A
professora de educação física Denise de Oliveira Alonso, da Sociedade
de Cardiologia do Estado de São Paulo, a Socesp, conta que um velho
estudo, lá dos anos 1960, serviu para dar pistas sobre a importância da
caminhada na proteção das artérias. Cientistas ingleses observaram que
os motoristas de ônibus estavam mais sujeitos a problemas
cardiovasculares do que os cobradores. “Naquela época, enquanto os
condutores passavam muitas horas sentados ao volante, os trocadores
subiam, desciam e andavam pelo veículo para cobrar os passageiros”,
relata Denise. Assim, os pesquisadores concluíram que mexer as pernas
estava intimamente ligado ao estado dos vasos e do coração.
De
lá pra cá, grandes populações foram avaliadas em diversas pesquisas e
não restou nenhuma dúvida a respeito do impacto das passadas na saúde do
peito. “Esse tipo de atividade melhora o fluxo sanguíneo e fortalece o
músculo cardíaco”, explica Denise. Há também a redução das taxas de
colesterol e de glicose. Somam-se a essa lista de benefícios a perda de
peso e o controle da pressão arterial. Todos esses atributos, é
importante destacar, estão atrelados à prática constante. A Organização
Mundial da Saúde (OMS) preconiza o mínimo de 30 minutos diários de
atividade física, cinco dias por semana.
Antes
de calçar o tênis e sair por aí, convém prestar atenção em alguns
detalhes. Em primeiro lugar, olhe para o próprio calçado: ele deve ter
algum sistema de amortecimento para atenuar impactos. Também é preciso
caprichar na hidratação e esse aviso vale principalmente para as jovens
senhoras — isso porque existe maior tendência à desidratação conforme os
anos passam.
É
fundamental analisar o trajeto da caminhada e verificar se não existem
buracos nas calçadas ou trilhas muito irregulares. Outra vez, a cautela
deve ser redobrada para quem já tem certa idade. Por fim, para as
mulheres que já passaram dos 55 anos, para as hipertensas, diabéticas e
aquelas com alterações de colesterol, cabe enfatizar a recomendação de
consultar o médico e um profissional de educação física antes de partir
para as voltas no parque ou o passeio na esteira. Embora a caminhada
seja um exercício de menor intensidade, só a avaliação de um
especialista poderá garantir completa segurança.
Fonte: sintaseucoracao.com.br
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