitua os travesseiros a cada 24 meses para evitar a proliferação de bichos como ácaros, que causam problemas respiratórios.

4. Não molhe nem um nem outro. Mas, caso aconteça, não os deixe ao sol. Micro-organismos adoram se multiplicar em ambientes úmidos e quentes.

5. Adquira uma capa antiácaro. Coloque-a sob a fronha e os lençóis para proteger contra alergias. Lave-as semanalmente.

Não se iluda: os efeitos das noites em claro vão muito além do cansaço no dia seguinte. É durante o sono que funcionam processos vitais. Veja o que acontece quando você dorme menos do que precisa:

• Cabeça - sonolento, o cérebro diminui a atividade. Isso compromete funções como a criatividade, a atenção, o equilíbrio e a memória. Além do humor, claro. Para se ter uma dimensão do problema, basta lembrar que as tragédias de Chernobyl e Challenger foram causadas por gente que estava caindo pelas tabelas.

• Ossos e músculos - cerca de 70% do hormônio do crescimento é secretado durante o sono. Nas crianças ele garante o ganho de peso e de altura. Nos adultos, responde pela renovação celular dos músculos e do esqueleto.

• Pâncreas - a produção de insulina despenca, atingindo níveis parecidos aos dos diabéticos.

• Coração e sistema digestivo - a falta de sono gera um efeito de estresse. O corpo produz, então, mais cortisol e adrenalina, os hormônios da tensão. Isso abre caminho para complicações cardíacas e digestivas. Essas substâncias também nocauteiam o sistema imunológico.

• Câncer - uma noite bem dormida ajuda a eliminar os radicais livres, moléculas que estão por trás de vários tumores e do envelhecimento precoce.

quarta-feira, 22 de agosto de 2012

A cama aguarda mais uma noite de orquestra e, num piscar de olhos, começam os roncos nos mais diversos tons. A platéia, seleta, muitas vezes é composta de uma única pessoa: o companheiro de cama. A respiração ruidosa, porém, não representa o auge do espetáculo. Ela precede um bloqueio na passagem do ar inspirado pelo maestro dessa desafinada orquestra. Na ânsia de recuperar o fôlego, ele tem uma espécie de engasgo, volta a respirar e, em seguida, engata uma nova série de sons barulhentos. Brincadeiras à parte, essa ópera que persiste madrugada adentro é coisa séria e atende pelo nome de apnéia do sono.
O ronco é o mais sonoro sinal da doença. Sete em cada 100 pessoas têm o distúrbio em grau acentuado e outras 20 em cada 100 o apresentam pelo menos uma noite ao longo da vida, estima a neurologista Dalva Poyares, do Instituto do Sono da Universidade Federal de São Paulo, a
Unifesp. A apnéia costuma surgir por volta dos 40 anos, sobretudo nos homens, e com uns quilos a mais. A partir dessa faixa etária, a musculatura da faringe fica mais flácida, explica o neurologista Rubens Reimão, do Hospital das Clínicas de São Paulo.
Quando o indivíduo se deita, então, esse tubo se estreita e, com a ajuda de possíveis amontoados de gordura na região da garganta, interrompe o caminho do ar. Esse estreitamento provoca uma vibração, o ronco, seguida de uma parada silenciosa da respiração, descreve o otorrinolaringologista Lucas Lemes, pesquisador da
Universidade do Estado do Rio de Janeiro. A faringe se fecha por no mínimo dez segundos e, em casos graves, pode ficar assim por um minuto, completa Reimão.
O regente dos roncos e dos breques na respiração nem percebe o sufoco. Quem tem apnéia dorme até demais, mas dorme mal porque não respira direito, sentencia Dalva. É um sono que não repõe as energias. E o pior: a falta de ar e a inconstante entrada de oxigênio disparam a pressão arterial. Um fenômeno que, no início, se restringe à madrugada, mas, com o tempo, ganha o dia e a vida do apnéico.Quando a pressão já está nas alturas, a apnéia pode torná-la incontrolável. Ou seja, mais do que predispor ao problema, ela agrava a situação. Não à toa, novas diretrizes da Associação Americana do Coração estabeleceram a importância de tratar o distúrbio do sono para eliminar a hipertensão resistente ¿ quadro em que a pressão não cai mesmo quando se usam três medicamentos. A associação entre os males também foi flagrada por um trabalho da Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Aliás, esse foi um dos primeiros estudos no mundo a demonstrar que o elo entre ambas as doenças independe de fatores como idade, sexo ou obesidade. ¿A apnéia aumenta em cinco vezes o risco de hipertensão resistente¿, calcula o pneumologista e especialista em sono Denis Martinez, um dos autores. Por isso, enquanto a apnéia não é tratada, a pressão alta também não cede. Se você acha que o ronco esporádico ou uma apnéia leve não oferecem riscos, o médico Lucas Lemes, autor do livro Viver sem Roncos (Editora Revinter), alerta: ¿A apnéia pode evoluir com a idade, ainda mais se a pessoa engordar¿. E Martinez completa: ¿Quanto mais grave ela for, maior seu efeito sobre a pressão¿. A parceria entre esse distúrbio do sono e os problemas cardiovasculares culmina num círculo vicioso ¿ um agrava os outros, e vice-versa. Aliás, a apnéia afeta até o ritmo cardíaco, (veja quadro acima). E, a exemplo da hipertensão, as arritmias podem perpetuarse quando o indivíduo está acordado. Outro problema duro na queda que faz da apnéia uma aliada é o diabete. Quem vive às voltas com os picos de açúcar no sangue torna-se mais facilmente apnéico, e o apnéico, por sua vez, está mais suscetível a desenvolver resistência à insulina, ficando a um passo de se tornar diabético (volte ao quadro acima). Não à toa, a Federação Internacional de Diabetes passou a considerar o roncar um dos fatores decisivos para o desequilíbrio da glicose.
A apnéia do sono é um tremendo ruído para a saúde. Por isso, se os roncos ou a sonolência diurna ganharem acordes mais intensos, é hora de procurar um médico e iniciar o tratamento (veja o quadro à direita). Só garantindo uma respiração adequada durante o sono é que se fecha a cortina para um concerto de problemas que não param de fazer barulho pelo corpo.
Nada menos que 40% da população brasileira deve ficar de olhos bem abertos com suas taxas de colesterol.

O índice considera fatores como sexo, idade, colesterol total, HDL (a versão boa da gordura de que já falamos) e tabagismo. No chamado grupo de risco mediano, estão aqueles com vários quilos a mais, fumantes e hipertensos. A probabilidade de se essa turma vir a se tornar refém de males cardiovasculares em uma década é de 10% a 20%.

Além dos fatores listados acima, algo camuflado ou que passa despercebido pelo especialista pode deflagrar uma baita crise. "O paciente considerado de risco intermediário muitas vezes é negligenciado e... infarta", alertou em entrevista à SAÚDE a cardiologista Ana Paula Marte, do Instituto do Coração de São Paulo, o InCor.

Para afastar essa surpresa nada agradável, os médicos valorizam cada vez mais o histórico familiar de cada um. O sinal fica amarelo quando há casos de pai ou mãe vítimas de um ataque cardíaco. A presença de síndrome metabólica uma conjunção infernal de obesidade abdominal, LDL alto, pressão alta e resistência à insulina --, é outro fator que merece atenção máxima. Aí, não há escapatória: a pessoa sobe uma posição no ranking do risco e terá mesmo de derrubar as taxas do colesterol ruim. "O LDL, então, deve ser menor do que 100", afirmou Ana Paula.

terça-feira, 21 de agosto de 2012

Um levantamento feito pelo Instituto do Coração com 2 mil escolares de 2 a 19 anos na rede pública de ensino de Itapetininga, interior paulista, constatou que a obesidade pode dobrar o risco de aumento dessa molécula nociva. Quanto maior o peso, mais elevado tende a ser o nível do LDL, enfatizou à SAÚDE o cardiologista Abel Pereira, do InCor. Além do ponteiro da balança, fatores genéticos também contribuem na produção excessiva do colesterol desde a mais tenra idade. De maneira geral, os níveis de colesterol já podem começar a ser dosados a partir dos 10 anos. Mas, em crianças com antecedentes familiares, convém antecipar essa dosagem para os 2 anos de vida, na opinião do cardiologista Marcelo Bertolami, do Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia. Muitos médicos chegam a sugerir que bebês já passem pelo controle dessas taxas.

Explica-se tanto zelo: quanto antes o colesterol alto for tratado, melhor. Se o problema for empurrado com a barriga até a idade adulta, o resultado pode ser desastroso. "Cerca de 50% dessas crianças terão infarto entre a quarta e a quinta décadas de vida e 85%, até a sexta década", revela o cardiologista Francisco Fonseca, da Universidade Federal de São Paulo.

Vamos bater na velha tecla da importância de se adotar novos hábitos. Isso significa incrementar o cardápio com alimentos ricos em fibras, como frutas, verduras e cereais. E, claro, reduzir aquelas visitas à lanchonete da escola ou do bairro e a quantidade de bolos e bolachas no lanche. Exercício, nem se fala, também é fundamental. "Estudos mostram que 45 minutos diários de atividade física elevam o HDL, o bom colesterol", diz Fonseca. E qual é o moleque que não consegue gastar esse tempo num bate-bola ou numa brincadeira de pega-pega?
Já botou arroz preto no prato hoje? Não? Pois faça isso na sua próxima refeição -- habituando-se a ingeri-lo todos os dias. Assim você nocauteia a balança sem pôr em risco a sua saúde. Pesquisa feita pelo Instituto de Agricultura de Campinas, vinculado à Secretaria Estadual de Agricultura, revelou que essa variedade contém 20% mais proteína e 30% mais fibras do que a versão integral. As calorias são praticamente as mesmas ¿ em 100 gramas, o preto traz 359 e o integral, 362.
E por que, então, o arroz preto ajudaria a enxugar as medidas? "Por causa das fibras", responde Tânia Collino, nutricionista clínica funcional, de São Paulo. Quanto maior a quantidade delas, maior também a queima calórica. Claro, o organismo tem que trabalhar mais para processá-las. Em outras palavras, o metabolismo pisa no acelerador. ¿Sem contar que as fibras dão saciedade", acrescenta a especialista.
Ou seja, você acaba consumindo porções menores. Não custa lembrar que essas substâncias auxiliam o funcionamento do intestino e isso é fundamental para o emagrecimento. E, como se fosse pouco, as fibras modulam a glicemia, a taxa de açúcar no sangue, evitando grandes descargas de insulina ¿ o hormônio que é inimigo de um corpo enxuto ¿, e, conseqüentemente, o diabete. Por fim, para coroar tantos benefícios do arroz preto para a saúde, mais um dado: ele é quase 11 vezes mais rico em antioxidantes do que seu parente mais próximo, o integral.
Essas moléculas combatem os radicais livres, responsáveis pelo envelhecimento precoce e pelo aparecimento de doenças. Em suma, arroz preto no prato todo dia é garantia de organismo em equilíbrio e emagrecimento duradouro.

segunda-feira, 20 de agosto de 2012

Pera

Ela tem seu mérito e não só a popular maçã - na hora de enxugar os quilos extras. Pesquisa do Instituto de Medicina Social da Universidade do Rio Janeiro -- e publicada no o Journal of Nutrition, uma das mais respeitadas revistas americanas sobre nutrição -- mostrou que as mulheres que comeram três peras por dia durante 12 semanas consumiram menos calorias e perderam mais peso do que as que não ingeriram nenhuma fruta. O estudo foi feito com 411 voluntárias entre 30 e 50 anos. A pera tem a grande vantagem de ser bem fibrosa. Concentra, em média, 3 gramas de fibras totais por 100 gramas - quase o dobro da maçã, que fornece 1,6 grama, afirma a nutricionista Tânia Rodrigues, diretora da RGNutri Consultoria Nutricional, de São Paulo. Além disso, o consumo de uma unidade representa 12% da necessidade diária de fibras, que é de aproximadamente 25 gramas por dia. Ela também é grande fonte de fibras insolúveis, que estão relacionadas à prevenção de prisão de ventre e de doenças como diverticulite e câncer de cólon, completa Tânia.

Grapefruit e suas irmãs

Quer uma razão para reverenciar essa fruta? Ingerir metade de uma grapefruit ou tomar seu suco antes de cada refeição pode ajudar na perda de até meio quilo por semana, mesmo que você não mude absolutamente nada na sua dieta. Foi essa a conclusão a que chegaram os pesquisadores da Scripps Clinic, na Califórnia, uma rede de serviços de saúde sem fins lucrativos e que investe pesado em estudos. Eles acompanharam 100 obesos por 12 semanas. Passado esse período, descobriram que componentes da fruta ajudam a regular a produção de insulina, um hormônio que está intimamente ligado ao estoque de gordura. Níveis baixos de insulina também contribuem para afastar o apetite por mais tempo quando os índices estão elevados, o hormônio estimula o hipotálamo, região do cérebro que, entre outras funções, regula a fome. Se anda difícil encontrar grapefruit na sua cidade, aposte em duas outras variedades: a laranja-pêra e a laranja-bahia. A sugestão é de Vanderlí Marchiori, nutricionista e fitoterapeuta, de São Paulo. Elas contêm os mesmos compostos e atuam da mesma forma no emagrecimento, garante.

Banana verde

Verdade. Nesse estágio, ela faz a balança se render graças a um amido resistente que ainda marca presença no macarrão integral, no feijão branco, na lentilha, na cevada e no pão com grãos integrais, que têm alto poder de saciedade. Esse efeito ficou mais do que comprovado em uma pesquisa americana realizada pela Universidade do Estado de Louisiana e publicada no Journal of Obesity. De acordo com o estudo, esse amido estimula hormônios que fazem o organismo se sentir satisfeito e sinalizam que é hora de parar de comer. O amido resistente também promove um aumento do peristaltismo intestinal, que pode diminuir a absorção de nutrientes e, consequentemente, de calorias, afirma a nutricionista Luci Uzelin, coordenadora de nutrição do Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo. Outro dado: um pequeno estudo da Universidade do Colorado revelou que a queima de gordura foi 23% maior entre os pacientes que incluíram alimentos ricos nesse amido. Dá para comer banana verde? Sim. Você encontra receitas ótimas na internet ou no livro Yes, nós temos Bananas (editora Senac), de Heloísa de Freitas Valle, uma das pioneiras no uso da fruta verde como ingrediente principal de vários pratos.

Amêndoas

Esta também é de cair o queixo: um farto punhado de amêndoas, cheia de gorduras -- benéficas, diga-se -- é capaz de reduzir o peso. E não só ele: a barriga também! Isso é o que mostra um estudo realizado no City of Hope National Medical Center in Duarte, Califórnia, nos Estados Unidos, e publicado no International Journal of Obesity. Em seis meses, os pacientes que adotaram diariamente 84 gramas da fruta oleaginosa (cerca de 70 unidades!) reduziram 18% do peso e 14% da medida na cintura. O colesterol ruim (LDL) também diminuiu 15% e os triglicérides, 29%. O grupo que se deliciou com as amêndoas perdeu também 56% a mais de gordura corporal em comparação com a turma que ingeriu o mesmo número de calorias na forma de carboidratos complexos, que estão nos cereais integrais, no arroz, nos pães, nas massas e nas batatas. Além das fibras, que afastam a fome por mais tempo, a amêndoa contém ômega-3, gordura do bem que ajuda a estimular os hormônios da saciedade, afirma a médica ortomolecular Heloísa Rocha, do Rio de Janeiro. Também é riquíssima em vitamina E, que regula os hormônios sexuais tanto no homem como na mulher. Nele, a amêndoa  facilita a formação de massa magra. E, quanto mais massa magra, maior a queima de gordura. Nela, o mesmíssimo amido resistente evita o estoque das células gordurosas. Ou seja, o peso despenca.
 
O primeiro ancestral humano que aprendeu a se locomover sobre os dois pés pode muito bem ter proferido, logo depois de suas passadas de bípede estreante, uns ais de desconforto ou algo do gênero. Isso porque sua coluna passou a sustentar sozinha todo o peso do corpo, que, antes do advento da nova forma de caminhar, quando a humanidade andava de quatro, era mais bem distribuído.
A dor nas costas é um legado com o qual grande parte da humanidade tem de lidar diariamente. A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que 80% da população sofra de lombalgia, a sensação dolorosa que surge na parte mais baixa da coluna. Ou vai sofrer, confirma o reumatologista José Knoplich, que é de São Paulo.
Quilos extras, alterações em vértebras e músculos em desequilíbrio são alguns dos gatilhos que disparam o problema. E, para deixar esse panorama ainda mais dolorido, entram em cena as posturas erradas no dia-a-dia.

domingo, 19 de agosto de 2012

Dormir profundamente estimula diversos processos metabólicos no corpo. "Controle do apetite, consolidação de memória e recuperação muscular são apenas alguns deles", enumera a reumatologista Suely Roizenblatt, do Instituto do Sono, em São Paulo. Mas nada disso faz efeito se sua cama não for confortável. "Um colchão desalinhado, escolhido a olho, pode fazer você acordar durante a noite e, aí, qualquer efeito positivo que o sono poderia produzir se perde na madrugada", explica a fisioterapeuta paulista Silmara Bueno, criadora da RPGS, Reeducação Postural Global do Sono. Para nossa sorte, colchões e travesseiros evoluem cada dia mais. "Antigamente, eles eram feitos com crina animal, vegetal e algodão", conta Felipe Bettoni, diretor da fábrica mais antiga de colchões de São Paulo, a Colchoaria Bettoni. Hoje, com tanta novidade, basta optar pelo que mais se adapta ao seu corpo, ou seja, aquele que deixa a coluna mais alinhada.
Com o travesseiro não é diferente. As opções são muitas, mas o importante mesmo é que ele preencha o espaço entre o pescoço e a parte de fora do ombro, que encosta no colchão. "O apoio, firme ou macio, deve dar suporte à cabeça sem deixá-la inclinar para cima ou para baixo", ensina Silmara.
Mas só há uma maneira de saber se aquele modelo grande e fofo da vitrine foi fabricado para ser seu companheiro ideal de todas as noites: testá-lo. E nada de colocar só a mão. É preciso repousar a cabeça para ter certeza do conforto. Só assim dá para sentir se o material afunda de mais ou de menos (confira nas ilustrações ao lado os tipos diferentes de travesseiro que você encontra nas lojas). "Uma escolha errada pode resultar em torções, inflamação dos tecidos e até problemas circulatórios", alerta a consultora do sono Renata Federighi, da Duoflex, empresa que fabrica travesseiros. No final das contas, a moral da história é uma só: "Com um bom travesseiro, um bom colchão e uma boa postura, a tranquilidade da noite está garantida", aconselha Silmara.
No que ficar de olho
Não basta apalpá-lo. Na hora de comprar, deite no modelo escolhido e fique ali por alguns minutos até ter certeza de que quer levá-lo para casa
Espessura Quinze centímetros já seriam suficientes para proporcionar uma noite confortável. Altura da camaEla deve ficar no mínimo a 30 centímetros do chão. Essa distância garante uma ventilação adequada.
Estrado ou box?
O estrado ganha no quesito circulação de ar, o que evita irritações na pele provocadas pelo excesso de suor.
Tamanho
O colchão pequeno restringe os movimentos durante a noite. Confira abaixo as medidas ideais:
Casal 1,38 cmSolteiro88 cm
A proteção contra os raios solares é essencial

Infelizmente o sol envelhece e, o que é pior, leva ao câncer. Mas não é por isso que todo mundo vai ficar trancado em casa. Para desfrutar da estação ensolarada, fique de olho no relógio. Fuja dos raios de sol entre 10 e 15 horas (acrescente 60 minutos se estiver no horário de verão). E não deixe de se lambuzar de filtro. Nada de economia. “A camada deve ser espessa”, diz o dermatologista Sérgio Yamada, da Universidade Federal de São Paulo. Os fotoprotetores estão cada vez mais modernos e existem até fórmulas sem perfume para quem tem alergia. Se você dormir na cadeira de praia, os raios ultravioleta podem maltratá-lo. “São eles que danificam o DNA das células, fazendo com que elas se multipliquem de forma desordenada”, explica o cirurgião plástico Rogério Izar, do Hospital do Câncer, em São Paulo. É assim que surge o tumor de pele.

sábado, 18 de agosto de 2012

É o caso da sua pele?O seu tipo então é…FPS mínimo
Sempre fica queimada, jamais bronzeadaExtremamente sensível20
Fica bem queimada depois de ganhar um leve bronzeadoMuito sensível12
Fica bronzeada aos poucos, mas acaba levemente queimadaSensível8
Quase não se queima e sempre se bronzeiaModeradamente sensível4
Raramente se queima e fica muito bronzeadaPouco sensível2
 

Apesar de ainda vermos alguns teimosos por aí, o protetor solar é figurinha carimbada das malas de quem vai passar as férias na praia ou vai curtir o sol do verão. Mas, com a chegada dos meses mais frios do ano, a história é outra. "Como no inverno não sentimos calor, as pessoas acreditam que não há grande risco em se expor sem o produto", explica o dermatologista Marcus Maia, professor da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo, na capital paulista. O problema é que o perigo existe, sim, e a responsável por ele é a radiação UVA, antes quase ignorada pela maioria de filtros e companhia. Essa situação deve mudar com as novas regras que a Agência Nacional de Vigilância Sanitária, a Anvisa, acaba de implantar. O órgão do governo federal lançou, no início do mês de junho, uma regulamentação mais rígida para produtos com fator de proteção solar, o famoso FPS. "As normas levam em conta quem vai utilizar o filtro. O fabricante não pode prometer algo que na prática não cumpre, como a impermeabilidade", opina Maia. Entre as novidades estão alterações no rótulo e a exigência de que os produtos também resguardem a pele contra os tais raios UVA. O fator de proteção contra esses malfeitores deverá ser de no mínimo um terço do total do FPS - se o valor é 15, por exemplo, o número para o UVA precisará ser 5.
O perigo mais grave é o câncer de pele melanoma, variedade mais agressiva dos tumores que acometem o tecido. "Ele tem maior potencial de alcançar outros órgãos, já que se instala em uma camada mais profunda da derme", aponta Maia. Uma das maneiras de flagrá-lo é ficar de olho em pintas e feridas. Se elas mudam de formato, aumentam de tamanho ou os ferimentos não cicatrizam, é melhor procurar um dermatologista. Esse tumor é um dos poucos que se pode evitar. Basta se resguardar da maneira adequada. "Teoricamente, ele não deveria nem existir", opina Maia. Mas não é só o UVA que fomenta a moléstia: as queimaduras causadas pelo UVB estão por trás do câncer não melanoma, bem mais comum e que também precisa ser prevenido e acompanhado de perto.
Além de barrar perigos tumorais, usar protetor em todas as estações garante uma aparência jovial por décadas a fio. "Quando o UVA penetra na derme, chega até as fibras de colágeno, que sustentam a pele, causando assim um aspecto envelhecido", explica Maia. Sem contar que as manchas não dão pinta quando nos besuntamos com o produto o ano todo. "De alguns anos para cá, os estudos mostram que o uso regular do filtro solar para tratar e preveni-las é até mais importante do que a aplicação apenas na praia", aponta Schalka. Vale lembrar que moramos em um país onde o astro rei brilha a toda mesmo no inverno.

sexta-feira, 17 de agosto de 2012

A ginkgo biloba foi a primeira planta a brotar após a destruição provocada pela bomba atômica na cidade de Hiroshima, no Japão

A ginkgo já é famosa por suas façanhas. O extrato obtido de suas folhas comprovadamente reduz as tonturas, refresca a memória, alivia as dores nas pernas e nos braços e acaba com o zumbido no ouvido. Por tudo isso ela arrebanhou uma vasta clientela, composta na maior parte por idosos. Mas suspeita-se que o poder dessa planta de folhas de formato de leque vá além. Estudos realizados em laboratório e com seres humanos sugerem sua capacidade de prevenir e atacar tumores — mais um importante item que se acrescenta ao seu currículo.

Uma das pesquisas que obtiveram resultados mais estrondosos foi concluída no final do ano passado. Ao todo, 1 388 mulheres foram acompanhadas por seis meses. Todas relataram tomar algum tipo de remédio fitoterápico — equinácea, ervade- são-joão, ginseng e ginkgo. As que ingeriram esta última diariamente tiveram uma incidência 60% menor de tumores de ovário. Para entender o que estava ocorrendo, os surpresos cientistas levaram a ginkgo para dentro do laboratório. Lá misturaram o extrato da planta a culturas de células de ovário cancerosas. Bastou uma pequena dose para que o crescimento delas fosse reduzido em 80%