terça-feira, 4 de junho de 2013

Uma equipe da Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul acompanhou 97 idosos em 11 roteiros pelo município de Dourados, no mesmo estado. Partindo da tese de que o declínio da memória na fase de envelhecimento se deve em grande parte à falta de atividade mental, o objetivo foi usar as viagens para reativá-la. Deu certo: depois de visitar fazendas, ruínas e outros locais ligados à história da região, a pesquisa mostrou que 72% dos participantes tiveram aumento da função cognitiva— chegando até a se recordar de tarefas do cotidiano já esquecidas. “Isso acontece por associação”, explica Márcia Alvarenga, doutora em enfermagem e uma das responsáveis pelo estudo. “Eles ligam a experiência atual a algumas que viveram no passado”, especula.

Nem precisa ir muito longe 

Com o avançar da idade, é comum a pessoa passar mais tempo dentro de casa, seja por falta de vontade de sair, seja por restrição física. Mas vale a pena estimular até mesmo caminhadas pela vizinhança, redescobrindo pontos associados a diferentes fases da vida. “Com saídas curtas semanais, que podem ser intercaladas a viagens alugares mais afastados, os ganhos são duradouros”, diz a psicóloga Ednéia Cerchiari, também autora do trabalho.


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