É comum ouvir por aí que as crianças
estão cada vez mais parecidas com os adultos. E pode ter certeza de que,
quando se trata de saúde, há um fundo de verdade no comentário. Já
passou a época em que a hipertensão, por exemplo, era exclusividade de
gente mais velha. A partir do momento em que os alimentos
industrializados e ricos em sódio se popularizaram na mesa da meninada,
até a pressão alta se tornou cada vez mais precoce. Não por menos esse
hábito alimentar chamou a atenção da Organização Mundial da Saúde (OMS),
que está preocupada com os casos de pressão nas alturas na infância.
Em
relatório recém-divulgado, a entidade alerta para o distúrbio que tem
enorme probabilidade de se perpetuar na vida adulta. E é aí que entra o
sódio, um dos principais responsáveis pela elevação permanente da
pressão arterial. O mineral, que estende o prazo de validade dos
alimentos, está presente na maioria dos produtos consumidos (e adorados)
pelas crianças, como bolachas recheadas, pães, comidas de fastfood e,
óbvio, nos célebres salgadinhos, que não receberam esse apelido à toa.
Solução
para prevenir ou contra-atacar tanto o ganho de peso como a pressão nas
alturas não tem muito segredo: é manter, desde pequeno, hábitos
saudáveis. Os cuidados, aliás, começam na amamentação. "Alimentar-se
exclusivamente com o leite materno até os 6 meses já diminui o risco",
esclarece Maria Cristina. Após o período de aleitamento, vem a
preocupação com refeições nutritivas e, claro, sem excesso de sódio. O
conselho é dar preferência a alimentos não industrializados, que possuem
uma quantidade do mineral suficiente para as necessidades do organismo.
"O ideal é que, no preparo da refeição, não se adicione nada de sal",
orienta a nutricionista Regina Pereira, da Sociedade de Cardiologia do
Estado de São Paulo. "Se a criança é acostumada a refeições salgadas,
seu paladar vai se adaptar a esse padrão."
Fonte: saude.abril.com.br
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