Enquanto
os bafômetros da saúde não se tornam realidade, dá para desconfiar de
uma série de desordens espalhadas por todo o corpo que se denunciam em
um bafejo. "Dentre as 89 causas de halitose recentemente compiladas, 71
estão fora da boca. Só que elas representam apenas de 3,8 a 7,3% dos
casos", diz o dentista Maurício Duarte da Conceição, da Clínica Halitus,
em São Paulo, autor de um novo livro sobre o tema.
Cerca
de 90% das ocorrências de mau hálito são provocadas por problemas
bucais mesmo. "Os casos de periodontite e gengivite são os mais comuns,
já que estão relacionados à falta de higiene dental", diz a dentista
Maria Carméli Sampaio, da Associação Brasileira de Odontologia. A
sujeira acumula e se decompõe, emanando aromas nada agradáveis. Por
isso, para a maioria dos episódios, um capricho extra na hora da escova e
do fio dental já espanta o bafo de onça.
Quando
o odor perene vem de outros cantos, é extensa a lista de
possibilidades: doenças do fígado, insuficiência renal, diabete,
sinusite... Nem sempre é fácil encontrar rapidamente o que está por
trás. "No caso de alterações hepáticas, é comum sentir um cheiro de
terra molhada ou peixe", exemplifica Duarte. Pois é, não faltam motivos
para alertar — discretamente, claro — aquele amigo que tem halitose. Não
é exagero: a vida dele pode depender disso.
Fonte: saude.abril.com.br
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