terça-feira, 31 de julho de 2012

No mundo da medicina, o organismo masculino sempre foi o default. Durante séculos, pesquisadores o tiveram como parâmetro para a saúde do ser humano. Mas de uns anos para cá esse panorama tem se modificado. Como se de uma hora para outra tivessem descoberto o óbvio, cientistas perceberam que as diferenças entre homens e mulheres vão muito além de mamas, gogó e, claro, zona abaixo do equador. Graças a estudos cada vez mais detalhados sobre a saúde delas, os especialistas estão chegando à conclusão de que as descendentes de Eva são, em certas situações, frágeis, extremamente frágeis.

"É que alguns hormônios femininos, como a prolactina, afetam o sistema imunológico feminino, deixando-o mais vulnerável a doenças", esclarece o psicólogo Esdras Guerreiro Vasconcellos, da Universidade de São Paulo. E essa lista não é pequena. Vai de depressão a males autoimunes.

Por outro lado, como seu corpo é constantemente maltratado pelos próprios hormônios, é ensinado, à força, a lidar melhor e reagir contra enfermidades. "Elas adoecem mais. No entanto, têm uma chance muito maior de se curar de quase qualquer problema quando comparadas aos homens", afirma Guerreiro Vasconcellos.

Tratamentos e medicações devem ser especiais para elas?
Em alguns casos, sim. Uma quantidade mínima de miligramas a mais ou a menos de hormônios no corpo já pode fazer uma baita diferença na saúde - ou na falta dela. Existem remédios que às vezes desregulam a produção hormonal nas mulheres, e por isso o uso de qualquer medicamento que, por um motivo ou por outro, altere esses níveis deve ser estudado com cuidado. Daí a importância de sempre conversar com o médico. Agora, tratamentos físicos, como fisioterapia, podem ser aplicados em homens e mulheres sem medo, mas tendo sempre em mente que o importante é respeitar a resistência de cada um.

O sexo é a melhor estratégia reguladora de hormônios nelas - níveis equilibrados diminuem o risco de algum problema de saúde aparecer

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