Arthur Kaufman: Isso
acontece porque alguns alimentos, especialmente os ricos em carboidrato
e açúcar, funcionam como calmantes em pessoas com baixo nível de
serotonina, a substância do bem-estar. A pessoa ansiosa utiliza estes
alimentos como uma espécie de automedicação.
A ansiedade faz a gente comer sem pensar no que está ingerindo?
Arthur Kaufman: Sim,
pois a sensação de falta de proteção e até mesmo o desespero podem
fazer com que a pessoa procure a tal solução rápida. E essa solução
frequentemente é a busca de drogas capazes de acalmar. Algumas comidas,
caso dos doces e dos salgadinhos, podem funcionar como drogas.
O chocolate parece ser um grande aliado ou seria um vilão nessas situações?
Arthur Kaufman: Trata-se
de um alimento saudável, sobretudo os tipos pouco açucarados, que
concentram mais cacau. Assim, não dá para classificá-lo nem como herói
nem como vilão, tudo depende da forma como é utilizado. Quando é
consumido em busca de prazer, na dose certa, pode ser sim um aliado. Por
outro lado, se for utilizado como automedicação, em excesso, nas
versões com grande concentração de açúcar, daí o chocolate está mais
para bandido do que para mocinho.
Aliás, existem alimentos que ajudam a atenuar a ansiedade?
Arthur Kaufman:
Sim, os chás de ervas, caso da cidreira, da camomila e da melissa. O
maracujá também tem esta função, tanto que existem medicamentos que são
derivados da espécie.
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