terça-feira, 26 de março de 2013


O cirurgião faz as últimas inspeções em exames de raio-x e tomografias. Assim como um engenheiro, ele analisa bem o terreno onde pretende edificar os implantes. Em cerca de duas horas o homem de 61 anos de idade e sete dentes na boca, deitado na cadeira do dentista, terá o sorriso totalmente transformado. Ou melhor, reconstruído. Além dos dois, estão presentes na sala outros seis profissionais, entre anestesista, enfermeiro e auxiliares.
A reforma vai começar. "A cirurgia ideal é aquela que não precisa ser feita. Se houver outra maneira de resolver o problema, melhor", pondera, com extrema franqueza, o implantodontista Laércio Vasconcelos, enquanto faz o primeiro corte na gengiva do paciente. E olha que ele é um dos maiores especialistas do país no tema aliás, um dos pioneiros nessa técnica.
Os implantes colocados diariamente em sua clínica em São Paulo substituem as antiquadas dentaduras ou tomam o lugar de dentes machucados por fraturas e problemas irreparáveis de canal. "Um deles vem do outro lado do mundo. O implante faz as vezes da raiz", explica o odontologista José Rubo, da Faculdade de Odontologia da Universidade de São Paulo em Bauru.
Feito de titânio e semelhante a um parafuso, ele pode ser fincado no osso da mandíbula quando é realizado na parte de baixo da boca e em um osso dos seios da face caso seja fixado no arco superior. "Ali oimplante é literalmente rosqueado e, com o passar das semanas, incorporado pelo organismo", explica Laércio Vasconcelos. É a chamada osseointegração, uma união da peça metálica com o tecido ósseo, conta. Em geral os cirurgiões esperam que essa estaca já esteja bem estável para instalar a prótese logo acima dela, na parte externa, sobre a gengiva.

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