quarta-feira, 21 de agosto de 2013

Basta o frio voltar e a preguiça reaparece, boicotando as idas ao parque ou à academia. As pessoas passam a andar feito cebola, com diversas camadas de roupas, e chega a dar aflição só o fato de pensar em trocar as blusas por uma camiseta ou uma peça mais justinha. Mas antes que você arrume outra desculpa a fim de não suar a camisa no inverno, convém ressaltar que praticar atividade física não se resume ao período do verão. Por isso, conversamos com especialistas para apresentar algumas dicas (e também certos cuidados) para que você não fuja da ginástica, tampouco se machuque na temporada mais gelada do ano.

A escolha da roupa

Eduardo Morelle, professor de educação física do Espaço Stella Torreão, no Rio de Janeiro, conta que o vestuário apropriado faz mesmo diferença na hora de malhar. "Devemos priorizar roupas com tecido de ajuste térmico, ou seja, que tentam manter a temperatura do corpo", diz. E não falamos só de camiseta e calça legging, não. Se você corre no parque, por exemplo, são bem-vindos aqueles casacos que não esquentam demais no momento do exercício. Eles asseguram, por outro lado, proteção contra o vento, impedindo que o corpo esfrie além da conta.

Malhando dentro da academia

No interior desses espaços, o treino está liberado como nos outros meses do ano. Só é preciso tomar cuidado com dois pontos: a climatização da academia e a maior proliferação de micróbios, típica dos dias mais frios. Certifique-se com os responsáveis se o ar-condicionado está com a manutenção em dia e se estão sendo tomadas medidas para que o recinto não fique nem seco, nem úmido demais. Se estiver gripado ou resfriado, melhor não frequentar o espaço, até para não espalhar os vírus.

Ao ar livre, aqueça-se

Se você é adepto do parque, um dos principais cuidados diz respeito à exposição ao frio: músculos e articulações podem se dar mal nessa história. Para prevenir danos, o professor Eduardo aconselha aquecimento. Ele deixa os músculos mais preparados para o corre-corre, bem como as articulações mais lubrificadas. "Isso diminui o risco de lesões", afirma. Eduardo recomenda que se faça uma caminhada ou alguma atividade leve por pelo menos 10 minutos antes de começar a correr ou malhar. O aquecimento também pode ser complementado com alguns tiros de corrida — mas sem exagerar, por favor.

Liquidação de calorias?

Está na boca do povo que o frio faz aumentar a queima calórica. Mas, segundo o educador físico Eduardo Morelle, esse efeito nem é tão expressivo assim. Pior: quando o termômetro baixa, a gente costuma aumentar a quantidade de comida no prato, bem como a ingestão de guloseimas. Portanto, não vale usar o friozinho como álibi para praticar esporte por menos tempo do que no verão.

E o cardápio?

A nutricionista carioca Larissa Cohen confirma essa tendência a abusar mais no inverno. Por isso, alguns ajustes na dieta são importantes para prevenir o ganho de peso. "Nesses dias de frio, sugiro substituir as sopas cremosas por aquelas com legumes", exemplifica Larissa. É um jeito de incorporar fibras, que dão saciedade, ao menu. 

A especialista lembra que, depois do treino na academia, vale a pena consumir uma fonte de carboidrato para repor a energia. Proteínas também são úteis para recompor os músculos. Assim, um lanche de pão integral com queijo minas e peito de peru seria uma boa pedida pós-treino. Alimentar-se bem depois da ginástica, da corrida ou da caminhada é uma maneira eficiente de ainda conservar em alta a resistência imunológica — aí, vírus e bactérias têm menos chances de nos causar problemas. Por fim, hidratação continua fundamental: embora a sede não bata tanto a nossa porta no inverno, fique de olho se está tomando água de tempos em tempos. Se você não é tão adepto delas, chás são uma alternativa.


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