Basta o frio voltar e a preguiça reaparece, boicotando as idas ao parque ou à academia.
As pessoas passam a andar feito cebola, com diversas camadas de roupas,
e chega a dar aflição só o fato de pensar em trocar as blusas por uma
camiseta ou uma peça mais justinha. Mas antes que você arrume outra
desculpa a fim de não suar a camisa no inverno, convém ressaltar que
praticar atividade física não se resume ao período do verão. Por isso,
conversamos com especialistas para apresentar algumas dicas (e também
certos cuidados) para que você não fuja da ginástica, tampouco se
machuque na temporada mais gelada do ano.
A escolha da roupa
Eduardo Morelle, professor de
educação física do Espaço Stella Torreão, no Rio de Janeiro, conta que o
vestuário apropriado faz mesmo diferença na hora de malhar. "Devemos
priorizar roupas com tecido de ajuste térmico, ou seja, que tentam
manter a temperatura do
corpo", diz. E não falamos só de camiseta e calça legging, não. Se você
corre no parque, por exemplo, são bem-vindos aqueles casacos que não
esquentam demais no momento do exercício. Eles asseguram, por outro
lado, proteção contra o vento, impedindo que o corpo esfrie além da
conta.
Malhando dentro da academia
No
interior desses espaços, o treino está liberado como nos outros meses
do ano. Só é preciso tomar cuidado com dois pontos: a climatização da
academia e a maior proliferação de micróbios, típica dos dias mais
frios. Certifique-se com os responsáveis se o ar-condicionado está com a
manutenção em dia e se estão sendo tomadas medidas para que o recinto
não fique nem seco, nem úmido demais. Se estiver gripado ou resfriado,
melhor não frequentar o espaço, até para não espalhar os vírus.
Ao ar livre, aqueça-se
Se
você é adepto do parque, um dos principais cuidados diz respeito à
exposição ao frio: músculos e articulações podem se dar mal nessa história.
Para prevenir danos, o professor Eduardo aconselha aquecimento. Ele
deixa os músculos mais preparados para o corre-corre, bem como as
articulações mais lubrificadas. "Isso diminui o risco de lesões",
afirma. Eduardo recomenda que se faça uma caminhada ou alguma atividade
leve por pelo menos 10 minutos antes de começar a correr ou malhar. O
aquecimento também pode ser complementado com alguns tiros de corrida —
mas sem exagerar, por favor.
Liquidação de calorias?
Está
na boca do povo que o frio faz aumentar a queima calórica. Mas, segundo
o educador físico Eduardo Morelle, esse efeito nem é tão expressivo
assim. Pior: quando o termômetro baixa, a gente costuma aumentar a
quantidade de comida no prato, bem como a ingestão de guloseimas.
Portanto, não vale usar o friozinho como álibi para praticar esporte por
menos tempo do que no verão.
E o cardápio?
A
nutricionista carioca Larissa Cohen confirma essa tendência a abusar
mais no inverno. Por isso, alguns ajustes na dieta são importantes para
prevenir o ganho de peso. "Nesses dias de frio, sugiro substituir as
sopas cremosas por aquelas com legumes", exemplifica Larissa. É um jeito
de incorporar fibras, que dão saciedade, ao menu.
A
especialista lembra que, depois do treino na academia, vale a pena
consumir uma fonte de carboidrato para repor a energia. Proteínas também
são úteis para recompor os músculos. Assim, um lanche de pão integral
com queijo minas e peito de peru seria uma boa pedida pós-treino.
Alimentar-se bem depois da ginástica, da corrida ou da caminhada é uma
maneira eficiente de ainda conservar em alta a resistência imunológica —
aí, vírus e bactérias têm menos chances de nos causar problemas. Por
fim, hidratação continua fundamental: embora a sede não bata tanto a
nossa porta no inverno, fique de olho se está tomando água de tempos em
tempos. Se você não é tão adepto delas, chás são uma alternativa.
Fonte: saude.abril.com.br
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