domingo, 7 de abril de 2013

Osteoporose não é exatamente uma palavra que tira o sono de um pai ou de uma mãe de adolescente. “Em jovens, ela é rara”, comenta a reumatologista Maria Teresa Terreri. “Só aparecerá se houver fatores de risco como doenças crônicas e inflamatórias ou o uso de corticoides”, exemplifica. Portanto, aí é que está: a não ser que o seu filho viva fraturando o braço e a perna — o que, aliás, merece ser investigado —, você dificilmente receberia um aviso do pediatra sobre a necessidade de cuidar dos ossos dele. Aos poucos, porém, isso está mudando. Para prevenir a osteoporose no futuro, o jeito é conscientizar da importância do cálcio no consultório: “Uma boa condição óssea na juventude diminui muito o risco de problemas na velhice”, enfatiza Paulo Cesar Alves da Silva. 

Segundo alguns especialistas, a formação da ossatura pode ir até quase os 30 anos. O consenso, porém, é que a adolescência é o melhor período para investir em ossos fortes. E, para que o cálcio exerça sua função de fortalecer o esqueleto, outro nutriente deve entrar na jogada: a vitamina D. “Ela está em alimentos como o próprio leite e em alguns peixes, mas sua principal fonte é o sol”, informa a nutricionista Bárbara Peters. 

A pele sintetiza essa vitamina quando exposta aos raios ultravioleta do tipo B, que são mais intensos entre as 11 e as 15 horas. E ela dá uma bela ajuda na hora de grudar o cálcio aos ossos. Em terras tropicais, parece que é fácil tomar um pouquinho de sol. Mas a verdade é que estamos cada vez mais enclausurados em apartamentos e carros — inclusive a meninada. Uma pesquisa recente feita com jovens brasileiros mostra que 62% deles têm insuficiência de vitamina D. 

“A prática de atividade física pelos adolescentes também é muito importante para a saúde dos ossos”, lembra a reumatologista Rosa Maria Rodrigues Pereira. Isso porque, além de colágeno e de minerais, o tecido ósseo tem células que participam da sua formação e outras que auxiliam a destruí-lo e reabsorvê-lo. Quando pressionadas pelos músculos ou pelo impacto de um exercício, as células que concebem os ossos, chamadas de osteoblastos, funcionam melhor. Aí o esqueleto fica mais robusto. “As atividades mais recomendadas são aquelas chamadas de antigravitacionais, como vôlei, basquete e corrida”, aponta Rosa.

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