O que fornece energia ao organismo são os macronutrientes, diz
a nutricionista Mariana Del Bosco, da Associação Brasileira para o
Estudo da Obesidade e da Síndrome Metabólica. Ela se refere a três tipos
de moléculas contidas nos alimentos proteína, lipídio e carboidrato que
fornecem quantidades diferentes do combustível. Basta 1 grama de
gordura para render 9 kcal. Já as mesmas porções de proteína e de
carboidrato fornecem 4 kcal cada uma.
Uma dieta saudável, segundo
a OMS, tem aproximadamente 55% de carboidrato, no máximo 30% de gordura
e pelo menos 15% de proteína. As células queimam primeiro os açúcares
obtidos do carboidrato e, depois, os da gordura, ensina o
fisioendocrinologista Fábio Bessa Lima, do Instituto de Ciências
Biomédicas da Universidade de São Paulo.
Para eliminar a
abundância de energia em forma de pneuzinhos, basta inverter o tal
balanço energético. Ele tem que ser negativo, caso contrário não se
consegue queimar as gorduras, diz Mariana Del Bosco. Traçando outro
paralelo com a linguagem dos economistas, para trocar o sinal desse
balanço é preciso transformar o superávit em déficit, isto é, passar a
gastar um pouco mais de energia do que aquela que se consome.
Em
média, deixar de ingerir diariamente 600 quilocalorias significa mandar
embora meio quilo por semana, salienta Mariana. E é bom ressaltar,
ainda, que 75% dos gramas perdidos são gordura e o restante é massa
magra. Isso quer dizer que, por mais que seu objetivo seja perder apenas
as sobras, um pouco da musculatura também vai embora. Por isso é que
não adianta só fechar a boca. É preciso se mexer para compensar. A
principal forma de equilibrar o balanço ou deixá-lo negativo de um modo
saudável é fazer exercício físico, afirma Cassiano Merussi Neiva.
Você
mesmo pode calcular seu gasto calórico. Em uma corrida, por exemplo,
basta multiplicar o seu peso pela distância percorrida. Se você está com
70 quilos e acabou de atravessar 4 quilômetros no parque, consumiu 280
kcal. Mas não leve essa equação tão a sério. Embora ela também seja
usada nas esteiras e nas bicicletas ergométricas, no fundo o gasto
energético difere de pessoa para pessoa.Quem tem o metabolismo mais
lento queima menos calorias do que isso. Outro item a ser levado em
conta é o condicionamento físico. O corpo de quem já está acostumado a
realizar aquela atividade é mais econômico, isto é, despende menos
energia para fazê-la, conta Cassiano.
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