quarta-feira, 11 de julho de 2012

Coração em segurança

Em maio, centenas de médicos se reuniram em São Paulo durante um simpósio promovido pela American College of Cardiology Foundation, dos Estados Unidos, em parceria com a Sociedade Brasileira de Cardiologia. "O evento traçou um panorama do que se faz atualmente na área e discute novas tendências em tratamento e diagnóstico", explica o cardiologista André D Avila, codiretor do Serviço de Arritmia do Mount Sinai Hospital, em Nova York, e um dos palestrantes do encontro. Algumas das novidades que trarão alívio para o peito de muitos brasileiros foram discutidas no seminário. Uma delas é uma técnica com potencial para curar de vez a hipertensão. Outra é um exame que promete afastar o fantasma de um infarto. As boas-novas não param por aí. Confira nas próximas páginas o que a medicina está fazendo para tirar do coração - ou melhor, de suas falhas - o inglório título de principal causador de mortes no planeta.

Bem antes de entupir geral

Detectar as placas de gordura é um procedimento trabalhoso. Um dos métodos mais empregados é o cateterismo, no qual um cateter equipado de uma microcâmera é inserido na perna do indivíduo e viaja até encontrar o vaso comprometido. Um exame de imagem utilizado para encontrar microtumores malignos, o PET-CT, agora está sendo estudado para descobrir a presença de placas ainda em estágio inicial. E o melhor: é menos invasivo. Mesmo nessa fase de gestação engordurada, elas podem fomentar infartos (veja o infográfico no slide-show abaixo). Daí a importância de detectá-las quanto antes. Um dos pioneiros na nova técnica é o Mount Sinai Hospital, nos Estados Unidos. "O diferencial é que conseguimos unir na mesma sala duas máquinas: a da tomografia e a de emissão de pósitrons, partícula atômica que reage a uma substância radioativa aplicada no paciente antes do exame", explica o cardiologista André D Avila, codiretor da instituição. A pessoa recebe pela veia um líquido inócuo, que é capaz de aderir a placas pequenas e inflamadas - o calor da inflamação é fator-chave para a máquina visualizar o perigo. As minivilãs hoje passam batido pelo cateterismo, que só detecta o mal quando o vaso já está mais de 50% obstruído.

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