segunda-feira, 18 de março de 2013

Um tratamento facial tem feito barulho nos últimos dias. O procedimento estético, usado pela socialite Kim Kardashian, deixou todo mundo assustado, ou no mínimo curioso. Fomos investigar esse estranho tratamento de beleza.

Segundo Jayme de Oliveira Filho, do departamento de cosmiatria da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), "na medicina sempre existiram ‘modismos’ pontuais que acabam por desaparecer sem que nós médicos entendamos o porquê de seu aparecimento". Em contrapartida, segundo a dermatologista dos Hospitais Brasil e Assunção, da Grande São Paulo, Meire Gonzaga, o procedimento não é tão novo assim.

O tratamento facial leva o nome popular de "Lifting Facial do Vampiro", nome que segundo o médico já mostra o pouco zelo aos estudos científicos. O procedimento tem como objetivo fazer com que o paciente rejuvenesça, diminuindo as marcas de rugas, ou até mesmo de linhas de expressão.

Essa nova fórmula rejuvenescedora é feita da seguinte maneira: segundo a dermatologista Meire Gonzaga, o sangue é retirado da própria pessoa que será submetida ao procedimento, "após a retirada do sangue, este passa por uma centrífuga, que formará um líquido branco, o plasma rico em plaquetas". O plasma rico em plaquetas é chamado de PRP e sua função no procedimento é estimular a produção de mais colágeno na pele, dando assim o efeito desejado.

Questionada sobre o sangue no rosto de Kim Kardashian que circulou pelas redes sociais na internet, a dermatologista disse que as imagens não fazem sentido porque o líquido é branco e não vermelho. Não há aquela quantidade de sangue que aparece no vídeo veiculado. Inclusive, o procedimento é simples e no dia seguinte os pacientes podem trabalhar normalmente.

Ainda, segundo a dermatologista Meire Gonzaga "com a utilização do PRP há uma melhora no brilho, elasticidade, flacidez, e rugas de expressão". Já, Jayme de Oliveira Filho, da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), não vê benefício algum nesse tipo de tratamento para as pessoas, e faz um alerta para que não se submetam a ele.

O tratamento ainda não é muito utilizado no Brasil, já que segundo Meire, muitas questões éticas estão envolvidas, além do procedimento só poder ser feito dentro de centros cirúrgicos. Jayme de Oliveira Filho conclui que "o tratamento não oferece nada de comprovação científica aos pacientes a ele submetidos."
 

Tagged: , ,

0 comentários:

Postar um comentário