Uma
equipe da Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul acompanhou 97
idosos em 11 roteiros pelo município de Dourados, no mesmo estado.
Partindo da tese de que o declínio da memória na fase de envelhecimento
se deve em grande parte à falta de atividade mental, o objetivo foi usar
as viagens para reativá-la. Deu certo: depois de visitar fazendas,
ruínas e outros locais ligados à história da região, a pesquisa mostrou
que 72% dos participantes tiveram aumento da função cognitiva— chegando
até a se recordar de tarefas do cotidiano já esquecidas. “Isso acontece
por associação”, explica Márcia Alvarenga, doutora em enfermagem e uma
das responsáveis pelo estudo. “Eles ligam a experiência atual a algumas
que viveram no passado”, especula.
Nem precisa ir muito longe
Com
o avançar da idade, é comum a pessoa passar mais tempo dentro de casa,
seja por falta de vontade de sair, seja por restrição física. Mas vale a
pena estimular até mesmo caminhadas pela vizinhança, redescobrindo
pontos associados a diferentes fases da vida. “Com saídas curtas
semanais, que podem ser intercaladas a viagens alugares mais afastados,
os ganhos são duradouros”, diz a psicóloga Ednéia Cerchiari, também
autora do trabalho.
Fonte: saude.abril.com.br
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