quinta-feira, 4 de outubro de 2012

Por causa do tamanho, muita gente acha que gatos podem receber os mesmos cuidados que cachorros de pequeno porte. Não, não podem! Os bichanos são únicos e tudo relacionado ao mundo deles deve ser encarado de maneira particular, inclusive o esquema de imunização. A diferença com os cachorros começa com as doses iniciais. A vacina recomendada para os felinos é a V4, que protege com antígenos contra quatro doenças: calicivirose, rinotraqueíte, panleucopenia e clamídia. Diversamente de como ocorre com cães, que recebem três picadas quando filhotes, nos gatos podem ser aplicadas apenas duas: a primeira aos 2 meses e a segunda aos 3. Feita essa exposição inaugural aos antígenos, a injeção deve ser dada anualmente para que o organismo renove a produção de anticorpos.

A antirrábica, a vacina contra a raiva, deve entrar em cena por volta dos 4 meses de idade, seguida do reforço anual, durante toda a vida do bicho. Vale lembrar que a raiva é uma zoonose, ou seja, uma doença que passa para o ser humano — nesse caso, imunizar seu animal é também uma forma de blindar você e sua família.

Como disse no início deste texto, os gatos são bem peculiares. Exemplos disso são os relatos sobre uma doença que pode ter a ver uma vacina (V5) que, além dos componentes da V4, contem imunizante para a leucemia felina. Trata-se do sarcoma vacinal, um tipo de câncer relacionado ao local em que a injeção foi aplicada. Muitos especialistas indicam um componente presente na fórmula, o adjuvante, como o responsável pela maior incidência do tumor nos animais imunizados. Hoje, no entanto, a V5 foi retirada de muitos protocolos e é reservada apenas para casos com maior risco de contágio. Para saber se ela é necessária e o que é melhor para seu pet, é importante consultar um médico veterinário.

Com um esquema vacinal de simples picadas anuais, é possível manter a salvo nossos carinhosos companheiros, o que certamente resultará numa vida mais longa e cheia de saúde. Pense nisso.

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