terça-feira, 21 de agosto de 2012

Um levantamento feito pelo Instituto do Coração com 2 mil escolares de 2 a 19 anos na rede pública de ensino de Itapetininga, interior paulista, constatou que a obesidade pode dobrar o risco de aumento dessa molécula nociva. Quanto maior o peso, mais elevado tende a ser o nível do LDL, enfatizou à SAÚDE o cardiologista Abel Pereira, do InCor. Além do ponteiro da balança, fatores genéticos também contribuem na produção excessiva do colesterol desde a mais tenra idade. De maneira geral, os níveis de colesterol já podem começar a ser dosados a partir dos 10 anos. Mas, em crianças com antecedentes familiares, convém antecipar essa dosagem para os 2 anos de vida, na opinião do cardiologista Marcelo Bertolami, do Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia. Muitos médicos chegam a sugerir que bebês já passem pelo controle dessas taxas.

Explica-se tanto zelo: quanto antes o colesterol alto for tratado, melhor. Se o problema for empurrado com a barriga até a idade adulta, o resultado pode ser desastroso. "Cerca de 50% dessas crianças terão infarto entre a quarta e a quinta décadas de vida e 85%, até a sexta década", revela o cardiologista Francisco Fonseca, da Universidade Federal de São Paulo.

Vamos bater na velha tecla da importância de se adotar novos hábitos. Isso significa incrementar o cardápio com alimentos ricos em fibras, como frutas, verduras e cereais. E, claro, reduzir aquelas visitas à lanchonete da escola ou do bairro e a quantidade de bolos e bolachas no lanche. Exercício, nem se fala, também é fundamental. "Estudos mostram que 45 minutos diários de atividade física elevam o HDL, o bom colesterol", diz Fonseca. E qual é o moleque que não consegue gastar esse tempo num bate-bola ou numa brincadeira de pega-pega?

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