Em casos específicos de alto
risco familiar, o especialista pode solicitar um teste de sangue para
checar se os genes BRCA 1 e 2 são perfeitos. "Eles são responsáveis por
reparar o material genético, o DNA das células", explica o oncologista
Auro del Giglio. Em outras palavras, consertam falhas, suprimindo ordens
para a multiplicação desenfreada típica de uma célula maligna. "Quem
tem duas familiares que ficaram doentes com menos de 50 anos deve se
submeter ao exame", opina Maira Caleffi . "Ou basta ter uma mulher na
família que teve o câncer nas duas mamas ou, ainda, em uma mama e nos
ovários." Último alerta: homens também podem ser vítimas de câncer de
mama, embora neles isso seja raro. Portanto, parentes do sexo masculino
com a doença também levam à sugestão do teste genético.
Ressonância magnética
Aprovado
pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária há poucos meses, o
aparelho Mammotome MRI acaba de chegar ao Brasil, trazido pela empresa
Johnson & Johnson. "Trata-se de um exame de imagem ideal para
detectar tumores em mulheres que têm um tecido da mama muito denso ou
próteses", explica Suzan Goldman. Também permite uma técnica de biópsia
minimamente invasiva. Muitas vezes, esse procedimento evita a cirurgia
aberta ou a facilita, localizando e determinando a extensão do tumor de
forma muito precisa. Porém, ainda há poucos profissionais aptos a fazer
essa ressonância no país. Por ser mais sensível que a mamografia e o
ultrassom, não raro apresenta resultados falsos-positivos. Então, só é
indicada em casos específicos. Nos Estados Unidos, no entanto, a
Sociedade Americana de Câncer já a recomenda como método de diagnóstico
de rotina.
Mamografia
Insubstituível, ela
ainda é a número 1 no rastreamento do mal. Por meio da compressão dos
seios, emite raios X para vasculhar o tecido mamário em busca de
alterações mínimas. Um dos avanços recentes é a versão digital. Mas, cá
entre nós, tanto ela quanto o método convencional fornecem resultados
satisfatórios. "Os demais exames ajudam no diagnóstico, mas a mamografia
anual é que não pode faltar", garante Maira Caleffi . Lembre-se:
qualquer recurso de imagem depende da interpretação de um radiologista
experiente. Procure um centro de diagnóstico cadastrado no Colégio
Brasileiro de Radiologia, que regulamenta a atividade (www.cbr.org.br).
Ultra-sonografia
O
médico se vale de um aparelho que emite ondas sonoras, conduzidas com o
auxílio de um gel, que voltam e formam imagens em um computador. Elas
são capazes de entregar anomalias. "A técnica é eficaz para diferenciar
um nódulo sólido de um cisto. Ou seja, é um exame complementar da
mamografia", esclarece Maira Caleffi . "A mamografi a, feita em mamas
densas ou com próteses, costuma confundir o especialista em 20% dos
casos. Aí, o ultra-som entra em cena para evitar enganos", completa
Suzan Goldman.
Biópsia
Há casos em que
nenhum exame de imagem afirma com clareza se é mesmo um tumor de mama.
Aí não tem outro jeito a não ser colher uma amostra do tecido suspeito
para análise em laboratório. "Atualmente, é possível fazer a coleta por
meio de uma agulha fina", tranqüiliza Suzan Goldman. Se o resultado é
positivo, a retirada do tumor é obrigatória.
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