sexta-feira, 22 de março de 2013


É quase como levar um choque. Ao menor contato dos dentes com uma superfície gelada ou quente demais, a dor dá um susto no dono da boca, que refuga antes de concluir a mordida. Estima-se que essa reação, chamada pelos especialistas de hipersensibilidade dentinária, atinja mais de 50 milhões de pessoas no Brasil. E é bem provável que você já tenha visto por aí produtos que anunciam eliminar o desconforto. “Existe uma grande variedade de tratamentos, e nenhum deles, sozinho, se mostrou completamente eficiente até hoje”, observa Álvaro Francisco Bosco, professor de periodontia da Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (Unesp), em Araçatuba, no interior de São Paulo. Isso pode mudar. 

No último Congresso Internacional de Odontologia de São Paulo, que acabou de acontecer, a marca Colgate apresentou sua nova aposta para dar cabo do transtorno: o creme dental Sensitive Pro- Alívio (veja como ele funciona no infográfico abaixo). “Diferentemente de outros cremes disponíveis no mercado, que apenas amenizam a sensibilidade, ele cria uma barreira duradoura de proteção sobre os dentes”, explica Cassiano Rösing, da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, que participa das avaliações do produto. Segundo Rösing, os estudos apontam uma redução imediata dos sintomas e, após quatro semanas, um aumento de 170% de tolerância à pressão, outro estímulo que costuma causar dor em quem tem excesso de sensibilidade. 

Apesar de ser promissora, de tão recente a fórmula do dentifrício ainda não teve tempo de cair no gosto dos profissionais que tratam pacientes com dentes sensíveis. “Ela parece funcionar, mas precisamos testá-la no consultório”, pondera Maurício Miranda de Carvalho, da Sociedade Brasileira de Odontologia. Ele ressalta que a sensibilidade é provocada por múltiplos fatores, como inflamações na gengiva, escovação incorreta, refluxo gastroesofágico e, em alguns casos, desgastes originados por mordida inadequada. “É muito bom ter algo novo que traz alívio ligeiro, mas é sobre essas causas que devemos agir”, acrescenta. 

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