Pense em todos os
ovos que você deixou de comer porque sempre ouviu dizer que eles eram os
maiores vilões da saúde do coração. A virada histórica se deve a uma
série de estudos científicos. O maior deles, feito por um time de
especialistas americanos da Universidade Harvard, cruzou informações
sobre a dieta de 37 851 homens e 80 082 mulheres com ocorrência de
doenças cardiovasculares num período de até 14 anos. A conclusão: "O
consumo de mais de um ovo por dia não causa impacto significativo sobre o
risco de doenças coronarianas e derrame em homens e mulheres
saudáveis."
Mas
se a gema do ovo tem uma tonelada de colesterol, como é possível que
ele não faça estragos homéricos nos vasos? Parece que esse superalimento
tem um antídoto natural que evita que essa gordura seja absorvida pelo
organismo - uma substância chamada fosfolipídeo, ou lecitina.
Essas
evidências levaram a Associação Americana do Coração a revisar suas
influentes diretrizes dietéticas. O colesterol da alimentação, segundo
seus membros, ainda deve ficar restrito aos 300 miligramas diários. Mas o
veto ao ovo tornou-se mais ameno. Algumas pessoas, como os diabéticos e
aqueles que já sofreram infartos, devem obedecer realmente à antiga
limitação de três unidades semanais. Aos demais indivíduos, a mensagem é
clara: o ovo está liberado.
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