quarta-feira, 1 de agosto de 2012

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, o IBGE, divulgou no final do ano passado... Um momento, por favor. Antes de continuar a passar os olhos por estas linhas, peço a você, leitor ou leitora, que me conceda a licença de escrever esta reportagem na primeira pessoa do singular. Deixe-me explicar: sou da tribo XY, a do homem com agá e cuja saúde é o tema desta matéria. Assim, acho mais do que justo narrar o que apurei usando o pronome pessoal eu. Afinal, como macho que sou, tudo o que vou contar a vocês muito me interessa. Mas tenho certeza de que vai interessar também ao público feminino, que nos atura com paciência — nem sempre, é bem verdade — quando choramingamos por causa de alguma dor.
Bom, depois desse nariz-de-cera, enrolação no jargão jornalístico, de volta à vaca-fria: o IBGE revelou no final do ano passado que a expectativa de vida do povo brasileiro aumentou, chegando a 71,9 anos, um acréscimo de dois meses e 12 dias em relação ao penúltimo levantamento. E as mulheres continuam a viver mais do que nós, homens: 7,6 anos, para ser preciso. O placar dessa guerra dos sexos fica assim: meninos, 68,2; meninas, 75,8.
Nos Estados Unidos o escore é de 80,4 para elas e 75,2 para eles. Diante dessa disparidade, alguns estados ianques criaram projetos para implantar secretarias voltadas especificamente para cuidar da saúde dos filhos do Tio Sam, que, em taxas cada vez maiores, morrem das principais doenças, como males cardíacos e câncer.
Em vista desse quadro, uma pergunta vira desafio aos pesquisadores: será que existe um fator biológico que explique por que, em questões de saúde, somos o sexo frágil? Por enquanto a ciência não encontra uma resposta conclusiva para a indagação, mas conversei com alguns especialistas para entender essa vulnerabilidade.
 

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