A
candidíase é uma infecção provocada pelo fungo Cândida Albicans e é um
grande mal entre as mulheres. "Pelo menos uma vez na vida 75% a 80% das
mulheres terá a candidíase", afirma Poliani Prizmic, ginecologista e
obstetra do hospital e maternidade São Luiz.
A
candidíase não é considerada uma DST, já que, no nosso corpo existe o
fungo adormecido. Nas mulheres dentro da flora vaginal e intestinal, e
nos homens em forma de esporos no pênis. Porém, dentre as formas de
proliferação, uma delas é o ato sexual, em que o homem ou a mulher,
podem vir a contaminar o parceiro. Por isso, as mulheres com vida sexual
ativa são mais propensas à doença, "mesmo que a relação seja praticada
com camisinha, o pênis faz um microtrauma na parede da vagina, assim a
mulher fica mais predisposta à doença", explica a ginecologista.
Mas,
a doença conta com outras propensões. "A candidíase pode estar
associada à baixa imunidade, uso de antibióticos, anticoncepcionais,
corticoides, e até mesmo à alimentação", explica Poliniani. Além desses
fatores, há o famoso biquíni molhado. "No verão a candidíase é mais
comum, pois a temperatura está mais alta e utiliza-se mais biquíni/maiô
do tipo Lycra", diz Eduardo Zlotnik, ginecologista e obstetra do
hospital Albert Einstein.
No
entanto, na maioria das vezes, explicam os ginecologistas, a crise
desse fenômeno está, geralmente, ligada aos casos de baixa imunidade,
além de uma dieta rica em farinha branca e açúcar, que acabam por
modificar o pH da vagina, o deixando mais ácido e ideal para a
proliferação da Cândida Albicans.
Sintomas e tratamentos
A
doença é uma das queixas mais frequentes dentro dos consultórios
ginecológicos, e conta com sintomas que incomodam. Nas mulheres a
candidíase aparece com coceira na vagina e no canal vaginal, corrimento,
dores para urinar e também nas relações sexuais. Nos homens, os
sintomas mudam um pouco, "aparecem manchinhas vermelhas, pode ocorrer
inchaço, aparecer pontos vermelhos e coceira, assim como nas mulheres",
afirma a ginecologista e obstetra do hospital e maternidade São Luiz
Poliani Prizmic. Segundo a ginecologista, o melhor diagnóstico é o
clínico, dentro do consultório.
Para
o tratamento, é feito o uso de remédio antifúngico oral e creme
vaginal, por mais ou menos uma semana. Além de, "evitar tecidos que
aumentem a temperatura local como do tipo Lycra e roupas apertadas, e
até mesmo dormir sem calcinha pode ajudar a melhor ventilação local",
afirma o ginecologista e obstetra do hospital Albert Einstein Eduardo
Zlotnik.
Para
complementar, segundo Poliani a alimentação correta e nutritiva é muito
importante para que a cura seja alcançada e se evite a reincidência da
doença. Pois, sistema imunológico forte não abre espaço para a
candidíase.
Alternativa
Em
entrevista à revista BOA FORMA o ginecologista José Bento, dos
hospitais Albert Einstein e São Luiz, afirmou que antes de as pessoas
começarem o tratamento por remédios, seria interessante investir
primeiro em mudanças nos hábitos alimentares.
O
ginecologista afirma que restringir os doces e carboidratos da dieta do
dia a dia pode atuar diretamente na candidíase. "O açúcar altera o pH
da vagina de modo a favorecer a proliferação dos fungos", afirma José
Bento. Outra mudança alimentar proposta pelo médico é a introdução na
cardápio de alimentos com ação antifúngica. São eles: o alho, o alecrim,
a cebola e o orégano.
Fonte: saude.abril.com.br
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