domingo, 30 de junho de 2013


Entre os efeitos comuns do vírus está a orquite, a inflamação nos testículos, que dá as caras em 50% dos adolescentes com caxumba e em 20% dos adultos infectados. Mais uma vez, pode se manifestar uni ou bilateralmente. “Uma das possíveis consequências, ainda que rara, é a esterilidade”, ressalta Granato.
 
As mulheres também sofrem com o pequeno adversário. Chamada de ooforite, a inflamação de um ou de ambos os ovários ocorre em 5% dos episódios no período após a puberdade, mas dificilmente isso progride para a infertilidade. Acima dos 15 anos, o índice de mastite — a inflamação das mamas — é de 15%. Em tempo: se apenas um dos lados é comprometido, o outro não fica protegido em uma eventual segunda infecção pelo paramyxovírus.
 
A caxumba chega até a comprometer as meninges, membranas que revestem a massa cinzenta e a medula espinal. Quando isso acontece, 60% dos pacientes reclamam de rigidez na nuca. “Mais comum no sexo masculino, a meningite viral é autolimitada”, explica Maria Claudia Stockler de Almeida, infectologista do Hospital das Clínicas de São Paulo. Isso quer dizer que o próprio organismo geralmente consegue se livrar do perigo. Agora, existem situações em que a meningite foge do controle e põe em risco a vida do enfermo. Outra razão para acompanhar sua evolução de perto, sempre orientado por um especialista.
 
O tratamento clássico da caxumba é realizado com analgésicos, antitérmicos e repouso. Indivíduos que tomam medicamentos anticoagulantes, como aqueles à base de ácido acetilsalicílico, merecem atenção redobrada. Isso porque o vírus golpeia as plaquetas do sangue, células que auxiliam na coagulação, e, em conjunto com a ação dessas drogas, provocaria sangramentos.
 
Se o quadro é grave — e em especial quando aparecem alterações neurológicas —, os médicos optam por remédios mais fortes. “A ideia é evitar um processo autoimune e, ao mesmo tempo, manter a capacidade de o organismo combater a doença”, esclarece Raquel Muarrek, infectologista do Hospital e Maternidde São Luiz, na capital paulista.
 
Para fugir disso tudo, confira sua carteira de vacinação. Se não tem uma nem sequer sabe quais injeções recebeu, vá direto para o consultório e confira com o médico se precisa se imunizar. “Duas semanas após a aplicação da vacina tríplice viral, você já terá produzido quantidade suficiente de anticorpos contra a caxumba”, aponta Janete Kamikawa, pediatra e infectologista do Fleury Medicina Diagnóstica, em São Paulo. Está aí uma solução fácil para escapar de um oponente que, acredite, não liga para a sua idade.
 
Futuras mamães, cuidado! 
Durante a gravidez, sobretudo no primeiro trimestre, a caxumba acarreta risco de aborto espontâneo. Por outro lado, não há evidências de que ela, por si só, culmine em malformação congênita. Só um alerta: gestantes não vacinadas na infância estão proibidas de tirar o atraso. Mulheres nem deveriam engravidar nos três meses seguintes à imunização.
 
Uma blindagem eficaz 
O Sistema Único de Saúde (SUS) prevê duas aplicações da vacina tríplice viral: uma no primeiro ano de vida e outra entre os 4 e os 6 anos. Se você tiver pulado uma dessas etapas, o risco de sofrer com caxumba quando mais velho sobe. De acordo com o Ministério da Saúde, mulheres entre 12 e 49 anos e homens de até 39 anos sem prova de imunização podem ser vacinados. Converse com seu médico.


Fonte: saude.abril.com.br

• Estar acima do peso para a idade


• Possuir histórico da doença na família

• Apresentar manchas marrons pelo corpo
Cinco pontos de atenção 
Conheça alguns fatores que levam à resistência insulínica, condição que traça o caminho para o diabete tipo 2:

Alimentação

Uma dieta lotada de gordura saturada abre as portas para a enfermidade. A questão é que, hoje, os jovens se entopem de vários itens industrializados, redutos dessa versão do nutriente. Ou seja, eles comem mais e escolhem produtos de pior qualidade, combinação pra lá de arriscada. Afinal, os lipídios acabam acumulados na barriga, o que dificulta a ação da insulina. Logo, o melhor é reduzir seu consumo e investir em itens saudáveis.

Sedentarismo

Jovem parado é sinônimo de insulina capenga. Até porque, somada à dieta desequilibrada, a inércia favorece o ganho de peso, grande estopim do distúrbio. Então, procure estimular os exercícios entre a criançada. Que tal sugerir atividades no parque, com toda a família? Incentivar a matrícula na escola do esporte favorito também é uma boa pedida. Claro, nada disso adianta se não limitar o tempo em frente à televisão.

Código genético

Calcula-se que 50% da probabilidade de desenvolver a resistência à ação da insulina está associada aos antecedentes familiares. Portanto, crianças e adolescentes cujos parentes de primeiro grau — pai, mãe e irmãos — foram diagnosticados com diabete tipo 2 precisam ter as taxas de glicose na corrente sanguínea monitoradas com frequência.

Ao nascer

Crianças que já vêm ao mundo apresentando sobrepeso — caso de recém-nascidos com mais de 4 quilos — possuem maior risco de sofrer com o diabete tipo 2 no futuro. O mesmo ocorre com aqueles bebês mais mirradinhos. Isso porque o fato de terem sido pouco nutridos enquanto estavam dentro do útero parece aumentar a ânsia por comida ao longo da vida.

Ovários policísticos

A síndrome, marcada pela presença de cistos no ovário e fabricação excessiva de hormônios masculinos, tinha como principal complicação a infertilidade. Acontece que estudos recentes apontam outro elo perigoso: a chateação suscitaria a resistência insulínica e, por fim, o diabete tipo 2. Outro motivo para as garotas acompanharem a desordem hormonal bem de perto.


sábado, 29 de junho de 2013


Ao buscar informações sobre o diabete, distúrbio que atinge mais de 350 milhões de pessoas ao redor do planeta, geralmente deparamos com a seguinte afirmação: enquanto o tipo 1 aparece na juventude, o 2 fica restrito aos indivíduos com mais de 40 anos — não à toa, ele até ganhou a denominação de diabete de adultos. Nos últimos anos, porém, a epidemia de obesidade deu uma sacudida nesse cenário. Afinal, o acúmulo de gordura, um dos grandes patrocinadores do diabete tipo 2, deixou de ser assunto exclusivo de gente grande. Como consequência, essa versão começou a dar as caras nos mais novinhos, fato que não passou despercebido pela Academia Americana de Pediatria. Recentemente, a entidade lançou a primeira diretriz para o tratamento da doença em crianças e adolescentes.
 
Para os especialistas, o documento vem em boa hora. "Ele irá direcionar as condutas em uma situação que está crescendo em várias partes do mundo", analisa o endocrinologista Luiz Eduardo Calliari, da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo. Nos Estados Unidos, berço do manual, a cada três casos de diabete diagnosticados na mocidade, um é do tipo 2. "Além da obesidade, temos a questão da etnia, visto que a doença acomete mais negros e hispânicos. Ou seja, o problema ainda é mais ligado à realidade americana", lembra Balduíno Tschiedel, presidente da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (Sbem).
 
No Brasil, o panorama não chega a ser tão alarmante como na terra do Tio Sam. Contudo, temos seguido o comportamento alimentar da meninada americana, então não é precipitado concluir que os riscos de chegarmos lá são altíssimos. Inclusive, damos os primeiros passos nessa direção. A prova vem do Instituto da Criança com Diabetes, em Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, comandado por Tschiedel. "Há uma década, não víamos o diabete tipo 2 na infância e adolescência. Hoje, entre os 2 500 jovens que tratamos, 80 têm essa condição", relata o médico.
 
Tomar conhecimento dessa ascensão é fundamental tanto para os profissionais de saúde como para os pais. Isso porque o diabete tipo 2 é uma desordem sorrateira, capaz de ficar oculta — e causando estragos — por anos a fio. Bem diferente do diabete tipo 1. Nesse caso, a doença é autoimune, caracterizada por um ataque do próprio corpo a determinadas células do pâncreas, o que impede o órgão de fabricar insulina. Com a glicose dando sopa na corrente sanguínea, o paciente mirim sente muita sede e faz várias visitas ao banheiro para urinar. "É impossível um diabético tipo 1 ficar sem o diagnóstico. O pâncreas praticamente para", informa o endocrinologista Carlos Eduardo Barra Couri, da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo.
 
O tipo 1 é mesmo bem diferente do diabete tipo 2, um distúrbio metabólico cuja marca registrada é uma resistência à ação da insulina. Isso quer dizer que o hormônio é produzido, mas se mostra inábil na tarefa de abrir a porta da célula para a glicose entrar. Antes de o transtorno se instalar de vez, o pâncreas até chega a trabalhar dobrado para ampliar o exército de insulina e, assim, quebrar a barreira. Só que ele não consegue fazer isso por muito tempo. Daí vem o diabete.
 
A explicação nos toma somente um parágrafo, entretanto não se iluda. Até esse desajuste dar seus sinais, muitas vezes se passam mais de cinco anos. "Quando a confirmação do quadro finalmente acontece, cerca de 70% do pâncreas está deteriorado", estima Couri. Sem falar nas complicações crônicas que podem aparecer nos anos seguintes. "Há aumento nos riscos de infarto, insuficiência renal e cegueira", lista Tschiedel, da Sbem. Agora, se o diagnóstico já é preocupante por volta dos 60 anos, imagine na casa dos 15. Por isso a importância de entender que o diabete tipo 2 também merece cuidado nas primeiras décadas de vida.
 
Checkup nos pequenos
O primeiro passo para flagrar o problema na juventude é ficar atento a um de seus principais desencadeadores: o sobrepeso. Então, nada de amenizar a condição com a prerrogativa de que a criança vai espichar. "Tem também o antecedente familiar", acrescenta Calliari, da Santa Casa. Frente a essa combinação — ou apenas a um dos fatores —, o pediatra já pode pedir o exame de glicose e um teste oral de tolerância à substância. O primeiro é feito em jejum. O segundo, por sua vez, consiste no consumo de um açúcar chamado dextrosol e a dosagem glicêmica após duas horas. "Alguns pacientes não apresentam alteração em jejum. Mas, ao tomar um copão de açúcar, o pâncreas é incapaz de barrar a elevação da glicose", justifica Couri.
 
Se os resultados indicarem que não há motivo para preocupação, recomenda-se repetir a análise em três anos. Até porque procurar ativamente por descompassos no sobe e desce da glicose alavanca a chance de identificar o pré-diabete — quando a insulina começa a não exercer seu trabalho. E o reconhecimento e a intervenção precoces postergam o diagnóstico da doença propriamente dita.
 
Cabe frisar, porém, que o diabete tipo 2 costuma ser mais intenso nos jovens. "Ele dá mais indícios do que quando aparece em adultos. Por isso se confunde com o tipo 1", esclarece a endocrinologista Rosângela Réa, do Hospital Pequeno Príncipe, em Curitiba. Na dúvida, o guia americano indica aplicar insulina sem delonga. "O diabético 1 não pode esperar e, para quem tem o 2, o hormônio não faz mal", diz o presidente da Sbem.
 
Mas, se ficar claro que o garoto ou a garota têm realmente o tipo 2, o ideal é tratar com metformina, medicamento que reduz a resistência insulínica. Concomitantemente a isso, é necessário mudar o estilo de vida. Além de uma dieta saudável e menos gordurosa, a Academia Americana de Pediatria sugere que os pequenos se exercitem todo dia, por pelo menos uma hora. É que emagrecer faz a doença regredir.
 
Só não se deve deixar as alterações de hábito parecerem tortura. Em pesquisa publicada na revista da Associação Médica Brasileira, da editora Elsevier, a educadora física Lisiane Poeta mostrou o seguinte: crianças obesas que cumpriram um programa lúdico de reabilitação cardiopulmonar perderam muito mais peso do que os coleguinhas. "Elas jogaram bola, brincaram na cama elástica, nadaram...", descreve Isabela Giuliano, professora do Departamento de Pediatria da Universidade Federal de Santa Catarina e coorientadora da investigação. São os mesmos estímulos indispensáveis para tratar e prevenir o diabete nessa fase. Apesar de séria, a doença não pode acabar com a graça da infância.





O tão temido vitiligo é temido por falta de conhecimento. A doença que bloqueia a pigmentação da pele assusta desde o aparecimento até a confirmação do diagnóstico. As pessoas acreditam que a falta de cor que atacou Michael Jackson é irreversível. No entanto, engana-se quem pensa dessa forma, Ana Maria Costa Pinheiro, dermatologista e membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia, deixa claro que há tratamentos, e maneiras de brecar a doença, e recomenda prevenção, sempre!

O que é o Vitiligo? 
Ana Maria - O vitiligo é uma doença autoimune, isso significa que certas células do sistema imunológico produzem substancias que bloqueiam a produção de pigmento, por isso a doença é caracterizada pelas manchas brancas, ou seja, falta de cor em algumas partes do corpo. A textura da pele é a mesma, porém com cores diferentes. Apesar de muitas pessoas ligarem a doença a uma herança genética, esta maneira não é a mais correta de caracterizar essa disfunção, pois a ideia de genética está apenas na predisposição para desenvolver o vitiligo. 

Quais são as causas? 
Ana Maria - Existem algumas teorias da causa do vitiligo, mas a mais aceita é a imunológica, em que essas substâncias impedem a produção da melanina. No entanto, ainda não se tem teorias comprovadas, que deem certeza das causas da doença. Há estudos desde sistema nervoso até substâncias presentes na borracha, mas nada comprovado cientificamente. 

Quais são os sintomas? 
Ana Maria - A pessoa não sente nada. Com o aparecimento da doença ela só vai observar as manchas que vão surgindo pelo corpo, podendo ser várias de uma vez, ou apenas uma, já que, existem alguns tipos de vitiligo, como o localizado (o mais comum), o generalizado, e o segmentar, que pega apenas uma região do corpo. Dentre os tipos de vitiligo há áreas em que a doença é mais comum, como por exemplo, ao redor dos olhos, na boca, nas articulações (joelho, cotovelo, tornozelo), no dorso das mãos, e, ainda, nos pés. É importante ficar atento, pois o vitiligo não escolhe idade. 

Como é feito o diagnóstico? 
Ana Maria - O diagnóstico é principalmente clínico, o dermatologista vai olhar o tipo de mancha para aplicar o melhor procedimento. Há ainda outra maneira de diagnosticar o vitiligo, existe uma luz chamada lâmpada de Wood, é um tipo de luz negra, que deixa a pigmentação branca mais visível e mais fácil de ser diagnosticada pelo médico. Muitas pessoas falam no procedimento da biopsia, no entanto, não é muito eficaz, já que, apesar da célula estar inativa, ela ainda se encontra na pele da pessoa, portanto, este teste não mostrará a funcionalidade desta célula na pele, o que torna este procedimento inconclusivo. 

Como é feito o tratamento? 
Ana Maria - O tratamento vai agir de duas maneiras: bloqueando a evolução da doença, e tratamentos que ajudem a repigmentar a pele. O primeiro será feito com remédios, são usadas substâncias que retirem este bloqueio imunológico, essas substâncias são as chamadas imunossupressoras, encontradas nos corticoides. Já a segunda maneira será feita com substâncias fotossensibilizantes, a fototerapia é um exemplo deste tipo de tratamento, o aparelho conta com uma lâmpada especial que emite radiação ultravioleta A, ou B. O paciente, então, se submete a sessões de acordo com a pele e a extensão atingida pela doença, mas geralmente, ele faz a aplicação duas ou três vezes por semana. O tratamento age impedindo que as células agravem a doença, e ajudam a repigmentar. Hoje, pode ser considerada a maneira mais eficaz de combate ao vitiligo. 

Principais recomendações da dermatologista Ana Maria Costa Pinheiro:  
1) Em primeiro lugar: é importante ter em mente que quanto mais rápido a doença for descoberta mais eficaz será o tratamento.
 
2) O paciente não deve aceitar um diagnostico em que o médico diga que seu vitiligo não tem jeito, porque ninguém sabe qual será a resposta daquele tipo de pele ao tratamento. É verdade que algumas pessoas não respondem ao tratamento, no entanto, a maioria consegue reverter os danos causados pela doença.
 
3) Muito cuidado com tratamentos caseiros. Por ser uma área muito sensível os tratamentos devem sempre ter um acompanhamento médico e serem feitos com muito cuidado, se os devidos cuidados não forem tomados, a doença poderá ser agravada e virar até mesmo uma queimadura.

Fonte: saude.abril.com.br

sexta-feira, 28 de junho de 2013

A retirada do músculo grande dorsal para devolver a forma às mamas operadas para tratar um câncer não afeta a mobilidade do braço. É o que comprova a pesquisa da fisioterapeuta Riza Rute de Oliveira, realizada na Universidade Estadual de Campinas, no interior paulista. Segundo ela, as mulheres que optaram pelo procedimento imediatamente após a mastectomia e foram orientadas com exercícios feitos em casa retomaram parte dos movimentos no primeiro mês depois da cirurgia. "A recuperação é gradual e conquistada ao longo das semanas", explica. Riza ressalta que, em até um ano, a amplitude do ombro - mais afetada pela operação - é praticamente normalizada.


Entenda a técnica
Ela não é indicada para atletas ou quem realiza ações pesadas com os braços

1. Retirada

É feita a dissecção do músculo dorsal das costas inteiro. Outros cumprirão as funções dele na movimentação dos braços. O procedimento pode ser feito logo após a mastectomia ou meses depois.

É feita a dissecção do músculo dorsal das costas inteiro. Outros cumprirão as funções dele na movimentação dos braços. O procedimento pode ser feito logo após a mastectomia ou meses depois.

2. Modelagem

Na maioria dos casos, o músculo é usado com a prótese de silicone, que dará volume. Quando a mama é retirada totalmente, o músculo com parte da pele ajuda na formação de tecido para cicatrização.

Na maioria dos casos, o músculo é usado com a prótese de silicone, que dará volume. Quando a mama é retirada totalmente, o músculo com parte da pele ajuda na formação de tecido para cicatrização.

Antes, na culinária, os casamentos de ingredientes eram arranjados única e exclusivamente em nome do sabor. O romeu e julieta, que até Shakespeare abençoaria, uniu o doce acentuado da goiabada com o toque salgado doqueijo — e nós, apreciadores, somos felizes para sempre por isso. Hoje, porém, vários contratos são selados nacozinha e nas gôndolas dos supermercados levando em conta outros interesses: a união deve fazer a força contra doenças, um parceiro potencializando os benefícios do companheiro.
Na Universidade de Maastricht, na Holanda, juntaram-se betaglucana com fitosteróis. "Ambas as substâncias abaixam os níveis de colesterol", conta o professor Ronald Mensink, responsável pelo trabalho. Unidos, porém, os dois compostos têm tudo para ficar mais poderosos — esse é o pressuposto, ao menos. Os holandeses desenvolveram um müsli enriquecido com a dupla. Durante quatro semanas o cereal foi ingerido por 40 voluntários. Resultado: nesse período houve redução de 10% da gordura acusada de entupir artérias e levar ao infarto, oLDL.
Essa aliança serve de inspiração para encontros na mesa do café da manhã da sua casa. "A betaglucana, que é uma fibra solúvel, aparece na aveia e os fitosteróis estão em margarinas especiais", revela a nutricionista Rosana Perim, gerente de Nutrição do Hospital do Coração, na capital paulista. O peito, portanto, agradecerá mais ainda se você incluir não só um, mas os dois ingredientes no desjejum.
Já o almoço ou o jantar são apropriados para velhos parceiros — caso do arroz com feijão, que, como os protagonistas de uma verdadeira história de amor, se completam. Casais mais moderninhos, como o tomate e os brócolis, combatem o tumor de próstata. Mas a cenoura e a ervilha também formam um par harmonioso, aliado contra a anemia.


quinta-feira, 27 de junho de 2013

Todo mundo foge deles quando começa uma dieta. E sem motivo. Está mais do que comprovado que arroz e feijão não só não engordam como ajudam a emagrecer. "O que não pode é exagerar nas porções, mas isso vale para qualquer alimento", pondera a engenheira agrônoma Priscila Bassinello, doutora em Ciência de Alimentos daEmbrapa Arroz Feijão, em Goiânia. Ela não é a única a declarar apoio irrestrito à dupla brasileira. Uma pesquisa realizada pela epidemiologista Rosely Sichieri, daUniversidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ), e recentemente publicada no The American Journal of Clinical Nutrition, mostrou que as pessoas que incluíram na dieta as duas delícias conseguiram uma redução significativa de peso. O estudo analisou 203 mulheres no Rio de Janeiro ao longo de 18 meses e verificou que, nos primeiros três meses, o grupo que adotou uma dieta com baixo índice glicêmico -- arroz e feijão incluídos -- conseguiu até mesmo perder mais peso do que o restante da turma, que recorreu a outras dietas de redução calórica. Depois desse período inicial, os parceiros de prato continuaram mostrando sua eficácia, porém a perda de peso não foi tão grande quanto no início, o que é comum acontecer com qualquer plano alimentar. "Isso revela que arroz e feijão são uma boa pedida para quem quer perder e manter o peso. Ninguém precisa ficar só na saladinha e no grelhado", afirma a pesquisadora Rosely. Aliás, esse é o segundo estudo da especialista a relacionar os dois alimentos ao emagrecimento.

O segredo do sucesso

Diferentemente do que muita gente pensa, juntos eles promovem uma saciedade de longa duração, mesmo se o cereal não for integral. Mas, claro, se o arroz não for beneficiado, a sensação de estômago cheio chega a ser maior ainda. Ou seja, quando adotamos esse prato tradicional, ficamos mais satisfeitos e ingerimos menos calorias na refeição e ao longo do dia. Isso por duas razões: a dupla é rica em fibras e é capaz de liberar paulatinamente glicose no sangue, afastando a fome por mais tempo e evitando a produção excessiva de insulina, hormônio que favorece o estoque de gorduras e o aparecimento de doenças como o diabete. Além das fibras, eles possuem cálcio e proteínas, que aceleram o metabolismo e espantam a vontade de comer mais, afirma a endocrinologista e nutróloga Valéria Goulart, de São Paulo. De fato, eles são um par mais que perfeito. O arroz e o feijão não só fornecem diversos nutrientes como formam uma proteína completa. Explicando melhor: o primeiro é pobre no aminoácido lisina, que, por sua vez, sobra no feijão. Já o aminoácido metionina não é encontrado em abundância nessa leguminosa, porém é farto no arroz. E proteínas têm tudo a ver com emagrecimento, já que elas também dão saciedade, além de ajudar na queima de calorias.

Modo de usar

Para usufruir dos seus benefícios, adote a proporção 3 para 2, isto é, 3 colheres de sopa de arroz para 2 de feijão. Assim, você obtém nutrientes em perfeito equilíbrio. E em matéria de calorias, ambos somam 239 1 colher de sopa de arroz contém 41 e 1 de feijão, 58. Ou seja, a dupla não compromete as formas de ninguém!


1.Vitamina B1 

Essencial para a transformação de açúcar em energia, ela também é importante para o bom funcionamento dos sistemas cardiovascular e nervoso. E aqui o arroz preto sai na frente. 
Arroz preto ...................0,34 mg 
Arroz integral ...............0,26 mg 

2. Calorias 

Quem quer emagrecer deve apostar no arroz preto, um pouco menos calórico do que o integral. 
Arroz preto ..............346 cal 
Arroz integral ..........360 cal 

3. Proteína 

Embora nenhum tipo de arroz forneça grande quantidade do nutriente, o preto se destaca e é a melhor opção para quem adota uma dieta vegetariana. 
Arroz preto .....................9,8 g 
Arroz integral .................7,3 g 

4. Fibras 

Imprescindíveis, elas dão saciedade, facilitam o trânsito intestinal e, de quebra, evitam picos de insulina, além de ajudar a combater o colesterol. De novo, é o arroz preto que ganha essa disputa, com quase o dobro de fibras. 
Arroz preto ............................. 8,4 g 
Arroz integral ......................... 4,8 g 

5. Magnésio 

É ele o responsável por ajudar o cálcio a se fixar nos ossos. Isso sem falar que contribui para o sistema imunológico e dá uma força para o coração. O preto ganha disparado
Arroz preto .........................190 mg 
Arroz integral .....................110 mg 

6. Gordura 

Ela é indispensável para a produção de hormônios. E, nesse quesito, ambas as variedades estão praticamente empatadas. No entanto, o preto apresenta uma quantidade discretamente maior. 
Arroz preto ................................ 2 g 
Arroz integral ......................... 1,9 g 

7.Carboidratos

Quando o assunto é energia, o campeão é o arroz integral, um pouco mais rico no nutriente que ajuda a dar pique para enfrentar o dia-a-dia. 
Arroz integral ...................... 77,5 g 
Arroz preto ............................ 72 g

quarta-feira, 26 de junho de 2013

O duelo entre duas das frutas mais gordurosas começa difícil para o coco. afinal de contas, ele possui praticamente quatro vezes mais calorias e lipídios do que o abacate. pelo menos suas gorduras — os ácidos láurico e monolauril — são daquelas boas, que fortalecem o sistema imunológico e têm ação antifúngica. além de ser mais magrinho, o abacate é rico em ácido oleico, ou ômega-9, uma gordura que ajuda a reduzir o colesterol ruim, afastando doenças cardiovasculares. Mas isso não é desculpa para abusar.

“Tanto uma fruta como a outra devem aparecer, no máximo, duas vezes por semana no cardápio”, recomenda a nutricionista Thais souza, da rede Mundo verde, na capital paulista. para quem vive sob tensão, melhor gastar a cota com o abacate. “ele tem uma substância chamada beta-sisterol, que auxilia no controle do cortisol, o hormônio do estresse”, informa Thais. se você não anda tão estressado, pode deixar o paladar escolher.

Energia 
Abacate .....................96 cal 
Coco ........................ 406 cal


Proteínas  
Coco ............................. 3,7 g 
Abacate ....................... 1,2 g


Lipídios  
Abacate .......................8,4 g 
Coco ..............................42 g


Carboidratos  
Abacate .......................... 6 g 
Coco ...........................10,4 g


Fibras 
Abacate .......................6,3 g 
Coco .............................5,4 g


Potássio 
Abacate ..................206 mg 
Coco ........................... 51 mg


 PLACAR SAÚDE
ABACATE          COCO 
         5          X        1


Artes Marciais"Foi apenas mais tarde na vida que percebi como essas modalidades, quando bem orientadas, fazem o contrário: controlam a agressividade e ajudam na concentração. Na Fundação Gol de Letra, chegamos a oferecer aulas de tae kwon do. Os alunos adoraram e os resultados foram ótimos tanto no aspecto disciplinar quanto em termos de corpo e mente — fora toda a filosofia que existe por trás desses esportes."

Caratê

O caratê se destaca pelos poderosos punhos e tornozelos bem treinados. O atleta desenvolve uma consciência corporal por meio de exercícios que estimulam a boa postura e a amplitude dos movimentos.

Atletismo

Os movimentos do atletismo são naturais desde a infância. Repare: correr, saltar e lançar está presente na maioria das brincadeiras infantis. Entendeu por que é tão importante deixar a meninada brincar por aí?

Basquete

Os especialistas dizem que na fase que vai dos 10 aos 15 anos é muito importante tomar cuidado com a carga dos treinamentos. Os deslocamentos feitos de forma insistente podem ser prejudiciais ao crescimento corporal. Nessa fase, vale tratar a prática com um pouco menos de seriedade. Os 16 anos seriam a idade ideal para começar a jogar basquete pra valer. 

Ciclismo

Ensinar a criança a andar de bike exige paciência: comece com as rodinhas e só retire-as quando o pequeno estiver confiante nas pedaladas. 

Natação

Considerado um esporte completo, a natação pode e deve ser feita em qualquer idade.Entenda quais são os benefícios para cada idade.

Futebol

O futebol é ótimo para crianças mais tímidas. A chance de fazer amigos dentro e fora das quatro linhas aumenta a cada toque na bola.




terça-feira, 25 de junho de 2013

Acaba de chegar às gôndolas dos supermercados uma opção mais saudável para o lanche das crianças: o Sustagen Nutriferro. Pronto para consumo, o achocolatado concentra 33% das necessidades diárias de ferro, um mineral determinante para a prevenção de anemia — e olha que há indícios de que ela afeta cerca de 40% dos brasileirinhos. Para facilitar a absorção do nutriente, a fórmula conta com doses generosas de vitamina C.

“A quantidade é 125% superior àquela observada nos produtos similares”, informa Ana Carolina Donan, nutricionista vinculada à Mead Johnson, empresa que produz a bebida. Outro diferencial é que ela carrega mais 16 vitaminas e minerais, como cálcio, fósforo, potássio, zinco, além de vitaminas A e E. “O ideal é que as crianças consumam pelo menos três porções de lácteos por dia”, lembra Ana. “E uma unidade do achocolatado vai ajudar a suprir essa demanda”, completa.
 
Nada de exagero

Apesar de o produto ter um monte de nutrientes, crianças e adolescentes não devem abusar. “Os achocolatados carregam também açúcar”, justifica Bruna Lago, nutricionista do Hospital Pequeno Príncipe, em Curitiba. Sem contar que a presença de cálcio acaba diminuindo a quantidade de ferro absorvida pelo corpo. “Por isso, esses alimentos deveriam ser usados mais como fontes de cálcio e substitutos do leite de vaca integral do que apenas como fontes de ferro”, avalia a especialista.


Transtorno de Ansiedade Generalizada

Qualquer probleminha vira um problemão para aqueles que sofrem desse mal. "A preocupação com tudo é tão forte que o indivíduo acorda e vai dormir ansioso ", explica o psiquiatra Leonardo Gama Filho, chefe do serviço de saúde mental do Hospital Lourenço Jorge. Tanta ansiedade traz consequências inconvenientes. O portador do transtorno geralmente tem sono agitado , sente o coração bater acelerado e o suor escorrer pela testa a todo momento e os músculos doem como se o corpo todo estivesse travado.

Pânico

Uma crise de ansiedade aparece subitamente e passa depois de uns vinte minutos. É a síndrome do pânico. E nem precisa de um fator desencadeante, como uma situação de forte tensão. Novamente, quem sente é o coração, que bate tanto que parece querer sair pela goela. Tontura, falta de ar e uma enorme sensação de desconforto por todo o corpo acompanham a crise.
 
Fobias
 
São aqueles medos exagerados de aranhas, por exemplo, ou de ficar muito tempo em lugares fechados. A aversão é tamanha que a vítima evita ao máximo a exposição a situações em que o desespero pode dar as caras. Há também a chamada fobia social. " A pessoa se afasta do convívio com estranhos por medo de ser ridicularizada. É uma timidez doentia", comenta Leonardo.

Transtorno de estresse pós-traumático
 
Trata-se de um mal cada vez mais comum nos grandes centros urbanos. Isso porque ele costuma aparecer, como o próprio nome sugere, depois de uma experiência traumática, como um assalto ou um acidente de carro. " Quem passou por uma situação dessas revive o acontecimento em sonhos , mesmo acordada", diz o psiquiatra. O sofrimento chega a ser tanto que pode levar a um quadro de depressão profunda.

segunda-feira, 24 de junho de 2013

tensão elevada é vista como inimiga do bem-estar. Mas trabalhos recentes ao redor do globo demonstram que essa sensação pode auxiliar no armazenamento das lembranças. "Quem fica relaxado em reuniões, por exemplo, tende a não memorizar boa parte da discussão. Se a pessoa está um pouco estressada, a concentração aumenta e, aí, os fatos são retidos", pondera a psicóloga Ana Maria Rossi, presidente da International Stress Management Association do Brasil. Só que há um detalhe: isso vale para casos em que esse estado de excitação não seja intenso ao extremo ou dure muito mais do que uma hora. Caso contrário, a mente entra em pane.
 
Morar no último andar de um prédio garante uma bela vista. Por outro lado, implica longas viagens de elevador ou de escada. Em outras palavras, dependendo de como se encara a situação, a cobertura vira um sonho ou um aborrecimento. "Com o estresse, ocorre algo semelhante: o fato em si importa menos do que a maneira como é assimilado", avalia a psicóloga Valquíria Trícoli, vice-presidente da Associação Brasileira de Stress. A confusão, entretanto, começa na hora de decidir o que fazer para lidar com o nervosismo. Certas práticas que aparentemente esfriam a cabeça podem, na verdade, acabar esquentando os ânimos. "Estamos mais preparados para gerenciar o estresse. Só que, por falta de informação, as pessoas cometem erros que as prejudicam ainda mais", reforça o psicólogo Esdras Vasconcellos, da Universidade de São Paulo. Chega o momento de introduzir as atitudes que causam uma tempestade na massa cinzenta e as correções que asseguram a bonança cerebral. Vamos aos mitos.
 

NÃO SE PROGRAME

A língua portuguesa é ambígua em alguns casos. No dicionário Houaiss, por exemplo, a palavra relaxado caracteriza tanto os indivíduos descontraídos como aqueles negligentes. E até por causa desse encontro de significados muita gente crê piamente que a displicência é sinônimo de calmaria. Todavia, isso não poderia estar mais longe da realidade. "Priorizar certos assuntos, organizar-se e manter uma agenda dos eventos são passos importantes para manter a serenidade", revela Ana Maria Rossi, psicóloga da Clínica de Stress e Biofeedback, em Porto Alegre, no Rio Grande do Sul. Afinal, aí estão enumerados jeitos simples de se preparar para enfrentar o que vem ao longo do dia e, então, evitar surpresas desagradáveis ou instantes embaraçosos, dois fatores capazes de alavancar os níveis de adrenalina no organismo. Mas que fique claro: a disciplina precisa ser acompanhada de flexibilidade. "Ficar engessado também atrapalha, porque qualquer imprevisto pode desencadear nervosismo", esclarece Ana Maria. 

MEDITE!

A tal arte milenar oriental, assim como a ioga ou até o tai chi chuan, é preconizada como um dos alívios mais eficazes para a tensão excessiva. Ela realmente tem seu valor, porém somente para quem a aprecia. Forçar alguém reconhecidamente elétrico a ficar imóvel enquanto se concentra em seu próprio corpo, além de não adiantar nada, contribui para o surgimento de uma sensação precursora do estresse: a ansiedade. "Determinados pacientes relaxam mais com exercícios físicos, outros com a leitura, e há quem aposte nas músicas", elenca a psicóloga Selma Bordin, do Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo. A regra, portanto, é investir no que você gosta. Mas para toda norma há uma exceção. "Um jogo de cartas, se ficar muito competitivo, torna-se igualmente estressante", exemplifica Esdras Vasconcellos. "É importante valorizar a diversão nesses momentos em vez de se concentrar somente na vitória ou na derrota", acrescenta.
 


domingo, 23 de junho de 2013


A afta é um mistério que desafia os especialistas desde os tempos do grego Hipócrates, considerado o pai da Medicina, no século V a.C. Trata-se de uma patologia que atinge 20% da população mundial, sobretudo mulheres por causa das alterações hormonais — e começa cedo. "Dificilmente acomete um adulto que já não tenha tido o problema na infância", diz o dentista estomatologista carioca Abel Cardoso, presidente da Sociedade Brasileira de Estomatologia.

Impedir o surgimento das aftas é tarefa impossível. Mas que dá ao menos para evitar surtos repetidos, isso dá. Basta conhecer alguns dos agentes causadores bem identificados. Muitos deles, porém, permanecem incógnitos. Para complicar, o que provoca a afta em uma pessoa pode ser inofensivo para outra. E, por incrível que pareça, o diagnóstico nem sempre é fácil. "Em muitos casos, apesar das tentativas de prevenção, a lesão continua a surgir", afirma o gastrenterologista Paulo Resende, professor da Escola de Medicina da Faculdade de Ciências Médicas de Minas Gerais. É quando se acende o sinal vermelho: o câncer de boca pode ser confundido com uma afta indolor que não cicatriza.

Examinar a boca diante do espelho é uma boa maneira de detectar anormalidades 

Os pontos mais atingidos pelas aftas são a parte interna das bochechas, a língua e a área embaixo dela e a face interna dos lábios. "Trata-se de uma lesão autolimitada, isto é, com ou sem tratamento cicatriza após completar o ciclo, que dura de sete a 14 dias", explica a cirurgiã-dentista Joyce Duarte, de Três Pontas, Minas Gerais. Pomadas analgésicas são eficientes para aliviar a dor, mas às vezes é preciso entrar com medicamentos mais complexos, como cortisona, desde que receitados por um especialista.

Bochechos com própolis podem funcionar como paliativo. Já o bicarbonato de sódio é desaconselhado porque, embora tenha efeito analgésico, destrói células saudáveis da mucosa. Esqueça também a cauterização. Essa prática, bastante comum, queima a afta, mas abre uma nova lesão que demora mais a cicatrizar. 
 
Uma afta dificilmente evolui para algo mais grave. No entanto, lesões ulcerativas semelhantes podem ser sintoma de problemas hematológicos, distúrbios do aparelho digestivo, herpes e até aids. Daí a importância de uma avaliação clínica mais detalhada. A boa notícia é que o problema tende a diminuir com a idade, tornando-se raro após os 50 anos. Se apesar dos cuidados a úlcera surgir, o jeito é ter paciência e esperar que cicatrize. 
 
Listinha do mal: o que pode causar aftas
 
• Frutas cítricas 
• Chocolate 
• Ovo 
• Leite 
• Alimentos condimentados 
• Estresse 
• Ansiedade 
• Alergias 
• Distúrbios hematológicos 
• TPM 
• Deficiência de vitamina B12, ácido fólico e ferro 
• Predisposição genética 
• Reação auto-imune do organismo 
• Má higiene bucal 
• Traumatismos na mucosa 

Olha o câncer de boca! Ele pode parecer uma afta indolor. Esse tumor está em sexto lugar no ranking dos tipos mais freqüentes e, em 90% dos casos, é provocado pelo fumo. Álcool e radiação solar nos lábios também têm culpa no cartório. Se diagnosticado a tempo, pode ser curado. Estes são os sintomas iniciais: alterações de tamanho, cor, sensibilidade, úlceras indolores que não cicatrizam, formigamento, caroços e sangramentos. "Cerca de 60% dos pacientes chegam ao médico no estágio avançado da doença", lamenta a cirurgiã-dentista Izabel Marchi, de São Paulo. Para não correr o risco, visite o dentista pelo menos uma vez por ano.
 
O ciclo da lesão: saiba como ela nasce, evolui e vai embora sem deixar vestígios
  
1. A afta começa com um processo inflamatório na mucosa bucal sem uma causa precisa. No início, surge um ponto avermelhado, acompanhado de certo desconforto. Esse estágio dura de dois a três dias.

2. O organismo reage contra a inflamação, enviando células protetoras que, a partir do terceiro dia, formam no local uma membrana cinza-esbranquiçada rica em fibrina, substância que irá atuar na cicatrização. A afta já está formada.

3. Abaixo da membrana onde se formou a lesão, células infiltradas provocam a necrose da área próxima à superfície. É o auge da dor, por volta do quinto dia.

4. Do sétimo dia em diante, tem início o processo de cicatrização espontânea, quando o tecido da mucosa começa a ser reconstituído. A lesão vai desaparecendo aos poucos e a dor também.