terça-feira, 5 de novembro de 2013


Se, antes de dormir, sua cabeça fica remoendo algo, a ansiedade libera adrenalina e cortisol em seu corpo. "Esses hormônios sinalizam ao cérebro que não é hora de descansar", diz Leandro Teles, neurologista de São Paulo. Tente relaxar por trinta minutos antes de deitar.


Em vários países da Europa, tirar um cochilo depois do almoço é um hábito cultural do qual os locais não abrem mão. Essa dormidinha tem lá seus benefícios, como alguns estudos já mostraram - funciona como uma espécie de reset no cérebro, diminuindo o estresse e melhorando a produtividade, o humor e a memória -, mas não é todo mundo que tem como e onde parar e encostar o corpo por uns minutinhos no meio do dia. Pensando nesse público, algumas empresas surgiram com a ideia de cabines de soneca, em que você entra, deita e dorme aquele soninho atrasado ou simplesmente se desliga pelo tempo necessário para voltar com pique para o trabalho. Boa ideia também depois de virar a noite na balada ou de trabalhar várias madrugadas seguidas, não é?


DEITE E DURMA À VONTADE

Não dá para saber se a moda pega por aqui. De qualquer modo, vale a pena conhecer lugares em que é possível pagar para dormir aquele soninho atrasado:


9 reais (15 minutos), 12 reais (30 minutos), 15 reais (45 minutos), 18 reais (60 minutos), 24 reais (90 minutos) e 30 reais (120 minutos). É uma das pioneiras nesse negócio e acabou de abrir uma unidade numa das regiões mais movimentadas do centro da capital paulista. Conta com 20 cabines com cama especial, cobertor e iluminação azul para ajudar a relaxar.


2 reais por minuto (sessões de 30 a 90 minutos). Pequeno e charmoso, esse spa recém-inaugurado no Itaim, em São Paulo, tem matriz em Nova York. Conta com quatro cabines de cochilo, equipadas com camas articuladas, cromoterapia, aromaterapia e sistema de som, que toca a música que você levar.


18 reais (20 minutos), 24 reais (30 minutos) e 28 reais (40 minutos). Fica bem no centro da cidade do Rio de Janeiro e tem duas cabines, com poltronas reclináveis, cromoterapia e música ambiente. Você pode combinar a soneca com reflexologia nos pés.

segunda-feira, 4 de novembro de 2013


Neste final de semana, as regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste vão adiantar em uma hora seus relógios. Isso significa que a madrugada de sábado (19) para domingo (20) será mais curta e nós teremos menos tempo para descansar. Essa pequena mudança até parece inofensiva, mas ela pode trazer sintomas indesejáveis. "Algumas pessoas podem ter mais crises de enxaqueca e mau-humor", diz Paulo Camiz, professor e clínico-geral do Hospital das Clínicas, em São Paulo.

As mulheres são mais sensíveis à mudança, sofrendo mais com os sintomas emocionais. "Até mesmo o hábito intestinal pode ser alterado, já que muitas vezes ele está atrelado ao ciclo do sono e vigília", alerta Camiz. A dificuldade para adaptação é muito influenciada pela melatonina - hormônio chave para induzir o sono - que é liberado pelo corpo diante da ausência do estímulo luminoso, ou seja, à noite.
Por isso, se acordamos cedo e ainda está escuro, o nosso corpo irá funcionar como se ainda fosse noite - como se ainda precisássemos dormir. O mesmo acontece para o período noturno: como escurece mais tarde, o nosso corpo tarda para secretar melatonina, fazendo com que a gente fique desperta por mais tempo.

Como se adaptar melhor

Para não sofrer tanto com as mudanças, você pode começar a acordar mais cedo gradualmente. Experimente também deitar-se antes do costume. Café está liberado para ajudar o despertar, mas evite energéticos. "Muitas pessoas são sensíveis a eles. São preferíveis estimulantes naturais", explica Camiz.
Depois da mudança do horário de verão, ajude o seu corpo a se adaptar: faça exercícios quando o dia já estiver claro e evite a ginástica antes de dormir. Segundo o clínico-geral do HC, ao ser exposto à luz natural, o corpo consegue perceber quando é dia e quando é noite. E assim, regular o seu funcionamento.
E se você costuma praticar exercícios ao ar livre, lembre-se: o sol continua na mesma posição de sempre. Ou seja, às 14 horas, você estará sob os raios solares das 13 horas, que são mais fortes. Então, não abandone o filtro solar entre as 18 e 20 horas, porque os raios ultravioletas continuarão em cima de você.
Ah! Os medicamentos devem ser tomados no mesmo horário de costume. Não é preciso mudar nada. Tenha como referência as refeições e o horário de dormir.

As mulheres vivem lutando para chegar ao topo: da carreira, dos relacionamentos... Pois bem, saiba que você está no topo da cadeia alimentar: pode comer o bicho que quiser. E não corre o risco de ser comida por nenhum deles - a menos que se aventure em um safári pela África. Se ainda assim você quer abrir mão da sua posição superior e tornar-se uma vegetariana, é questão de escolha. Algumas pessoas fazem isso por acharem que é bom para a saúde, outras porque estão preocupadas com o planeta, algumas têm pena dos animais, os iogues acham que combina com seu estilo de vida, e também não se pode desprezar a companhia durante a refeição - e talvez até depois dela - do rapaz vegetariano de olhos verdes que conheceu naquela balada. Ou a decisão de se tornar vegetariana seja apenas reflexo de sua inteligência privilegiada. Uma pesquisa conduzida pela Universidade de Southampton, na Inglaterra, mostrou que um QI alto na infância está intimamente relacionado com a conversão de algumas pessoas à dieta vegetariana na idade adulta. Bem, não importam os motivos que a levaram a dizer adeus de vez ao bacon, à picanha, ao cupim e ao companheiro de tantos ataques de fome, o hambúrguer. O importante é fazer com que essa despedida seja o menos dolorosa e danosa possível ao seu organismo. O que isso significa: que a transição deve ser feita de forma consciente e bastante saudável. A mudança pode ser radical, ou seja, a pessoa para de consumir carne de uma vez, ou pode levar alguns meses, com o consumo sendo reduzido aos poucos. Cada um faz do jeito que achar melhor. "Quem radicaliza muitas vezes pode ter um problema sério de saúde e acredita que esse é o momento de mudar. Alguns o fazem por filosofia de vida. Nesse caso, a transição costuma ser mais lenta", diz a nutricionista Bárbara Sanches, da VP Consultoria, em São Paulo.


Junk vegetariano

Seja qual for seu ritmo, tenha na cabeça que a conversão pura e simples ao fantástico mundo das folhas e frutas não é garantia de uma dieta de qualidade. "O fato de a pessoa optar pelo vegetarianismo não significa que ele seja saudável, porque a alimentação pode estar totalmente desequilibrada. Existem dietas desbalanceadas tanto entre os vegetarianos como entre os onívoros, aqueles que comem de tudo", diz a nutricionista Tatiana Scacchetti, do Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo. Nessa salada russa, há muita comida que pode ser classificada como vegetariana mas que também acaba entupindo suas artérias com o passar do tempo. Se você cortar carne mas continuar comendo salgadinhos e molhos prontos, a única coisa que estará fazendo é ser adepta de uma espécie de junk food vegetariano.

Siga o mestre

A primeira dica para fazer a coisa certa vai na linha "Consulte sempre um corretor de seguros". Antes da mudança, o ideal é procurar um nutricionista para que ele indique uma dieta equilibrada. Feita de qualquer forma, pode deixá-la com uma deficiência nutricional. E sabe o que isso significa na prática? Além de começar a colecionar problemas de saúde, você ficará feia. "A deficiência proteica pode resultar em perda muscular, dificuldade de cicatrização, queda de cabelo e unhas quebradiças", diz a nutricionista Eneida Ramos, do Albert Einstein. E você não pretende ficar parecida com aquele estereótipo da vegetariana pálida e abatida, não é mesmo? Tornar-se vegetariana não significa resignar-se a enxergar um prato verde o tempo todo. Se decidir fazer tudo sozinha, sem um nutricionista, é bom preocupar-se com o que não pode faltar no seu organismo. "Você já ouviu isso, mas agora, mais do que nunca, a alimentação deve ser muito variada e colorida também. Caso necessário, a dieta pode ser complementada por suplementos, recomendados por um profissional", diz a nutricionista Letícia de Nardi, de São Paulo.

Bons motivos para se tornar vegetariana

Quando um chato perguntar por que você se tornou herbívora, tenha as respostas na ponta da língua.

· É mais fácil ficar magra. Um estudo conduzido pelo Instituto Cancer Research, na Inglaterra, acompanhou 22 mil pessoas em cinco anos. Nesse período, enquanto os carnívoros ganharam 2 kg, os vegetarianos ficaram ½ kg mais gordos.

· Um estudo da Universidade Columbia, nos EUA, mostrou que a ansiedade diminuiu 18,6% e o stress crônico caiu 16,4% em adeptos da dieta vegan.

· A pressão sanguínea e os níveis de LDL (colesterol ruim) e triglicérides eram mais baixos entre os ovolactovegetarianos, segundo um estudo da Universidade Federal do Espírito Santo.

· A dieta diminui a produção de radicais livres e previne o envelhecimento, segundo pesquisa da Universidade de Medicina da Eslováquia.

· Vegetarianos e vegans têm o índice de massa corporal menor do que os que comem carne.

· Quem não come carne é 45% menos propenso a desenvolver câncer no sangue, segundo pesquisa da Universidade de Oxford, na Inglaterra. O mesmo estudo conclui que a abstinência reduz em 12% o risco de qualquer tipo de câncer.

· Melhora a digestão por causa do consumo de fibras. Você nunca mais vai precisar contar há quantos dias seu intestino está de greve.

· Aumenta a longevidade. Mulheres vegetarianas têm 24% menos chance de morrer de ataque cardíaco do que as não vegetarianas.

Bons outros para manter a carne no cardápio

O que responder a um vegetariano que tente convencê-la a abandonar o espeto de picanha.

· É possível fazer refeições saudáveis e balanceadas mesmo comendo carne. A dieta vegetariana também pode ser de má qualidade.

· As fontes de proteína vegetal não contêm todos os aminoácidos de que o organismo precisa. E, no caso dos vegetais, essas proteínas não são tão facilmente absorvidas pelo organismo.

· Ao cortar carne, a deficiência de ferro pode levar à anemia, que vai deixá-la cansada e abatida, muitas vezes com falta de ar e fraca. Um estudo feito pelo Conselho Nacional de Combate à Anemia, nos EUA, mostrou que as adolescentes tinham dez vezes mais chance de ter anemia do que os garotos - uma das causas apontadas eram as dietas vegetarianas.

· Estudos mostram que a deficiência de zinco, um dos problemas que podem afetar os vegetarianos, pode deixar o sistema imunológico mais fraco. Um estudo da Universidade Estadual de Michigan, nos EUA, constatou que em apenas um mês a eficiência do sistema imunológico diminuiu de 30 a 80%.

· Um estudo do Instituto Ludwig Boltzmann, na Áustria, constatou nos vegetarianos uma redução da síntese de colágeno, que tem papel fundamental na prevenção do envelhecimento da pele.

· Vegetarianos podem sofrer prejuízo na saúde mental, segundo um estudo da Universidade de Newcastle, na Austrália. Entre os vegetarianos, 22% tinham depressão, ante 15% dos não vegetarianos.

domingo, 3 de novembro de 2013


Para o homem, é fácil ver qualquer feridinha na região genital. Mas para nós, muitas vezes, isso passa batido! Muitas mulheres ignoram um pedido de socorro do útero e ficam vulneráveis a desenvolver doenças como endometriose, mioma, pólipos, sinéquia e até câncer.  Elas são identificadas em exames como o papanicolau e ultrasom transvaginal.

Quanto mais tardio o diagnóstico, mais difícil é o tratamento. Por isso, consulte-se com um ginecologista uma vez por ano ou ao menor sinal de problema. Veja como dar a atenção que o órgão mais feminino do nosso corpo merece. 

Sentiu algo? Vá pro médico!

1. Hemorragia ou falta de menstruação:  "Se o fluxo variar muito, sinal de alerta", diz a ginecologista Denise Coimbra, de São Paulo.
2. Dores na hora H: É na penetração ou ela vem do útero? Observe e conte para o médico.
3. Inchaço: É normal apenas antes da menstruação.
4. Cólicas: Se forem fortes a ponto de lhe causar ânsia de vômito, consulte-se.
5. Cheirinho ruim: A secreção vaginal não pode ter odor forte.
6. Infertilidade: Dificuldade para engravidar pode ser endometriose.
Saiba mais sobre as doenças:
 
Mioma: É tumor benigno que se alimenta de estrogênio. O tratamento anula a produção desse hormônio. Em alguns casos, ele é retirado em cirurgia. A doença é mais comum entre mulheres negras.

Endometriose: Em vez de ser eliminado na menstruação, o sangue gruda na parede do útero, o endométrio. Ele atrofia, causando dor e dificuldade para engravidar. O tratamento é clínico ou cirúrgico.
Sinéquia: As paredes do útero grudam. "Surge após processos infecciosos, inflamatórios ou abortos", afirma a médica Denise Coimbra. Precisa de cirurgia.
Pólipos: Pequenos tumores que se formam na cavidade do útero e podem causar infertilidade. A paciente faz microcirurgia.
Câncer de colo do útero: O HPV é a causa. Surgem lesões na mucosa da vagina, imperceptíveis a olho nu. Se o diagnóstico demora, pode evoluir para câncer. Mantenha o papanicolau em dia.

sábado, 2 de novembro de 2013


A última Pesquisa de Orçamentos Familiares do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), referente ao biênio 2008-2009, mostra que o consumo de cereais por aqui ainda é bem baixo. Segundo o levantamento, apenas 2,2% da população costuma ingerir flocos à base de milho, trigo e aveia. E, por incrível que pareça, o índice despenca entre os jovens: só 1,7% deles os apreciam com regularidade.


Apesar de taxas tão pequenas, tanto a indústria quanto as autoridades em saúde apostam na maior presença desses grãos no cardápio verde e amarelo. Prova disso foi a sua recente inserção na pirâmide alimentar brasileira - neste ano, diversos ingredientes que ganham destaque na nossa cozinha foram adicionados ao reconhecido guia nutricional. "A proposta foi considerar a necessidade de inclusão de alimentos importantes, como o cereal matinal e alguns tipos de frutas e legumes", conta a nutricionista Sonia Tucunduva Philippi, da Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo, idealizadora da pirâmide. "Sabemos que indivíduos que consomem cereais matinais e alimentos integrais sofrem menos com obesidade, pressão alta e níveis elevados de glicose no sangue", justifica.

O destaque para os flocos de milho e seus parceiros ultrapassa fronteiras. Uma revisão de estudos publicada no Jornal Italiano de Pediatria reforça o impacto do café da manhã na saúde de gente de qualquer idade, sobretudo se for à base de cereais matinais. "Eles são ricos em fibras e carboidratos, além de apresentarem baixo teor de gordura", elogia Ludmilla de Carvalho Oliveira, engenheira de alimentos da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), no interior de São Paulo. Fornecem, portanto, energia na medida.

CORAÇÃO PROTEGIDO

Um dos principais pontos elencados pelo documento italiano são os benefícios de uma porção matinal para o coração. "Os farelos de aveia e de trigo fornecem fibras solúveis, que auxiliam na redução de triglicérides e do colesterol ruim", ressalta a engenheira agrônoma Eliana Guarienti, da Embrapa Trigo. Já a betaglucana, fibra típica da aveia, se une às moléculas de gordura, formando um complexo eliminado nas fezes. "Consumir cerca de 5 colheres de sopa do grão por dia reduz em 5% os níveis do mau colesterol", indica a nutricionista Mariana Del Bosco, da Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e da Síndrome Metabólica, a Abeso. Tem mais: pesquisadores da Universidade Harvard, nos Estados Unidos, notaram um elo entre o consumo de cereais e a redução do risco de pressão alta em homens de meia-idade.

INTESTINO EFICIENTE

Se as fibras solúveis são amigas dos vasos, as insolúveis dão aquela forcinha ao sistema digestivo. Na Universidade de Leeds, na Inglaterra, cientistas analisaram os efeitos da ingestão do farelo de trigo em 153 voluntários. Eles viram que após duas semanas houve melhoras no trânsito intestinal e até mesmo na disposição dos participantes. "A fibra insolúvel estimula a evacuação, trazendo sensação de bem-estar", observa a nutricionista Nair Luft, da Universidade de Passo Fundo, no Rio Grande do Sul.

MEMÓRIA AFIADA

Dentro de um desjejum equilibrado, o cereal traz vantagens para o cérebro. Os dados coletados indicam uma íntima relação entre o que colocamos na tigela logo cedo e o bom funcionamento da nossa rede de neurônios. É que os flocos de milho e companhia são fontes de nutrientes imprescindíveis às funções cognitivas: em crianças e adolescentes, melhoram a performance na escola e, nos mais velhos, asseguram agilidade mental e memória afiada. "A falta de vitamina B12 pode atrapalhar o desempenho cerebral. Por sorte, sua presença em cereais garante as cotas diárias de que precisamos", exemplifica o neurologista Norberto Frota, da Academia Brasileira de Neurologia.

PESO CONTROLADO

Começar o dia com flocos de milho e afins também faz diferença para aqueles que se preocupam com a balança. Um experimento com adolescentes americanas mostrou que saborear uma porção de cereal com leite logo cedo reduz os abusos no almoço e a vontade de comer guloseimas à tarde. O efeito, veja, não é só imediato. Por falar em gente jovem, incluindo a criançada - público que costuma pular o café da manhã ou apelar para soluções rápidas -, fica ainda mais importante o convite de adotar uma tigela. "Nem dá para comparar o valor dos cereais com o dos biscoitos recheados, que não passam de uma bomba calórica", diz o médico Cláudio Barbosa, da Associação Brasileira de Nutrologia. Por causa das fibras e vitaminas, os grãos ainda deixam pra trás aquele copo de leite com achocolatado, rapidamente absorvido pelo corpo.

Só não se esqueça de checar o rótulo das caixas. "Alguns cereais são cheios de corante e carregam muito sódio", adverte a nutricionista Beatriz Botéquio, da Equilibrium Consultoria, na capital paulista. Quanto mais natural e livre de aditivos, melhor. Aí, o pão com manteiga e o leitinho que se cuidem.