quarta-feira, 7 de novembro de 2012


Teste genético 
Em casos específicos de alto risco familiar, o especialista pode solicitar um teste de sangue para checar se os genes BRCA 1 e 2 são perfeitos. "Eles são responsáveis por reparar o material genético, o DNA das células", explica o oncologista Auro del Giglio. Em outras palavras, consertam falhas, suprimindo ordens para a multiplicação desenfreada típica de uma célula maligna. "Quem tem duas familiares que ficaram doentes com menos de 50 anos deve se submeter ao exame", opina Maira Caleffi . "Ou basta ter uma mulher na família que teve o câncer nas duas mamas ou, ainda, em uma mama e nos ovários." Último alerta: homens também podem ser vítimas de câncer de mama, embora neles isso seja raro. Portanto, parentes do sexo masculino com a doença também levam à sugestão do teste genético. 

Ressonância magnética 
Aprovado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária há poucos meses, o aparelho Mammotome MRI acaba de chegar ao Brasil, trazido pela empresa Johnson & Johnson. "Trata-se de um exame de imagem ideal para detectar tumores em mulheres que têm um tecido da mama muito denso ou próteses", explica Suzan Goldman. Também permite uma técnica de biópsia minimamente invasiva. Muitas vezes, esse procedimento evita a cirurgia aberta ou a facilita, localizando e determinando a extensão do tumor de forma muito precisa. Porém, ainda há poucos profissionais aptos a fazer essa ressonância no país. Por ser mais sensível que a mamografia e o ultrassom, não raro apresenta resultados falsos-positivos. Então, só é indicada em casos específicos. Nos Estados Unidos, no entanto, a Sociedade Americana de Câncer já a recomenda como método de diagnóstico de rotina. 

Mamografia 
Insubstituível, ela ainda é a número 1 no rastreamento do mal. Por meio da compressão dos seios, emite raios X para vasculhar o tecido mamário em busca de alterações mínimas. Um dos avanços recentes é a versão digital. Mas, cá entre nós, tanto ela quanto o método convencional fornecem resultados satisfatórios. "Os demais exames ajudam no diagnóstico, mas a mamografia anual é que não pode faltar", garante Maira Caleffi . Lembre-se: qualquer recurso de imagem depende da interpretação de um radiologista experiente. Procure um centro de diagnóstico cadastrado no Colégio Brasileiro de Radiologia, que regulamenta a atividade (www.cbr.org.br). 

Ultra-sonografia 
O médico se vale de um aparelho que emite ondas sonoras, conduzidas com o auxílio de um gel, que voltam e formam imagens em um computador. Elas são capazes de entregar anomalias. "A técnica é eficaz para diferenciar um nódulo sólido de um cisto. Ou seja, é um exame complementar da mamografia", esclarece Maira Caleffi . "A mamografi a, feita em mamas densas ou com próteses, costuma confundir o especialista em 20% dos casos. Aí, o ultra-som entra em cena para evitar enganos", completa Suzan Goldman. 

Biópsia 
Há casos em que nenhum exame de imagem afirma com clareza se é mesmo um tumor de mama. Aí não tem outro jeito a não ser colher uma amostra do tecido suspeito para análise em laboratório. "Atualmente, é possível fazer a coleta por meio de uma agulha fina", tranqüiliza Suzan Goldman. Se o resultado é positivo, a retirada do tumor é obrigatória.
 



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