Mas a grande verdade
é que sem o colesterol a gente não sobreviviria. Ele é essencial ao
organismo pois desempenha funções vitais, serve de matéria-prima para a
produção de hormônios, do ácido biliar que regula a digestão e da
vitamina D, e entra na construção de membranas celulares. E essas são
apenas algumas de suas nobres funções. Então o jeito é manter suas taxas
no devido lugar. Apesar de conhecido como gordura, quimicamente ele é
um álcool. A confusão tem razão de ser: de fato o colesterol se comporta
como um lipídeo pois só circula acoplado a moléculas chamadas de
lipoproteínas - que, como o próprio nome diz, estão cheias de lipídeos e
proteínas. Conforme a carga de colesterol que elas carregam, elas podem
ser dois tipos: LDL, conhecido como mau colesterol, ou HDL, o famoso
bom colesterol.
Os valores considerados ideais no sangue dependem dos fatores de risco da pessoa:
Adultos saudáveis:
• Colesterol total até 200 mg/dl
• LDL menor que 160
• HDL acima de 40 (mulheres devem ter essa taxa acima de 50)
Quem tem mais de dois fatores de risco (fumo, hipertensão, histórico familiar, obesidade):
• LDL abaixo de 130
• HDL acima de 45 (mulheres acima de 50)
Pessoas com doenças coronarianas ou diabete:
• LDL menor que 100
• HDL maior que 45
(mulheres acima de 50)
*Os
médicos ainda não chegaram a um novo consenso, mas a tendência é que
essa gente deva manter as taxas de LDL ainda mais baixas, em torno de
70.
O colesterol das crianças
Nos
últimos anos tem aumentado, e muito, o número de crianças com altos
níveis de colesterol. A culpa aqui é da alimentação dos pequenos, cada
vez mais rica em comidas industrializadas e fast-food. O risco para essa
turminha é enorme: quanto mais tempo esse vilão perambula pelo sangue,
mais estragos é capaz de fazer. E atenção: o valor ideal para os
pequenos é diferente dos adultos. Para eles, um colesterol total de 170
já é alto demais.
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