E quanto àquele grupo que herda as mutações
genéticas, será que há luz no fi m do túnel para essa gente também? A
resposta é sim. "Mulheres que apresentam casos múltiplos de câncer de
ovário ou de mama entre familiares tendem a apresentar mutações de BRCA1
e 2", diz Nazário. Nessa situação, é prudente recorrer a um
aconselhamento genético. Trata-se de um exame capaz de apontar esses
defeitos, que significam uma grande propensão de manifestar o nódulo.
Depois de conversar com a paciente sobre suas intenções de engravidar, o
médico costuma oferecer três alternativas. "A retirada dos ovários
promove uma redução de 50% no risco de apresentar o tumor de mama. Já a
remoção preventiva das glândulas mamárias aumenta essa proteção para
90%", afirma o ginecologista. Existe, ainda, a opção de preservar os
ovários e as mamas, contanto que a mulher se submeta a um acompanhamento
semestral criterioso (confira as orientações na tabela à esquerda).
DETECÇÃO PRECOCE
Não
importa se você integra a ala feminina majoritária, que só precisa
andar na linha para escapar do problema, ou se carrega no DNA uma
vulnerabilidade que exige mais cautela. A orientação para todas as
mulheres é a mesma, e se resume a duas palavras: prevenção e atenção.
Assim, mesmo se todo o seu esforço em viver de maneira saudável falhar, o
diagnóstico prematuro do câncer garantirá um tratamento sem grandes
traumas e consequências. Em nome da qualidade de vida e da autoestima,
essa é uma precaução que não pode faltar.
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