Uma
penca de benefícios é atrelada ao aleitamento materno. Há desde o
fortalecimento do vínculo entre mãe e filho até a melhora no sistema
imune do bebê, passando pela prevenção da anemia e de alergias. E,
agora, há mais um excelente motivo para incentivar esse hábito: estudos
mostram que as crianças amamentadas têm menor propensão para males
cardiovasculares na vida adulta.
O
assunto veio à tona no 34º Congresso da SOCESP – Sociedade de
Cardiologia do Estado de São Paulo, que aconteceu no final do mês de
maio na capital paulista. A pediatra Marina Santorso Belhaus abordou, em
uma apresentação, alguns trabalhos recentes sobre o tema. “Existem
evidências de que o aleitamento reduz o risco de síndrome metabólica,
obesidade, diabete e dislipidemia”, afirmou.
Além
de oferecer vitaminas, sais minerais, gorduras benéficas, proteínas e
outros nutrientes, o leite materno contém substâncias como a leptina e a
adiponectina, uma dupla de hormônios que regula a fome. Traduzindo: o
alimento promove a saciedade e o organismo aprende, desde muito cedo, a
controlar o apetite. Esse mecanismo ajuda a entender a tendência de a
criança que mama crescer com um peso saudável e manter-se assim, o que
só traz ganhos para o coração.
A
recomendação da Organização Mundial da Saúde (OMS) é oferecer o peito
até pelo menos o sexto mês de vida. Nesse período não há necessidade de
fornecer sequer água porque o leite materno já hidrata. Aliás, convém
ressaltar, esse conselho também ajuda a escapar da oferta precoce de
alimentos que não são indicados aos bebês. Durante sua aula, Marina
Santorso relatou uma pesquisa americana que apontava bebês de apenas 3
meses de vida consumindo sorvete e batata frita no dia a dia.
Lamentável. Com um cardápio desses ainda na primeira infância, fica bem
difícil pensar em um coração saudável no futuro.
Fonte: sintaseucoracao.com.br
0 comentários:
Postar um comentário