quarta-feira, 29 de maio de 2013

Um punhado de milho, um fiozinho de óleo e uma panela no fogo... Voilà! Bastam alguns minutos - e muitos "pops" - para a combinação resultar em massas brancas, pequenas e bem macias. É a famosa pipoca. Vira e mexe no centro de acaloradas discussões, ela costuma ser acusada de ser um tanto quanto traiçoeira para a saúde. A presença de gordura e o fato de nos incentivar a extrapolar nas pitadas de sal estão entre as principais queixas. No que depender da ciência, entretanto, a má fama está com os dias contados. 

É que, se preparada corretamente - não vale apelar para a praticidade da versão de micro-ondas -, ela é uma explosão de benefícios, informação reforçada por um estudo recente da Universidade de Scranton, nos Estados Unidos. Segundo o time de cientistas, pasme, a pipoca reúne mais certos antioxidantes do que uma porção de frutas e verduras. Ou seja: ela seria uma aliada ardilosa na guerra contra os radicais livres, aquelas moléculas instáveis e perigosas que atacam as células e provocam desastres que vão de envelhecimento precoce a câncer. "Isso se deve à diferença entre a quantidade de água encontrada na pipoca, que é de 3 a 5%, e a detectada nos vegetais, que chega a 90%", informa Joe Vinson, líder do trabalho. Na prática, esses valores referentes à umidade revelam que no subproduto do milho os compostos fenólicos - benditos antioxidantes! - ficariam concentrados, enquanto nas outras classes alimentares eles apareceriam mais diluídos. "A pipoca é o único snack formado 100% pelo grão. Já os antioxidantes encontrados em outros produtos à base de sementes integrais, por exemplo, são removidos ou sofrem degradação durante o processamento." 

Só para você saber - e não morrer mais de raiva -, as substâncias protetoras da saúde estão na casca, aquela capa que teima em ficar agarrada nos dentes. E, se o milho que levar para casa der origem a uma pipoca naturalmente amarela ou creme, bingo! Sinal de que a parte fofinha do alimento é ainda fonte de carotenoides. "Essas substâncias também atuam como antioxidantes e, no corpo, são convertidas em vitamina A", ensina a cientista de alimentos Maria Cristina Dias Paes, da Embrapa Milho e Sorgo, em Sete Lagoas, no interior de Minas Gerais. A transformação é ótima para o sistema imunológico e para os olhos, que ficam blindados contra degeneração macular relacionada à idade.

 Apesar de grudenta, a casca da pipoca está cheia de atributos. Afinal, nela também estão doses generosas de fibras, substâncias que contribuem para a formação do bolo fecal. "Para eliminá-lo com maior facilidade, é necessário aumentar o consumo de água", lembra a nutricionista Viviane Piatecka, do Conselho Regional de Nutricionistas da 3ª Região. O melhor é que o papel das fibras não fica restrito a dar um empurrão ao funcionamento do intestino. Elas também são reverenciadas por tornar a digestão mais lenta, prolongando, assim, a sensação de barriga forrada - uma vantagem e tanto para quem quer derrubar o ponteiro da balança. 

Já na parte fofa e geralmente branca dessa pequena notável fica guardado outro amigão do organismo: o amido resistente. O nome, convém dizer, não foi dado à toa. Isso porque ele passa praticamente intacto pelo aparelho digestivo. Só no intestino grosso é que micro-organismos da flora o transformam em ácidos graxos de cadeia curta. "Eles deixam a área mais ácida, favorecendo a proteção contra células cancerosas. Por isso, o consumo de amido resistente tem sido associado à redução do risco de tumores no órgão", detalha Maria Cristina, da Embrapa.

Fonte: saude.abril.com.br

segunda-feira, 27 de maio de 2013

Respire fundo. Estamos naquele período do ano em que o nariz sofre — e como sofre! Casacos guardados durante meses finalmente saem do armário, o ar está mais seco e a poeira voa livre, leve e solta por todos os cantos. Para piorar, a gente tenta esquentar o corpo se amontoando em locais fechados, um prato cheio para a proliferação de vírus e bactérias. Assim, está armado o circo para que as doenças respiratórias promovam seu show. Nesta época, gripes e resfriados dão o ar da graça e a rinite ataca, deixando as vias aéreas expostas a toda sorte de inflamações. Aí, basta um micro-organismo mais esperto aproveitar a brecha e pronto: instala-se a sinusite — ou rinossinusite, como preferem os especialistas. "É muito raro ocorrer a sinusite sem uma rinite", justifica Antônio Douglas Menon, otorrinolaringologista do Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo. 

Quem já enfrentou o problema conhece os sintomas: a cabeça fica pesada e o rosto parece que vai explodir.Sem falar naquela secreção esverdeada que sai do nariz. Mas a doença às vezes dá sinais menos óbvios. "Rouquidão e tontura também podem ser indícios", exemplifica o otorrinolaringologista Fernando Chami, do Centro de Pesquisa e Estudo da Medicina Chinesa, em São Paulo. Até dor de dente a sinusite, como ainda é popularmente conhecida, pode provocar. 

Todo esse mal-estar ocorre porque os seios da face — as cavidades que ficam no interior dos ossos, ao redor do nariz, da maçã do rosto e dos olhos — entopem. Daí, abrir caminho para que o ar circule tranquilamente pelos seios da face nem sempre é tarefa fácil. Felizmente, a ciência tem trabalhado para desenvolver novas soluções para dar fim a esse sufoco. A equipe do Hospital Professor Edmundo Vasconcelos, na capital paulista, acaba de trazer ao Brasil uma cirurgia criada nos Estados Unidos, parecida com o procedimento usado para desentupir artérias do peito: a sinuplastia com balão. "É mais uma ferramenta para combater a rinossinusite", acredita o otorrinolaringologista João Flávio Nogueira, que já testou o método em 12 pacientes. Menos agressiva do que a cirurgia tradicional, ela seria recomendada para crianças, idosos ou aqueles que não podem se expor a sangramentos, por exemplo. 

sábado, 25 de maio de 2013

A atriz americana Angelina Jolie anunciou, em um texto no jornal The New York Times, que se submeteu à retirada das mamas com a finalidade de evitar um tumor ali. A notícia causou alvoroço e as pessoas passaram a questionar a real necessidade de um procedimento tão radical.

Em primeiro lugar, vale reforçar que Angelina perdeu a mãe para a mesma doença e realizou um teste genético para saber o seu risco. No caso, o exame apontou que ela tinha uma probabilidade de 87% de desenvolver o problema nas glândulas mamárias em algum momento da vida. Esse método consiste em pegar uma amostra de sangue e rastrear mutações em genes que, segundo estudos, elevam pra valer o risco de câncer, como o BRCA1, alterado em Angelina Jolie. 

Segundo o mastologista João Carlos Sampaio Góes, diretor técnico-científico do Instituto Brasileiro de Controle do Câncer, além da questão genética, existem outros fatores que acusam a maior possibilidade de ter a doença, como o estilo de vida e o histórico do paciente e a presença de casos de câncer na família. Por isso, cogitar a retirada das mamas requer que se avalie cada caso em particular, bem como as condições de saúde da mulher. A cirurgia profilática é indicada apenas a pacientes de alto risco confirmado.


"Na verdade, Angelina nem se submeteu a uma mastectomia, que consiste na retirada total dos seios, mas a uma adenectomia, ou seja, a remoção das glândulas mamárias", esclarece Góes. Depois disso, já se costuma reconstruir a região, em uma cirurgia plástica, com enxertos e uma prótese de silicone. "Todo esse procedimento reduz o risco de câncer ali em até 95%, o que, de fato, é mais eficaz do que qualquer outro método, além de ter um efeito permanente", explica o médico. 

O mastologista Henrique Pasqualette ressalta, no entanto, que a retirada não anula por completo a probabilidade de um tumor aparecer. No caso de Angelina, o risco caiu de 87% (apontado no seu teste genético) para 5%. Daí que é necessário continuar o acompanhamento médico. Como nem todas as mulheres terão essa alteração genética que faz a doença se manifestar mais cedo, às vezes na casa dos 30 anos, nem vão realizar os testes de DNA que a deduram, cabe lembrarmos das estratégias mais amplas de detecção precoce do câncer de mama. 

Prevenção sem cortes 
De modo geral, as recomendações para flagrar o quanto antes um câncer de mama, algo fundamental para vencer a doença — quanto mais cedo o problema for descoberto e começar o tratamento, maior a chance de cura — envolvem a realização do autoexame e da mamografia a partir dos 40 anos de idade. O exame tem de ser feito anualmente. Caso a mulher possua histórico familiar da doença, a inspeção deve começar mais cedo e se repetir a cada seis meses. 


Quando é confirmado um alto risco e a mulher não quer, sob hipótese nenhuma, passar por uma cirurgia para remover as mamas, uma opção é apelar para o que os especialistas chamam de quimioprevenção. "Administramos substâncias que funcionam como anti-hormônios e evitam estímulos naturais para a multiplicação de células cancerosas", explica Góes. A eficácia dessa estratégia gira em torno de 20 a 50%, mas ela dispara alguns efeitos adversos.


Morar no último andar de um prédio garante uma bela vista. Por outro lado, implica longas viagens de elevador ou de escada. Em outras palavras, dependendo de como se encara a situação, a cobertura vira um sonho ou um aborrecimento. "Com o estresse, ocorre algo semelhante: o fato em si importa menos do que a maneira como é assimilado", avalia a psicóloga Valquíria Trícoli, vice-presidente da Associação Brasileira de Stress. A confusão, entretanto, começa na hora de decidir o que fazer para lidar com o nervosismo. Certas práticas que aparentemente esfriam a cabeça podem, na verdade, acabar esquentando os ânimos. "Estamos mais preparados para gerenciar o estresse. Só que, por falta de informação, as pessoas cometem erros que as prejudicam ainda mais", reforça o psicólogo Esdras Vasconcellos, da Universidade de São Paulo. Chega o momento de introduzir as atitudes que causam uma tempestade na massa cinzenta e as correções que asseguram a bonança cerebral. Vamos aos mitos.

1 - NÃO SE PROGRAME
A língua portuguesa é ambígua em alguns casos. No dicionário Houaiss, por exemplo, a palavra relaxado caracteriza tanto os indivíduos descontraídos como aqueles negligentes. E até por causa desse encontro de significados muita gente crê piamente que a displicência é sinônimo de calmaria. Todavia, isso não poderia estar mais longe da realidade. "Priorizar certos assuntos, organizar-se e manter uma agenda dos eventos são passos importantes para manter a serenidade", revela Ana Maria Rossi, psicóloga da Clínica de Stress e Biofeedback, em Porto Alegre, no Rio Grande do Sul. Afinal, aí estão enumerados jeitos simples de se preparar para enfrentar o que vem ao longo do dia e, então, evitar surpresas desagradáveis ou instantes embaraçosos, dois fatores capazes de alavancar os níveis de adrenalina no organismo. Mas que fique claro: a disciplina precisa ser acompanhada de flexibilidade. "Ficar engessado também atrapalha, porque qualquer imprevisto pode desencadear nervosismo", esclarece Ana Maria. 

2 - MEDITE!
A tal arte milenar oriental, assim como a ioga ou até o tai chi chuan, é preconizada como um dos alívios mais eficazes para a tensão excessiva. Ela realmente tem seu valor, porém somente para quem a aprecia. Forçar alguém reconhecidamente elétrico a ficar imóvel enquanto se concentra em seu próprio corpo, além de não adiantar nada, contribui para o surgimento de uma sensação precursora do estresse: a ansiedade. "Determinados pacientes relaxam mais com exercícios físicos, outros com a leitura, e há quem aposte nas músicas", elenca a psicóloga Selma Bordin, do Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo. A regra, portanto, é investir no que você gosta. Mas para toda norma há uma exceção. "Um jogo de cartas, se ficar muito competitivo, torna-se igualmente estressante", exemplifica Esdras Vasconcellos. "É importante valorizar a diversão nesses momentos em vez de se concentrar somente na vitória ou na derrota", acrescenta.

3 - FALE ATÉ FICAR ROUCO!
Discutir a perda de um emprego ou a de um ente querido auxilia a superar o trauma. Entre outras coisas, o próprio ato de falar exige uma organização prévia do pensamento — premissa essencial para passar por cima das pedras que atravessam o seu caminho. Acontece que, em contrapartida, a insistência no assunto quase sempre culmina em nervos exaltados. "A mente não trabalha com tempos diferentes. Um evento passado, se relembrado, vem para o presente", explica a psicóloga Ana Maria Rossi. Isso quer dizer que remoer tópicos desagradáveis de tempos atrás com os amigos costuma terminar em irritação. O pior é que isso não ocorre só porque a questão continua a rondar as conversas do sujeito. Na verdade, as próprias palavras dos companheiros às vezes causam desconforto por se oporem ao raciocínio do estressado do momento. Por isso, os especialistas aconselham buscar parceiros de papo que sejam bons ouvintes e que busquem apenas aprofundar o debate. "Ajuda mais quem não emite opiniões. Caso contrário, aquele processo de estruturação das ideias é inibido", relata Selma Bordin.

4 - NUNCA DURMA NERVOSO
Em um mundo ideal, as preocupações ficariam restritas ao período em que o sol dá as caras. Mas, na realidade, cada vez mais elementos interferem no equilíbrio do dia — e muitos deles não têm medo do escuro da noite. Por isso, sejamos sinceros: aquela velha máxima de não levar problemas para a cama é difícil de ser aplicada ao pé da letra. E, mais do que isso, se trocamos horas de sono para resolver pendências, o risco de o estresse despertar junto com você aumenta. "Há estudos que relacionam um sono inadequado à secreção de hormônios como o cortisol, ligado ao estresse", aponta Rafael Freire, psiquiatra da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Uma estratégia que traz bons resultados é, em vez de resolver o que o atormenta na calada da madrugada, traçar um planejamento do que realizar ao amanhecer para solucionar a situação. Essa luz no fim do túnel serve como calmante e, de quebra, agiliza a resolução de fatores enervantes.

5 - SEMPRE RECORRA AOS FAMILIARES
As pessoas da sua família, até pela intimidade, servem como válvula de escape em muitas ocasiões. E a ciência realmente comprova que uma boa estrutura em casa reduz a inquietação excessiva. Agora, há momentos e momentos para apelar à mãe, ao pai... Na Universidade da Califórnia, nos Estados Unidos, pesquisadores observaram que, durante uma atividade aflitiva, voluntários colocados ao lado do seu animal de estimação apresentavam a frequência cardíaca e a pressão sanguínea mais controladas do que os participantes que ficavam junto do marido ou da mulher. Isto é, se um irmão ou mesmo um primo podem até servir como um bom ouvido, aquele companheiro peludo e de quatro patas funciona melhor para atenuar os efeitos do estresse. "O bicho é afetivo, não cobra nada e ainda tira o foco do tormento", declara a psicóloga Valquíria Trícoli. Sem contar que a proximidade entre indivíduos com o mesmo sobrenome gera, em certos temas, exigências que só intensificam o desassossego.

sexta-feira, 24 de maio de 2013

Ninguém vive bem quando está a ponto de explodir quase todo dia, quase toda hora. A mente e o corpo ficam longe da sanidade. É por isso que, vez ou outra, a ciência desencava novas evidências mostrando que o estresse descontrolado está na origem de uma extensa lista de problemas, das falhas de memória à baixa imunidade, sem contar em doenças graves, como o câncer. Pesquisadores da Universidade de Oxford, na Inglaterra, acabam de adicionar um novo item a essa relação: a infertilidade feminina.

Segundo eles, a tensão nas alturas estaria por trás do insucesso de mais de 200 mulheres analisadas, todas na faixa dos 18 aos 40 anos, para engravidar. Sob esse estado, o organismo feminino passa a secretar doses cavalares de um hormônio chamado alfa-amilase. As taxas elevadas dessa substância atuam como um verdadeiro espanta-cegonhas, influenciando o sistema nervoso simpático, que é acionado em momentos de perigo, a acelerar o funcionamento de vários órgãos. Nas candidatas a mãe, essa conjunção de fatores ativa um mecanismo que desestimula a capacidade reprodutiva. "O alfa-amilase é um tipo de adrenalina que reduz a produção de progesterona, justamente o hormônio responsável pelo ciclo menstrual e pelas modificações do organismo durante a gravidez", explica o urologista Jorge Haddad, integrante do grupo de Reprodução Humana da Universidade Federal de São Paulo. "E, sem a progesterona, diminuem-se as chances de o embrião se implantar no útero." Essa é a primeira vez que uma pesquisa laboratorial estabelece um elo entre níveis cavalares de um hormônio relacionado ao estresse como um empecilho para gerar filhos. 

Embora os patamares colossais de cortisol, outro hormônio típico dos momentos de nervosismo, não tenham feito diferença no estudo de Oxford, os especialistas também o acusam de postergar a realização do sonho da maternidade. "No caso dele, a mulher fica com dificuldade para desenvolver e liberar o óvulo", afirma o urologista e especialista em reprodução humana Jorge Hallak, do Hospital Sírio Libanês, em São Paulo. O cortisol ainda impediria a interação entre espermatozoide e óvulo. "Trata-se de uma reação bioquímica. Esse hormônio atrapalha o momento da fertilização, quando o gameta masculino caminha pelas trompas de falópio, fazendo com que ele não reconheça sua célula-alvo", explica Hallak. Cabe dizer que o cortisol em si não é um entrave para o projeto de filhos, mas pode se tornar prejudicial à reprodução quando está muito abaixo ou acima do ideal — e aí tanto para mulher como para o homem.

Um levantamento recém-divulgado pelo instituto Benenden, na Inglaterra, aponta que a tensão da vida moderna rouba até duas das 24 horas do dia. A hipótese dos autores para explicar o déficit no cronômetro é a de que esse período seria gasto pensando em problema se na luta para pegar no sono. Além disso, o trabalho revelou dados preocupantes sobre os britânicos: em média, eles enfrentam dificuldade para dormir por causa das chateações durante seis noites por mês. E 45% dos 2 mil entrevistados admitiram que o estresse atrapalhou diretamente a sua saúde. “Quando provocado pela respostado organismo a estímulos orgânicos, ele faz bem para o corpo”, pondera o psicólogo José Roberto Leite, da Universidade Federal de São Paulo. ”No entanto, se for contínuo e de natureza psicológica, o estresse pode facilitar o aparecimento de doenças cardiovasculares e reduzir a resposta do nosso sistema imune.”

Causas – o que provoca mais apreensão, segundo a pesquisa: 
• sobrepeso 
• Problemas financeiros 
• Insegurança no emprego 
• casa em mau estado 
• Vida sexual ruim 
• Problemas familiares 
• Vício 
• Dirigir 
• saúde dos filhos 
• Bicho de estimação doente


Consequências – corpo prejudicado 
• Hipertensão 
• Úlcera no estômago 
• Infecções oportunistas 
• Fraco desempenho no trabalho 
• consumo exagerado de álcool


quinta-feira, 23 de maio de 2013

Pancadas na cabeça não tratadas podem gerar problemas muito negativos

Pancadas na cachola durante um esporte, se não levadas a sério, podem gerar repercussões bastante negativas — de amnésia a dores crônicas, passando por doenças neurodegenerativas. Comisso em mente, cientistas da Sociedade Americana de Medicina Esportiva elaboraram um manual para tentar reduzir o número de concussões se aplacar seus efeitos. "A principal regra é não continuar jogando depois de bater a cabeça", prescreve Ricardo Nahas, diretor da Sociedade Brasileira de Medicinado Exercício e do Esporte. "Os sintomas mais comuns de uma concussão são tontura, perda de consciência e confusão mental", diz. Fique atento.

No crânio
1 - O Choque - Quando a cabeça recebe um impacto brusco, a massa cinzenta chacoalha de uma lado para o outro dentro do crânio.
2 - A colisão - A colisão com a caixa óssea provoca microlesões, que culminam em tontura, náusea, perda de memória...

quarta-feira, 22 de maio de 2013

Morango - Foto: Getty ImagesUm estudo conduzido pela Harvard School of Public Health em Boston (Estados Unidos) em 2013 demonstrou que mulheres que consumiam morangos e mirtilos tinham menos chances de infartos do miocárdio. A grande responsável pelo benefício é uma substância chamada antocianina, presente em frutas de coloração vermelha e azul. "Ele também ajuda a reduzir a pressão graças à procianidina", acrescenta Daniela Jobst, nutricionista funcional a clínica.

Fonte: minhavida.com.br

terça-feira, 21 de maio de 2013

AcerolaA laranja que nos perdoe, mas não há fruta com mais vitamina C do que a acerola. De acordo com a Tabela Brasileira de Composição dos Alimentos (TACO) da Unicamp, uma laranja tem cerca de 57 mg de vitamina C, contra 104 mg, aproximadamente, de uma única acerola. E o nutriente é muito importante para o sistema imunológico, pois participa da produção das células de defesa do organismo além de modular o funcionamento da nossa proteção natural. "Encontramos vários artigos que ressaltam a importância desta vitamina no aumento e manutenção da atividade de células do sistema imunológico, como, por exemplo, os mastócitos e macrófagos", considera o nutricionista Israel Adolfo. 

Fonte: minhavida.com.br
Uva - Foto: Getty ImagesFrutas de cores avermelhadas são ricas em antioxidantes. "Eles são compostos necessários para neutralizar os radicais livres, evitando assim que reajam com alguma célula e as destruam. Eles são naturalmente formados em nosso organismo nas reações metabólicas habituais e em situações como estresse, consumo de álcool, tabagismo, entre outros", define Israel Adolfo. Normalmente, os radicais livres são causadores de lesões nas células e tecidos, o que pode provocar diversas doenças à longo prazo. A uva é uma fruta rica em antioxidantes, principalmente na casca e na semente. "As pró-antocianidinas, presente nas cascas e sementes da fruta, são considerados super antioxidante, 20 vezes mais potente que a vitamina C e 50 vezes mais que a vitamina E", explica a nutricionista Daniela Jobst. 

Fonte: minhavida.com.br

segunda-feira, 20 de maio de 2013


Limão - Foto: Getty ImagesA maior parte dos benefícios da fruta é voltada para a saúde do coração, que não deixa de ser prejudicada quando a pessoa tem diabetes, já que a alta da glicose no sangue desgasta e prejudica as artérias e veias. "A alta concentração de ácido nicotínico no limão protege as artérias, prevenindo problemas cardiovasculares, uma tendência para quem tem a doença. O alimento também diminui a viscosidade do sangue, o que é essencial, uma vez que, junto com o diabetes, existem alterações que predispõe a um maior risco de trombose", ensina a nutricionista Daniela Jobst.

Ele também evita hemorragias, devido à presença de ácido cítrico e ácido ascórbico, o que é vantajoso ao paciente com diabetes devido a sua dificuldade de cicatrização. Por fim, a parte branca do limão e a casca também contém pectina, "quando ela é dissolvida em água, produz uma massa viscosa que auxilia no trânsito intestinal e na saciedade, retardando a absorção dos açúcares", desvenda Nicole Trevisan. Isso evita picos glicêmicos, inimigos de quem tem diabetes.

Fonte: minhavida.com.br

Banana - Foto: Getty ImagesA banana, principalmente quando está verde, tem substâncias que protegem as paredes estomacais, favorecendo quem sofre com gastrite e azia. "Um estudo preliminar cita que a fruta possui um flavonoide conhecido como leucocianidina, que previne contra o desenvolvimento de úlceras estomacais", explica o nutricionista Israel Adolfo. Além disso, antes de amadurecer ela tem mais amido, que é digerido primeiramente na boca, o que faz com que o estômago produza menos ácido para efetuar a digestão e irrite menos as paredes estomacais, como ressalta Daniela Jobst. Com o processo de maturação, esse amido vai se convertendo em frutose. Mas é preciso cuidado com um tipo em específico. "A banana nanica é ácida, não sendo indicada para quem tem gastrite", alerta a nutricionista Nicole Trevisan.

Fonte: minhavida.com.br

domingo, 19 de maio de 2013

Abacate - Foto: Getty ImagesEssa fruta é rica em gordura monoinsaturada, aquela considerada amiga do nosso organismo. "O ácido oleico, a mesma gordura do azeite de oliva, protege os vasos sanguíneos e o coração contra infartos, tromboses, entupimento das veias, doenças cardíacas e bloqueia a ação do LDL, chamado de colesterol ruim", explica a nutricionista Daniela. Por isso, o consumo regular do abacate reduz os níveis de colesterol total e eleva os de HDL, o chamado colesterol bom. Mas vale um alerta, já que a fruta tem muitas calorias. "Para apresentar apenas os benefícios, deve ser consumida na quantidade de uma colher de sopa ao dia", ressalta Israel Adolfo. E nada de consumi-lo com açúcar, prefira o cacau em pó se há necessidade de incrementar o gosto, como sugere a nutricionista clínica Nicole Trevisan. 

Fonte: minhavida.com.br

sábado, 18 de maio de 2013

Maçãs - Foto: Getty ImagesA chave para o emagrecimento está em reduzir as calorias ingeridas e aumentar as gastas. Para ter sucesso na primeira empreitada, aumentar a saciedade é essencial, e as frutas em sua maioria oferecem essa característica. "Todas são muitos importantes no processo de diminuição da gordura corporal, pois são ricas em fibras e proporcional uma grande oportunidade de mastigar. Para isso, índico frutas mais duras, como a maçã", classifica o nutricionista Israel Adolfo. 
Para completar o combo, a mação oferece outras vantagens, como a presença de pectina. "Esse é um tipo de fibra solúvel que se transforma em gel no estômago e arrasta a gordura para fora do organismo", ensina a nutricionista e clínica Daniela Jobst, membro do Centro Brasileiro de Nutrição Funcional no Brasil. Suas fibras insolúveis da casca ficam no estômago por mais tempo, retardando mais ainda a fome. E fechando o currículo da fruta, ela ainda tem uma boa quantidade de potássio, nutriente que elimina o sódio extra do corpo, reduzindo a retenção de líquidos e, com ele, parte do inchaço.

Fonte: minhavida.com.br




Produtividade - Foto Getty ImagesNenhum brinquedo interessa, a fralda está seca, ele se recusa a mamar, comer e não tem truque que faça o bebê parar de chorar. Se nenhum problema de saúde anda tirando o sossego da criança, a solução para acalmá-la é simples: uma boa soneca. Segundo o pediatra e neonatologista Jorge Huberman, do Instituto Saúde Plena e do Hospital Albert Einstein, o sono é um hábito aprendido.

"O cochilo da tarde deve ser cultivado até os cinco anos, aproximadamente. O tempo deste descanso varia conforme a idade e a necessidade de cada criança e não interfere no sono da noite", afirma o especialista. E uma coisa é certa: dormir bem faz com que a criança aproveite melhor as horas em que está acordada, reduz a ansiedade e até previne contra a obesidade infantil.



Fonte: minhavida.com.br

sexta-feira, 17 de maio de 2013


Embora os gatos já tenham sido acusados de causar loucura, alguns tipos de câncer e de transmitir inúmeras doenças — além de dar azar! —, de acordo com o site Discovery News, aqueles que adoram seus bichanos de estimação podem respirar aliviados.


Aparentemente, a má fama dos gatos se deve a velhas superstições e ao fato desses animais serem portadores do parasita Toxoplasma gondii, que causa a toxoplasmose e parece apresentar correlação com casos de câncer no cérebro, embora essa associação ainda não tenha sido comprovada.
Aliás, os resultados de inúmeras pesquisas parecem mostrar o contrário. Donos de animais de estimação parecem correr menos riscos de desenvolver o linfoma não Hodgkin, assim como crianças que convivem com animais desde pequenas parecem sofrer menos com doenças respiratórias, além de terem um sistema imunológico mais eficiente.
Outros estudos também apontam que os animais de estimação podem ser extremamente benéficos para pacientes que sofrem de doenças crônicas, oferecendo companhia e conforto a essas pessoas.


O adversário está prestes a ser vencido e, por isso, todo cuidado é pouco para evitar novas ofensivas. Coordenada pelo Rotary International em parceria com a Organização Mundial da Saúde (OMS), a Iniciativa Global de Erradicação da Pólio aponta queda de 99%nos casos da doença desde 1998, quando se intensificaram as ações de vacinação. No Brasil, por exemplo, há 24 anos não há registro de ataques do poliovírus selvagem. E a grande responsável por esse controle é a vacina oral (VOP), criada pelo cientista americano Albert Sabin na década de 1950. 
"O baixo custo e a facilidade de administração possibilitaram a imunização de milhões de crianças nas áreas mais remotas do país", lembra Lucia Bricks, diretora de Saúde Pública da Sanofi Pasteur, divisão de vacinas da empresa. Goela adentro, as gotas — que inspiraram o surgimento do personagem Zé Gotinha — estimulam a produção de anticorpos na mucosa da boca e no sistema gastrointestinal. Então, o vírus usado em sua formulação é eliminado pelas fezes, processo que tem a vantagem de "vacinar" indiretamente quem venha a ter contato com ele. 
"O problema é que esse vírus está apenas atenuado, podendo sofrer mutação e tornar a ficar ativo", explica Renato Kfouri, presidente da Sociedade Brasileira de Imunizações. Comisso, há um risco — mínimo, é verdade — de a Sabin causar a doença: em duas décadas, depois de 1,38 bilhão de doses distribuídas em território nacional, 48 casos de paralisia foram associados à vacina. "Se quisermos eliminara pólio de vez, com o tempo temos de migrar para a versão feita com vírus morto", diz Kfouri, referindo-se à vacina injetável (VIP),criada pelo americano Jonas Salk, também nos anos 1950. E essa mudança de estratégia começa a ser adotada no Brasil: em agosto de2012, a defesa que vem na seringa entrou para o nosso calendário oficial. 
Assim como o Brasil, boa parte do planeta felizmente já está na fase final do embate contra a poliomielite, refinando as ações e cortando pela raiz até mesmo a chance ínfima de desenvolver o vírus vacinal. Não é o caso, porém, de baixar a guarda. Na virada para o século 21, por exemplo, a enfermidade recrudesceu em países da Ásia e da África. Reforços nas campanhas de imunização conseguiram refrear os estragos, mas hoje ela permanece endêmica no Paquistão, no Afeganistão e na Nigéria — regiões nas quais as equipes de saúde enfrentam boatos de que as vacinas estariam sendo usadas para espalhara aids ou esterilizar as mulheres.


quinta-feira, 16 de maio de 2013


Ingredientes 

• 1 col. (sopa) de azeite extravirgem 
• 2 dentes de alho picados 
• 1 cebola média, picada 
• 3 tomates sem pele e sem sementes, picados 
• 2 abobrinhas picadas 
• 1 batata-doce média, picada 
• 1/2 maço de espinafre picado 
• 1 litro de água 
• Sal a gosto 
• 3 col. (sopa) de quinua em flocos 
• Salsinha picada a gosto


Modo de fazer 

Em uma panela, aqueça o azeite e refogue o alho, a cebola e o tomate. Em seguida, os legumes e a verdura. Junte água e sal. Cozinhe até os ingredientes ficarem macios. Espere amornar e bata no liquidificador. Sirva polvilhada com a quinua e a salsinha.

quarta-feira, 15 de maio de 2013


É comum ouvir por aí que as crianças estão cada vez mais parecidas com os adultos. E pode ter certeza de que, quando se trata de saúde, há um fundo de verdade no comentário. Já passou a época em que a hipertensão, por exemplo, era exclusividade de gente mais velha. A partir do momento em que os alimentos industrializados e ricos em sódio se popularizaram na mesa da meninada, até a pressão alta se tornou cada vez mais precoce. Não por menos esse hábito alimentar chamou a atenção da Organização Mundial da Saúde (OMS), que está preocupada com os casos de pressão nas alturas na infância. 

Em relatório recém-divulgado, a entidade alerta para o distúrbio que tem enorme probabilidade de se perpetuar na vida adulta. E é aí que entra o sódio, um dos principais responsáveis pela elevação permanente da pressão arterial. O mineral, que estende o prazo de validade dos alimentos, está presente na maioria dos produtos consumidos (e adorados) pelas crianças, como bolachas recheadas, pães, comidas de fastfood e, óbvio, nos célebres salgadinhos, que não receberam esse apelido à toa. 

Solução para prevenir ou contra-atacar tanto o ganho de peso como a pressão nas alturas não tem muito segredo: é manter, desde pequeno, hábitos saudáveis. Os cuidados, aliás, começam na amamentação. "Alimentar-se exclusivamente com o leite materno até os 6 meses já diminui o risco", esclarece Maria Cristina. Após o período de aleitamento, vem a preocupação com refeições nutritivas e, claro, sem excesso de sódio. O conselho é dar preferência a alimentos não industrializados, que possuem uma quantidade do mineral suficiente para as necessidades do organismo. "O ideal é que, no preparo da refeição, não se adicione nada de sal", orienta a nutricionista Regina Pereira, da Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo. "Se a criança é acostumada a refeições salgadas, seu paladar vai se adaptar a esse padrão." 

terça-feira, 14 de maio de 2013


Ele está na boca do povo, provocando dores que nem comprimidos de analgésico silenciam. É voar até o consultório e ouvir: "Precisamos tratar o canal". Antes que a vítima rogue pragas imaginando que perderá o dente ou passará por uma sessão de tortura, convém lhe informar que ela vive no século 21 e a endodontia, especialidade focada nas profundezas da dentição, evoluiu bastante. Foi-se o tempo em que resolver um canal demandava três, quatro peregrinações, às vezes dolorosas, até ali. E é no sentido de aprimorar ainda mais os procedimentos e seus resultados que um grupo da Universidade Estácio de Sá, no Rio de Janeiro, tem pesquisado as melhores formas de arrematar o suplício. "Queríamos saber qual o tratamento mais eficiente para eliminar a infecção que ataca a polpa do dente", conta o dentista José Freitas Siqueira Júnior, coordenador do Programa de Pós-Graduação em Odontologia da instituição. 
Agora, um momento de suspense não proposital. Porque, antes de revelar os achados da equipe de Siqueira, é nosso dever desmitificar o que é o canal. O senso comum prega que é a morte do dente ou a ruína do nervo que mora ali. "O termo se refere, na verdade, a um processo de inflamação e infecção na polpa dentro do dente e que, quando progride, pode levar à morte dessa estrutura e chegar até a raiz", explica Giulio Gavini, professor titular de endodontia da Universidade de São Paulo. 
E como será que as bactérias fariam esse ataque terrorista? "As duas principais causas de canal são a cárie e traumas nos dentes", conta o endodontista Mario Zuolo, da Associação Paulista de Cirurgiões-Dentistas. Ou seja, a corrosão gradual ou a destruição das suas camadas externas abrem a brecha para os micróbios tomarem a polpa, cheia de vasinhos e terminações nervosas. "Por causa da inflamação, aumenta a pressão ali dentro, oque comprime o nervo e causa dor", descreve Siqueira. Se o indivíduo demora para ir ao dentista — e não é à toa que até alguns prontos-socorros já dispõem de especialistas —, a contaminação leva à necrose, estágio em que a infecção avança dente abaixo e não raro gera abscessos. Daí os inchaços no rosto. 


O porco, quem diria, é alvo de preconceito no Brasil. Tomando por base um dos últimos levantamentos sobre como a carne suína é vista e apreciada por aqui — realizado pela Universidade de São Paulo, em Ribeirão Preto, com 480 pessoas de quatro estados — dá para dizer que a maioria ainda a evita por considerá-la pra lá de gordurosa e transmissora de doenças. Essa percepção remete ao passado do porco, que, até a década de 1960, costumava ser criado em meio à lama e à sujeira, comendo restos e detritos. De lá para cá muita coisa mudou: o bicho ficou mais limpinho e enxuto. E o ramo da nutrição nos convoca a rever conceitos na hora de ir ao açougue ou fazer o pedido no restaurante.

Pra começo de conversa, a dieta dos rebanhos se tornou bem mais balanceada. Nada de lavagens. O cardápio dos chiqueiros modernos inclui ração de milho e farelo de soja, com vitaminas e minerais. Graças a ela, a carne suína ganhou teores mais brandos de gordura e uma porção de micronutrientes vantajosos ao corpo humano. "No passado, um animal bom para o abate pesava cerca de 300quilos. Hoje ele não passa dos 90", conta o zootecnista Elsio Figueiredo, da Embrapa Suíno e Aves, em Santa Catarina. Para completar, os criadouros, antes imundos, foram cimenta dose higienizados, respeitando regras de vigilância sanitária cada vez mais rígidas.


Somadas à manipulação genética, todas essas mudanças renderam uma redução de31% na gordura, 14% nas calorias e 10% no colesterol presentes na carne de porco — sem falar na queda brusca no número de parasitas abrigados ali. Esses avanços, no entanto, ainda passam despercebidos pela maior parte dos brasileiros. Apesar de o consumo nacional ter crescido 28% nos anos 2000, isso é pouco se compararmos com o resto do mundo: a procura global subiu
 87%. 

segunda-feira, 13 de maio de 2013


Aclamada nos quatro cantos do planeta por prevenir problemas cardiovasculares, a dieta do Mediterrâneo serviu de alicerce para a criação de um cardápio igualmente amigo do peito, só que composto de alimentos e receitas tipicamente tupiniquins. Elaborado pelo Hospital do Coração (HCor), na capital paulista, em parceria com o Ministério da Saúde, o menu inclui, entre outros itens, arroz, feijão, castanhas como a de caju e frutas nacionais, a exemplo do açaí, do abacaxi e da goiaba.

"Temos muitas pesquisas em cardiologia no Brasil, mas, até agora, nenhuma que tenha se debruçado sobre o efeito da nossa alimentação na redução de eventos cardíacos", contextualiza a nutricionista Camila Ragne Torreglosa, uma das integrantes da equipe que desenhou a nova dieta. Esta, inclusive, já foi posta à prova em um estudo piloto, do qual participaram 120 indivíduos com histórico de piripaques no coração. Enquanto uma parte seguiu o cardápio verde e amarelo do HCor, a outra recebeu as recomendações clássicas para evitar outro susto — como o consumo de alimentos característicos de países banhados pelo mar Mediterrâneo, caso do azeite de oliva e dos pescados.

Depois de 12 semanas, os pesquisadores notaram uma diminuição de peso mais significativa na turma que investiu nos pratos cheios de brasilidades. "Com isso, o perfil metabólico dos voluntários melhorou. Ou seja, os triglicerídeos, a glicemia e a pressão arterial baixaram", conta Camila. "São exatamente esses fatores que contribuem para a ocorrência de males cardíacos", completa. Outro ponto positivo foi aqueda dos índices de colesterol, mais um financiador de panes nas artérias. O resultado empolgou os especialistas a iniciarem uma análise nacional, com 2 mil pacientes de 40 centros de referência em cardiologia e acompanhamento de um ano.

Nesse projeto, mais uma vez o objetivo é avaliar o efeito na prevenção secundária — ou seja, em pessoas que já se assombraram com problemas cardiovasculares. "Quem infartou ou teve derrame apresenta um risco 7,5 vezes maior de passar novamente pela situação em um período de quatro anos", justifica o cardiologista Marcus Bolívar Malachias, da Sociedade Brasileira de Cardiologia. Logo, esse pessoal precisa de atenção redobrada para manter o peito ou o cérebro em ordem. E está mais do que comprovado que a alimentação tem papel de destaque nesse cenário. "Estudos mostram que mudanças de hábitos, que abrangem refeições mais balanceadas e prática de exercícios, surtem efeitos incríveis na prevenção de doenças cardíacas", ressalta Malachias.

A sacada da dieta verde e amarela está justamente no fato de que não exige reviravoltas bruscas à mesa. Pelo contrário. "Ela propõe um resgate da alimentação tradicional brasileira, com valorização de receitas como o arroz com feijão, preparados com quantidades mínimas de sal e gordura", diz Patrícia Jaime, coordenadora geral de Alimentação e Nutrição do Ministério da Saúde.

Além de itens comuns a toda a nossa população, a nova dieta cardioprotetora ainda privilegia pratos e ingredientes regionais. São bons exemplos o açaí do Norte, a gabiroba do Centro-Oeste, a tapioca do Nordeste e o chimarrão do Sul. "O Brasil é enorme e os costumes são diferentes em cada região. Então, se a dieta contempla essa diversidade, fica muito mais fácil garantira aceitação das pessoas", opina Elisabete Almeida, diretora executiva do programa Meu Prato Saudável, vinculado ao Hospital das Clínicas de São Paulo. Essa peculiaridade dá larga vantagem ao cardápio do HCor em relação à dieta mediterrânea. Resta saber se trará benefícios semelhantes ou mais surpreendentes. Até agora, sem puxara sardinha, tudo conta a favor dele.

Fonte: saude.abril.com.br



quinta-feira, 9 de maio de 2013


Não importa se você é o Johnny Bravo da vida real ou se é um devoto do “menos é mais” com relação ao próprio corpo: homens, mulheres e crianças, “bombados” ou não, todos temos músculos e são eles que garantem a sustentação do nosso corpo e possibilitam a realização dos movimentos mais básicos como andar, falar, comer e dançar.
Mas será que existe um músculo mais forte entre todos? O site Life’s Little Mysteries fez uma relação dos que mais trabalham em nosso corpo e talvez você até tenha uma ideia a respeito de algum deles, mas outros são surpreendentes.
Antes de continuar a leitura, imagine qual músculo é, na sua opinião, o mais forte do corpo humano. Eis um bom jeito de testar seus conhecimentos a respeito da nossa anatomia. Depois nos conte se você acertou algum.
O músculo capaz de fazer mais força é o sóleo, ou o músculo da panturrilha, como você deve conhecer. Ele nos possibilita andar, correr, pular, dançar, jogar futebol e basicamente tudo o que exija movimentação com as pernas.
Mas, quando o assunto é pressão, quem humilha todos os outros é o masseter, músculo responsável pelos movimentos da mandíbula. Um dos recordes bizarros do Guinness Book tem, em seus registros, a proeza de um norte-americano chamado Richard Hofmann, que conseguiu sustentar na mandíbula 442 kg durante dois segundos.
Mas e as mulheres em trabalho de parto? Não usam músculos extremamente fortes? Pois é, usam. O músculo em questão é o miométrio e, sim, ele é muito forte e possibilita que o útero tenha contrações. O que o deixa em desvantagem na disputa pelo músculo mais forte de todos é o fato de o miométrio ser utilizado raramente.
Quem não poderia ficar de fora é a língua, responsável por movimentos superimportantes como os relacionados à fala, à alimentação e, claro, ao beijo, esporte favorito de muita gente.
Mas talvez não adiante teimar: qual é o músculo em eterna atividade, usado cerca de 40 milhões de vezes ao ano e 2,5 bilhões de vezes em uma vida de 70 anos? Se você pensou em seu coraçãozinho, está mais do que certo. O músculo miocárdio está localizado na parede do nosso coração, que trabalha sem descanso.
E por último, mas não menos importante, temos o glúteo máximo, que fica em nosso bumbum e tem um tamanho relativamente grande. Ele garante a sustentação de nossa postura e a posição ereta do torso. É o máximo mesmo esse músculo!



A Itália é conhecida por sua culinária rica em massas e vinhos, e já estamos acostumados a associar alguns pratos específicos àquele país. É por isso que muita gente acha que o macarrão é uma invenção italiana — e, infelizmente, talvez você fique um pouco desapontado, mas não é.
O site Today I Found Out reuniu algumas teorias a respeito da origem da boa e velha macarronada. A primeira delas é a de que Marco Polo trouxe o macarrão da China e o “instalou” na Itália, na época da Dinastia Yuan – ocorrida entre 1271 e 1368 –, já que os chineses já tinham o hábito de comer uma espécie de macarrão instantâneo desde 3000 a.C.

O problema dessa teoria começa com o fato de que esse macarrão tipo instantâneo feito na China não é o mesmo macarrão conhecido hoje como italiano. Outro fator é que, em 1279, houve relatos de um soldado italiano a respeito da famosa pasta – segundo ele, o prato foi criado em Gênova.
O macarrão da maneira como o conhecemos foi descrito, de fato, em 1154 pelo geógrafo árabe Idrisi como sendo muito comum na Sicília, o que nos leva a deduzir que Marco Polo não poderia ter trazido o macarrão à Itália, pois a comida já era conhecida por lá.
Muitos historiadores acreditam que quem levou o macarrão para a Itália foram os árabes, por volta do século IX d.C., juntamente com outros alimentos como espinafre, berinjela e cana-de-açúcar – registros encontrados em aramaico evidenciam a forma de preparo do prato por meio do cozimento.

Curiosidades sobre o macarrão

  • Acredita-se que a primeira máquina de fazer macarrão nos EUA foi comprada por Thomas Jefferson, em 1789. Depois disso, ele inventou seu próprio aparelho.
  • Os formatos do macarrão variam para que ele possa se adequar a vários tipos de molho – formas finas e longas são ideais para molhos mais líquidos, enquanto as formas mais trabalhadas combinam com molhos mais densos.
  • Existe um museu do macarrão, em Roma.
  • A primeira fábrica de macarrão dos EUA foi criada em 1848.



quarta-feira, 8 de maio de 2013


A força dos cabelos tem dimensão bíblica, datada de mil anos antes do nascimento de Cristo. No Antigo Testamento, é representada por Sansão, corajoso guerreiro cujas madeixas concentravam seu vigor físico. Traído pela amada Dalila, foi à derrocada depois que ela cortou a fonte de seu poder, entregando seus cachos aos inimigos. A humanidade sempre deu importância aos cabelos, como símbolo de autoestima e vitalidade. Há, é claro, exceções em que a careca — nos homens, bem entendido — tem seu charme, mas aí estamos falando daqueles casos em que a característica é uma herança de pai para filho. O problema sério é quando os fios começam a despencar, sem mais nem menos, deixando a cabeça com aquelas falhas irregulares que são motivo de constrangimento e insegurança. Sem falar que muitas vezes sinalizam doenças. 

Os cabelos não têm uma função vital para o organismo — cá para nós, eles só servem para proteger o couro cabeludo de intempéries. "Daí que, diante de uma situação em que o corpo precisa economizar nutrientes e energia para se defender de uma infecção ou de uma carência nutricional, por exemplo, os fios são relegados a segundo plano", explica o tricologista, isto é, dermatologista especializado em cabelos, Valcinir Bedin, do Instituto de Pesquisa e Tratamento do Cabelo e da Pele, em São Paulo. Ou seja, o organismo abre mão das madeixas, que acabam no chão. 

A má notícia é que esse alarme de encrenca tem disparado com cada vez mais frequência, especialmente na ala feminina. "Há dez anos, uma mulher a cada 10 homens procurava meu consultório. Hoje, elas representam 40% dos meus pacientes", estima o médico Luciano Barsanti, presidente da Associação Brasileira de Tricologia. Motivos não faltam. O time da Luluzinha está fumando mais, trabalha numa tripla jornada, apela para dietas radicais e até cirurgias para recuperar a silhueta. Aí, a avalanche dos fios é quase certa. Ela atende pelo nome de alopecia se mais de 100 fios despencam do couro todo santo dia. 

"Os distúrbios nos hormônios da tireoide e dos ovários são os principais vilões entre as mulheres", aponta o tricologista Ademir Junior, de São Paulo. "No sexo masculino, a predisposição genética continua com papel preponderante. Mas a ela basta associar fatores como estresse e os tufos caem depressa", conclui. Digase: a lista de algozes da cabeleira é mais extensa do que os problemas citados até esta linha. Dela fazem parte infecções, seborreia (sinônimo de oleosidade nas alturas), doenças autoimunes, depressão e até mesmo o uso de remédios, caso de alguns antidepressivos, anti-hipertensivos, anabolizantes e antibióticos. 

Novos métodos têm facilitado o diagnóstico precoce de problemas capilares. "Um exame chamado scanner do couro cabeludo fornece uma imagem aumentada em 8 mil vezes, o que permite flagrar inflamações, seborreia e alterações na circulação sanguínea local", revela Luciano Barsanti. "A microscopia eletrônica, por sua vez, possibilita a avaliação da matriz celular do fio", continua. 

Os testes laboratoriais são igualmente indispensáveis. "Solicitamos exames de sangue para verificar a presença de infecções e distúrbios hormonais", diz o dermatologista Arthur Tykocinski, de São Paulo. Às vezes, o simples tratamento dessas disfunções é suficiente.


De tempos em tempos, surge uma tendência no mercado de cosméticos para cabelos. Se antes a praticidade do xampu 2 em 1 e do gel para manter os penteados causava frisson, hoje em dia estão no auge do sucesso os produtos ditos não agressivos — aqueles que têm o compromisso de proteger as madeixas de intempéries como poluição, sol, ar seco e cigarro. E, nessa linha, o grande destaque das prateleiras é o xampu sem sal, que, com a promessa de preservar os fi os, ganha espaço em pontos de vendas e salões de beleza. "Sem dúvida, o xampu sem sal conquista cada vez mais consumidores", nota Alessandra Rebouças, coordenadora de desenvolvimento de produtos da Unilever, fabricante da marca Seda. "Hoje, o fato de um xampu ser sem sal é considerado pelas pessoas um grande diferencial", corrobora Maria Silva, química da Kush Laboratories do Brasil, laboratório responsável pela marca Truss.

Mas, antes de mergulhar de cabeça — e madeixas — na nova onda, convém primeiro desfazer uma eventual confusão: o sal da fórmula do xampu não é o mesmo usado no preparo de alimentos. Pode-se dizer que eles são parentes. "Ambos recebem o mesmo nome, cloreto de sódio. Porém o sal usado nos cosméticos para cabelos não contém iodo, o que o torna mais puro", explica o tricologista, profissional que estuda o couro cabeludo, Valcinir Bedin, diretor do Instituto de Pesquisa e Tratamento do Cabelo e da Pele, em São Paulo. 

Nas formulações da indústria de cosméticos, o cloreto de sódio é usado para dar viscosidade, agindo como um espessante. "Ele confere a consistência necessária para que o produto não escorra quando colocado nas mãos", explica a dermatologista Denise Steiner, de São Paulo. Então, seria só isso o que as versões sem sal teriam de diferente pra valer? As respostas dividem os especialistas.


XAMPU SEM SAL 
Ele protege na medida certa e por isso pode ser usado em todos os tipos de cabelo

XAMPU COM SAL 
Uma pitada de cloreto de sódio faz diferença na viscosidade do produto

Para Luciano Barsanti, diretor médico do Instituto do Cabelo, em São Paulo, são muitas as vantagens de um produto sem esse componente. "A versão com sal desidrata os fios, deixando- os secos e sem brilho e maciez", defende. Isso porque ele depositaria, na superfície do couro cabeludo, microcristais do mineral, responsáveis por potencializar a ação negativa dos raios ultravioleta. Esses microcristais funcionariam como uma espécie de lente de aumento dos raios, agravando o processo de ressecamento.

Para completar o estrago, o cloreto de sódio é acusado de remover em demasia a gordura natural dos cabelos, uma espécie de barreira protetora produzida pelas glândulas sebáceas da pele. Em excesso, essa gordura deixaria os fios oleosos e sem brilho. Sua deficiência, porém, provocaria secura e desidratação. E é exatamente aí que residiria a vantagem do xampu sem sal: retirar a oleosidade das madeixas de forma equilibrada, deixando-as protegidas na medida certa. 


terça-feira, 7 de maio de 2013


A influência da família começa pela genética e se estende pelos hábitos dos pais e pelos exemplos que eles dão. Se você está acima do peso e não quer que seu filho também continue assim, busque emagrecer. É preciso criar um lar saudável, com menos biscoitos e frituras, para que a criança tenha as melhores escolhas dentro de casa. Não é que ela não pode comer uma batata frita ou um doce, mas isso tem de ser a exceção, e não fazer parte do cotidiano. Deve-se incutir desde pequeno o consumo de frutas e verduras e a prática de exercícios. No final de semana, por exemplo, os pais podem muito bem incluir atividade física no programa. Existem até videogames que cobram movimentos da garotada. Outro ponto que defendo é que a criança precisa sair de casa com o café da manhã tomado. Isso evita que ela se lance às opções menos nutritivas que costumam ser vendidas nas escolas. 

Há o motivo básico de que as crianças estão comendo mais e gastando menos energia. Elas consomem porções caloricamente maiores e os lares estão repletos de biscoitos e bolachas. Embora haja mais escolas de esporte, no dia a dia elas se mexem menos e ficam enclausuradas nos apartamentos. No entanto, uma série de outros fatores está incriminada, a começar pela privação de sono. A criança dorme mais tarde e acorda cedo para ir ao colégio, sem contar o excesso de luz à noite. Isso desequilibra alguns hormônios, levando ao ganho de peso. A queda nos níveis de vitamina D, devido à menor exposição ao sol, e na ingestão do cálcio do leite também interfere em mecanismos de controle da massa corporal. Há também substâncias que - ainda bem - estão sendo abolidas, como o bisfenol que aparecia nas mamadeiras, capazes de estimular a proliferação do tecido gorduroso. E tem mais: já se sabe que a flora intestinal influencia o balanço energético, e o padrão de bactérias dos obesos é diferente do encontrado nos magros. Até o ar condicionado, acredite, pode contribuir com o peso, já que minimiza variações térmicas que induziriam o corpo a queimar calorias.

sexta-feira, 3 de maio de 2013


Quando o paulistano Alfredo Halpern, idealizador da famosa dieta dos pontos, começava sua carreira, no final da década de 1960, a obesidade não figurava como tema de disciplina nas faculdades médicas nem despertava o interesse de grupos de pesquisa e sociedades científicas. Ao gordo se atribuía um mero defeito de caráter que o fazia abusar da comida e ter preguiça de se mexer. Por isso, a ele se receitava uma dieta insossa e restritiva. Não passava pela cabeça das pessoas - inclusive dos clínicos - que os quilos de sobra eram sintoma de uma doença, muito menos que ela virasse uma epidemia global. Hoje a obesidade assusta porque vem aparecendo mais cedo, ainda na infância, e não dá sinais de recuo. É justamente para ir ao encontro desse cenário que Halpern, um dos pioneiros nos estudos e no combate ao excesso de peso no Brasil, lança, em parceria com SAÚDE, A Nova Dieta dos Pontos para Crianças e Adolescentes, atualização do seu livro já clássico, voltada para a família que se preocupa com a saúde de seus integrantes mais jovens - algo em evidência, uma vez que 30% da garotada se encontra acima do peso. Nesta entrevista, o especialista, que se divide entre os pacientes do consultório e do Hospital das Clínicas de São Paulo, discute a ascensão e as causas da obesidade infantil, suas repercussões de curto e longo prazo, bem como algumas soluções para freá-la a tempo.